A Missão da Mulher (2ª edição)
Paul Tournier
Páginas | 208 |
---|---|
ISBN | 978-85-7779-004-3 |
Formato | 14x21 |
Assunto | Casamento / Família, Ética, Liderança |
Ano | 2008 |
Editora | Ultimato |
Código | 41.22 |
Preço sugerido |
48,20 |
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Para Tournier, a mulher tem a missão de curar a civilização do seu mal-estar, contribuindo com o que lhe falta: o sentido da pessoa.
* * *
"Tournier convida as mulheres a refletir sobre sua missão de re-humanizar o mundo, pela prioridade das pessoas sobre as coisas, ensinando ao homem este lado pessoal e aprendendo com ele a desenvolver a razão."
— Isabelle Ludovico da Silva, psicóloga
"Se tivesse de escolher uma palavra para expressar o que senti ao traduzir este livro, escolheria identificação. Por mais estranho que possa parecer identificar-me com um homem em assuntos femininos."
— Renira Cirelli Appa, professora universitária
"Paul Tournier me fez enxergar que eu não preciso ser feminista, mas apenas feminina e contribuir, onde eu estiver, com a minha ótica de mulher."
— Esther Carrenho, psicóloga, autora de Ressurreição Interior (Editora Vida)
"A Missão da Mulher celebra a intuição feminina, em vez de menosprezá-la. Enfatiza a complementaridade entre homem e mulher como desejo e beleza do Criador."
— Tais Machado, psicóloga e secretária de capacitação da Aliança Bíblica Universitária do Brasil
1. Relação objetiva e relação pessoal
2. O mundo das coisas e o mundo das pessoas
3. A escolha da Renascença
4. A mulher possui o sentido da pessoa
5. O medo da emoção
6. A mulher no lar ou no trabalho
7. Promoção da mulher
8. Hesitações
9. Valorização
10. Reflexões
11. Palavras de mulheres
12. Será que o homem escuta?
13. O desdém
14. A lição da genética
15. Missão da mulher
Bibliografia

Mais do que uma mera questão de gênero
Em A missão da Mulher, o suíço Paul Tournier se debruça sobre a trajetória da emancipação feminina
Carlota Lombardi
23-01-2006 | Já fiz várias resenhas de livros neste site, sempre tentando ser objetiva em relação ao texto, assim como fiel às minhas opiniões. Desta vez, vou começar falando de mim: passei a metade da minha vida cultuando valores que me tinham sido apresentados. A outra metade dediquei à reconciliação desses valores com os que eram genuinamente meus. Objetividade, razão, lucro, eficiência, emoções reprimidas, culpa, utilitarismo, análise, coisas, cartesianismo, técnica, poder, ciência etc. constavam de uma lista. Na outra havia ternura, consciência, subjetivismo, sofrimento, Deus, pessoas, solidão, afetividade, respeito, comunhão, ecologia, prazer, rebeldia, criatividade, cozinha, meio período, produção não mecanizada... enfim, a vida plena! Paul Tournier adverte: “Não esquecer que qualidade de vida é da ordem dos sentimentos.”
Paul Tournier, psiquiatra suíço, calvinista, fala dessas duas escalas de valores chamando-as “masculina” e “feminina”, lembrando que “viver é escolher, e escolher é sempre renunciar a alguma coisa. E como Sartre mostrou, é sempre a angústia que surge em face de uma escolha necessária e impossível”. O autor revisita a história do movimento de emancipação da mulher, que no início precisou “mostrar que elas eram tão capazes quanto os homens. Mas hoje a prova é dada pela atitude da mulher”, que faz um esforço de imaginação suplementar para “curar esta sociedade da grande anemia, da grande falta de contato pessoal”.
Tournier marca o começo do enfraquecimento do lugar da mulher com Descartes, depois acentuado com “o positivismo que consagrou a preferência pelas disciplinas racionais”, e foi nessa linha de pensamento que se chegou a declarar a “morte de Deus”. No lema cartesiano “penso, logo existo”, o homem está só, sem mais que seu eu, sem o nós, fonte do individualismo moderno... e masculino. A “perda do sentido da pessoa, em nossa civilização moderna, coincide com a rejeição da mulher e sua sujeição à intimidade do lar”. Desde o Renascimento, a cultura se desenvolveu sob a dicotomia técnica/poder versus coração. Freud abriu uma brecha no sistema cartesiano ao introduzir a subjetividade, princípio feminino, o senso de pessoa.
“Nosso mundo é anônimo e funcional. Cada um está definido nele, não tanto como pessoa, mas pela função que exerce. Pouco importa quem ele é e quais são seus problemas pessoais.” E isso é assim até nas igrejas! “Na vida real, a mulher pode mostrar toda a sua força, pois não depende tanto da função, mas de sua pessoa. O homem é que se importa mais com a função do que com a pessoa.”
A publicidade é a lei suprema do mundo dos objetos e do lucro. Ela começou com Ford, criando a necessidade do automóvel que sua fábrica produzia. As confidências que as mulheres trocavam enquanto descascavam batatas não tinham mais valor. Os homens propunham soluções técnicas às tarefas caseiras – tarefas cujo real objetivo não era o bolo ou o tricô, mas as pessoas a quem eram feitos... por amor. E o lar virou tédio.
A pergunta de Tournier, como em Mateus 15, é: que fazem as mulheres com os seus talentos? A missão da mulher é um livro para homens, visto que trata de mulheres; para mulheres, visto que fala de homens; para trabalhadores, pois fala de pessoas transformadas em funções, em objetos; para cristãos, pois fala de relacionamentos; para modernos, que não têm história nem mitos; para evangélicos, alertando que a Bíblia, às vezes, vira mero objeto; para artistas, visto que denuncia a arte-objeto de lucro.
Por fim, é um livro que nos alerta sobre a necessidade de saber onde estamos e quem somos (Gênesis 3.9). Fala da necessidade dessa expansão da consciência que permite recuperar o ser humano à imagem e semelhança de Deus. Fala de voltar a ser a auxiliadora idônea, a colaboradora eficaz. Fala da complementaridade de Gênesis 2.18-23. “Casada ou solteira, no lar ou no trabalho, sua missão é sempre a mesma: restabelecer a primazia das pessoas sobre as coisas.”
Carlota Lombardi é arquiteta formada pela Universidad Nacional de Buenos Aires e membro da Comunidade Cristã Reformada de São Paulo.
Teologia Brasileira, 30/01/06

Opinião do leitor
Caline
- EXApropriando-se de pensamentos da psicologia, filosofia, sociologia, de famosos psicanalistas e de pesquisas realizadas em obras escritas pelas feministas, Tournier não abandonou em nenhum momento a filosofia de vida cristã.
Durante toda a obra, o autor procurou compreender os motivos que levaram as mulheres a reivindicarem seus direitos. Um mundo que tratou como inferior a mulher sofre as consequências de escolhas machistas e não-bíblicas. A civilização que desprezou o ser feminino sofre o peso de ter menosprezado a outra parte do homem, o que complementa e completa a sociedade, a mulher.
Em “A missão da mulher”, o psiquiatra cristão oferece um valioso convite à reflexão. Creio ser um livro muito mais necessário aos homens do que às próprias mulheres. E a mulher, ao lê-lo, depois de tanta reflexão e conteúdo histórico-filosófico interessante, por si só descobrirá sua missão suprema neste mundo mecânico e frio, onde, por um grande equívoco, não reservaram lugar que nos caiba.

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