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Mulheres e homens, juntos, na Grande História

As mulheres da Bíblia foram extremamente importantes para a construção do reino de Deus. As lembranças de suas histórias, virtudes, defeitos e sonhos ecoam ainda hoje em nossa sociedade desigual, machista e cheia de preconceitos, e – se reconsideradas – podem ser testemunhos impactantes contra os valores que não compactuam com o reino.
 
A narrativa bíblica mostra que, desde o Antigo Testamento, as mulheres fizeram parte da genealogia de Jesus e estiveram entre os seus discípulos, desde o início do ministério dele na Galileia (Lc 8.1-3) até a constituição da igreja primitiva. Maria, Maria Madalena, Joana e Suzana são alguns exemplos de quem participou de forma ativa e concreta da missão de Cristo. Elas eram aprendizes, evangelizadoras e financiadoras e permaneceram com Jesus até os seus últimos momentos aos pés da cruz (Mt 27.55), ajudaram no seu sepultamento e foram as primeiras testemunhar a sua ressurreição!
 
Esses foram alguns assuntos abordados na liveE se as mulheres da Bíblia vivessem hoje?” realizada no último dia 14 de março, às 19h, pelo “Diálogos de Esperança”. Claudia Moreira e Valdir Steuernagel conversaram com a jornalista e teóloga Erica Neves e o pastor e teólogo Marcos Botelho.
 
O drama da Bíblia
A Bíblia é o palco principal para compreendermos o valor das mulheres e dos homens no ato da criação de Deus e no desenrolar da sua história de redenção.
 
“A Bíblia é tão maravilhosa, porque além de acentuar a igualdade ontológica entre homens e mulheres, ela vai muito além disso: ela nos convida para dentro de um drama, que é o Drama da Redenção. E quando a Bíblia faz isso, ela abre os nossos olhos para uma realidade que é completamente nova e muito mais profunda que quaisquer tipos de ideologias ou projetos de autorredenção. Quando as Escrituras falam sobre o propósito criacional do homem e da mulher, elas não somente afirmam esse valor, essa dignidade, como também estabelecem essa igualdade ontológica de ‘ombro a ombro’, ‘face a face’, com o chamado de cuidar do jardim”, afirma Erica.
 
Capítulos ‘sem pecado’
Botelho lembra que a hermenêutica é a arte que nos ajuda a discernir - iluminados pelo Espírito Santo – os limites entre a mensagem sempre atual e os fatores situacionais do texto bíblico.
 
“Por Deus respeitar esses limites, muitas vezes aspectos da cultura da época, que era patriarcal e machista, estão permeando os relacionados das histórias das mulheres da Bíblia. Dito isso, as mulheres tiveram um papel fenomenal ao longo de todas as Escrituras. Há quatro capítulos na Bíblia em que ‘não há pecado’: os dois primeiros de Gênesis e os dois últimos de Apocalipse. Quando você olha o conteúdo desses capítulos, você, primeiramente, vê o papel da mulher em sua essência antes da queda. A mulher é vista como ‘auxiliadora’, não como se fosse uma secretária, mas sim a que ajuda a guardar a missão, que é cultivar e cuidar. É também aquela que protege a essência. Portanto, a mulher está em paridade com o homem na mesma vocação de reinado sobre a criação, à imagem e semelhança de Deus, um complementando o outro. Não há um que seja melhor que o outro. Nos dois últimos capítulos da Bíblia você vai ver Jesus encontrando a Igreja, que é representada por uma mulher. Jesus é o noivo (o melhor Adão) e a Igreja é a noiva (a melhor Eva). O que está entre o começo e o fim da história bíblica mostra que Jesus vai reestabelecer o que era desde o início – de forma até melhor, porque esse reestabelecer é em Jesus Cristo”.


 
 A ‘vida própria’ do patriarcalismo
Para Valdir, “lá no início, à medida que a igreja foi se institucionalizando, porém, foi se tornando mais patriarcal, enquadrando e excluindo as mulheres, porque a igreja começou a refletir muito mais valores do mundo grego que do próprio Jesus”.
 
Erica lembra que o conceito de patriarcalismo, estudado já por Max Weber na sociologia, no início do século 20, foi se fortalecendo ao longo da história e quase que ganhou vida própria, prejudicando não somente as mulheres, mas também os homens e toda a sociedade.
 
“Citando Elaine Storkey e outros teóricos, o patriarcado pode se tornar como que essa força reificada, com vida própria, separada dos agentes humanos que o fazem operar em muitas teorias. Ele aparece como uma personificação conceitual, linguística, dessas forças destrutivas. É como se as pessoas estivem presas nas garras do patriarcado. Como resolver esse problema? De novo, devemos voltar à Bíblia que mostra a entrada do pecado que acaba com a harmonia entre homens e mulheres. Nós culpamos muito as estruturas, mas nos esquecemos do pecado; esse pecado que perpassa a nossa leitura. A Bíblia dá a resposta: Jesus, ou seja, como ele se encarna e vem ao mundo. Aquela mulher lá no Éden que foi enganada pela serpente - por meio dela mesma, a Bíblia vai lá e diz: ‘a semente da mulher vai esmagar a cabeça da serpente’. Isso oferece uma resposta que nenhuma das outras teorias pode nos dar e traz esse alento para o nosso coração”, explica.
 
Mulheres da Bíblia
São muitas as histórias de mulheres na Bíblia. Elas se conectam também com as nossas histórias e com a Grande História de Deus. Erica citou algumas:
Sifrá e Poá: as parteiras do Egito na época em que o povo hebreu era escravo. Diante da ordem do Faraó para que matassem os meninos hebreus recém-nascidos, as duas escolheram desobedecê-lo, porque elas temiam mais a Deus do que ao Faraó.
Raabe: uma prostituta de Jericó que nem fazia parte do povo de Israel. Ela ouviu falar sobre o que Deus estava fazendo, estava atenta à história e resolveu ajudar os espiões enviados por Josué. Ela, portanto, é poupada do juízo de Deus e é incluída na genealogia do Messias.
Rute: era triplamente vulnerável: estrangeira, viúva e pobre. Ela escolheu ser imigrante para cumprir um voto com sua sogra e entrou na história do povo de Israel em um contexto de extrema pobreza. Rute e Noemi eram completamente despossuídas, estariam abaixo da linha da pobreza hoje. Rute também entrou na genealogia do Messias.
Ana: uma mulher estéril em uma época em que ter filhos era sinônimo de dignidade. Ana se derramou em lágrimas diante de Deus e recebeu o milagre: tornou-se mãe de Samuel. 
Abgail: casada com um homem tolo, que quase foi responsável por uma enorme tragédia. Ela exortou Davi na hora certa, quando ele estava muito nervoso por ter sido afrontado pelo esposo de Abgail.
Maria: mãe de Jesus, uma adolescente tão vulnerável, que poderia ter sofrido tantas consequências negativas ao se colocar à disposição do Senhor e ficar grávida. “Cumpre em mim a sua vontade!”, disse Maria.
Maria Madalena: a primeira pessoa a ver o Senhor Jesus ressurreto. Ela foi e contou aos outros discípulos, mesmo sabendo que provavelmente não acreditariam em sua palavra (já que os testemunhos das mulheres não valiam na época).
A mulher sírio-fenícia: ela recebeu uma resposta de Jesus que, à primeira vista, pareceria tão ofensiva, mas ela entendeu a palavra e a filha dela foi curada. 
Erica conclui: “Quando entramos nessa História e começamos a enxergar a nossa história à luz dessa História, nossos dilemas cotidianos e modernos ganham um novo tom, um novo sentido e então recebemos encorajamento por meio da vida de pessoas falhas como nós, mas que são vistas pelo Senhor em suas fragilidades”. 
 
 A live também abordou outros assuntos relacionados a homens e mulheres, como:
A participação das mulheres na igreja local, no púlpito e em eventos cristãos.
A lentidão das igrejas em lidar com o tema.
Confira, na íntegra, a live “E se as mulheres da Bíblia vivessem hoje?”: AQUI.
 
Playlist do Diálogos de Esperança
Assista a todas as lives já realizadas aqui.

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