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Opinião

O Taleban e a missão de purificar o mundo

Por Ageu Heringer Lisboa
 
Cabul, 17 de agosto de 2021. Bandos de piedosos machistas com suas armas fálicas fatais numa mão e o livro sagrado noutra, com semblantes graves, caçam e executam em plena rua mulheres e meninas vistas com rostos descobertos. Celebram em êxtase o sacrifício de vítimas humanas, cantando o mantra “Allahu Akbar”!
 
Espantosa essa Jihad que odeia mulheres livres, estudiosas, trabalhadoras e bonitas. Supremo pecado elas não estarem escondidas nas casas ou ao lado do pai ou de um irmão.
 
Turba/ntes anunciaram que seus jihadistas irão gerar soldados para a Jihad. Daí invadem casas e capturam meninas para o gozo dos soldados, antecipando na terra o direito a setenta virgens no desejado paraíso machista prometido aos guerreiros do Islã.
 
Integristas cumprem a missão de suas vidas: purificar o mundo dos infiéis obrigando-os a se sujeitarem ao Islã. 
 
Assassinato exposto na TV é ato midiático político, propaganda e gesto de dominação: "submetam-se ou morram”.
 
Vimos até três anos atrás milhares de jovens aderindo ao ISIS ou Estado Islâmico, protagonizando horrores inimagináveis contra opositores de outras seitas islâmicas, cristãos e homossexuais. Pessoas foram crucificadas, queimadas vivas, lançadas de prédios e o que mais o sadismo podia desejar. Expressão crua, primária, do mal que anima sectários religiosos e ideologias políticas.
 
É longa e cruel demais a história do terror sagrado. Quase todas as religiões têm sangue nas mãos e culpa civilizatória. Uma força demoníaca forçando uma regressão à barbárie age na História.
 
Perigos assim nos espreitam, Brasil, se não determos a tempo serpentes em crescimento. Temos nossos Talibãs convocantes de guerras santas depuradoras e salvacionistas. Pretensos defensores de valores puros contra dissolutos corruptos, comunistas e anticristãos.
 
Não poucos casos de violência sectária já aconteceram contra fiéis de outras crenças "não bíblicas! ”. A polícia e a imprensa notificam abusos dos que cercam terreiros em rituais de guerra espiritual. E que investem na construção de estigma social contra adeptos de religiões de matriz afro.
 
No interior mesmo de igrejas encontram-se milhares de pessoas feridas nas próprias congregações, atingidas por puristas moralistas sem o Espírito, arrogantes, sem compaixão, que desumanizam pessoas em nome de Deus!
 
Jesus enfrentou religiosos talibãs que adoravam citar as Escrituras como autorização para capturar pecadores. “Trouxeram-lhe uma mulher surpreendida em adultério para que ele ordenasse sua execução, apelando para a lei do apedrejamento: Está escrito” (Jo 8.4-7).
 
Nesta ótica patológica, a espiritualidade se converte em crime porquanto usa o nome de Deus em vão ou para a morte.
 
Diferente foi o gesto e a palavra de Jesus liberando a mulher para a vida.
 
• Ageu Heringer Lisboa, psicólogo clínico de adultos e família; mestre em ciências da religião; membro fundador do Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos (CPPC) e da Associação Brasileira de Assessoramento e Pastoral da Família (EIRENE).

Foto: Sayed Khodaiberdi Sadat - Anadolu Agency via Getty Images

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