Alargando a Visão e a Missão

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Nunca na história da humanidade de produziu tantas informações e tanto conhecimento como na época em que vivemos, ou seja, as últimas décadas do século XX e as primeiras do século XXI. Diante de um momento tão desafiador como este, a igreja cristã precisa urgentemente rever sua "praxis" a fim de que possa continuar sendo relevante numa sociedade cada vez mais exigente e globalizada. E como parte deste corpo e em atenção à grande comissão de Jesus, preciso estar, diuturnamente, atento quanto à minha responsabilidade para com a expansão do evangelho no contexto global.

Para dar cabo a este objetivo, embora limitado fisicamente à igreja local, todas as minhas ações, recursos e atitudes devem ser focados em algo maior, devem ter como objetivo final não somente o crescimento da comunidade ou denominação em que estou inserido, mas principalmente no estabelecimento do reino de Deus em toda a terra com os princípios e valores que este reino possui e que são suficientes para a construção de uma sociedade mais justa, pacífica e próspera. Nesta grande arena global, o ser humano, criado à imagem e semelhança do Deus Trino, só poderá atingir sua plenitude, e portanto, a tão sonhada felicidade, se for alcançado pela graça do evangelho do Cristo que é capaz de transportar seus habitantes do "reino das trevas para o reino da sua maravilhosa luz" (1 Pe 2.9).

Além de atuar como membro de uma comunidade evangélica que acredita em mudanças radicais e perenes na sua vizinhança e na cidade a partir do anúncio das Boas-Novas, é fundamental que minhas ações como membro de uma sociedade civil organizada reflitam estas crenças e façam parte de um conjunto de ações mais amplas e assim tenham o poder de produzir mudanças e trazer vida abundante a todos os membros desta sociedade. E estes movimentos passam necessariamente pela participação política, escolhendo bons representantes para os Poderes Executivo e Legislativo e fiscalizando-os a fim de que a "Respública" (coisa pública) seja respeitada e todos possam ter seus direitos e deveres mantidos. Ou seja, minha responsabilidade social deve ser parte do meu testemunho como crente em um evangelho que transforma realidades e vidas complexas.

Como parte de um movimento dinâmico e que atua nas mais variadas classes, espaços e realidades, devo estar em constante processo de renovação e aperfeiçoamento de minhas habilidades e pronto para influenciar e formar outros agentes do reino para que tenham sua visão alargada e compreendam que estamos todos envolvidos na construção de um novo mundo cujos valores já foram identificados e estabelecidos pelo seu Criador e cuja restauração passa pelo trabalho missionário que todos temos de desempenhar, quer localmente ou transculturalmente. Assim, não apenas os temas da minha comunidade devem me preocupar e me engajar, mas também aqueles ligados ao planeta em que vivo, como as relações internacionais, o aquecimento global, a economia mundial, as guerras e descompassos entre países etc.

Portanto, como indivíduo e participante de um novo reino inaugurado pelo "Filho de Davi", não posso ficar inerte e preso a quatro paredes e limitar-me a cultuar a Deus numa tarde de domingo. Não posso perder de mente que sou parte de algo bem maior e que aquilo que faço, prego e vivo localmente tem repercussões diretas e impactam o mundo globalmente.

• Presbítero Tony
Graduado em Liderança
Haggai International
faos.ead@gmail.com

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Opinião do leitor