Espanto

Por Klênia Fassoni

Ler e meditar nos versos bíblicos que contam o nascimento de Jesus provocam em mim uma forte sensação de espanto.


Como é que a virgem engravida? Como é possível esta jovenzinha aceitar de bom grado a responsabilidade de ser mãe do Salvador?!

Como é que o marido lhe permanece fiel e - com tão poucas explicações - se alegra em fazer parte dos planos de Deus?

Que anúncio misterioso o do anjo aos pastores! Que impressionante o coro dos anjos!
E por que anunciaram a mensagem que vai mudar o mundo aos "joões-ninguém"?

Os pastores se aproximam. Mais tarde os reis magos, vindos de terras tão distantes e com presentes tão caros.

Maria se espanta silenciosamente.

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Por que fugir de Herodes? Por que o homem mais poderoso se sente ameaçado por aquele nenê?

Por que Simeão profetiza do menino aquele destino glorioso?

Agora, são Maria e José admirados.

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Como pode o Filho de Deus nascer como um frágil ser?!

Como pode o Filho de Deus depender dos cuidados da mãe, saciar-se com o leite materno, dispor-se relaxado no colo de Maria?

Por que o Rei dos Reis escolheu nascer neste ambiente de tanta simplicidade e pobreza, em meio a tanta gente simples?

Agora, são os leitores admirados.

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Que espanto saber que este garoto é o Cristo!

É o Verbo que não tem início nem fim, é o resplendor da glória e a expressão exata de Deus!

Que incrível saber que o menino cresceria, cumpriria sua missão e morreria para nos reconciliar com Deus!

Que assombro saber que este bebê nasceu por mim!

E que posso crer, pois Deus me chama a isso!

Agora, sou eu que me espanto.


Mistério. Espanto. Gratidão.
Espetáculo da graça.