Diálogos de Esperança – O crescimento evangélico: oportunidade e responsabilidade

Um em cada quatro habitantes do Brasil são evangélicos. Crescimento do grupo se intensificou nas últimas quatro décadas

Por Lissânder Dias

Os evangélicos estão presentes na política e estão amplamente mais presentes em expressões de cultura – nas mídias sociais, na música, no mercado, nas novelas, na linguagem popular.

Os números do Censo 2022 mostram que um em cada quatro habitantes do Brasil são evangélicos. É uma consolidação de crescimento deste grupo, o que se intensificou nas últimas quatro décadas, porém, desde 2010, em ritmo menor (+ 6% em 2000, + 6.3% em 2010 e +5,2% em 2022). O salto numérico de cerca de 50%, como tinha acontecido entre os anos 1980 e 90, foi contido de acordo com os últimos três levantamentos. O ritmo de crescimento no último Censo já indicava pelo menos uma manutenção desse ritmo.¹

Crescer não significa tudo
Crescer, por si só, não significa tudo. É preciso refletir sobre os fatores e as consequências deste crescimento. Tais respostas não somente explicam melhor o fenômeno, como também mostram os atores envolvidos, os processos criados e os aspectos da sociedade afetados.

- Diante de uma igreja que cresce, qual o “novo rosto” dos evangélicos? Ou deveríamos dizer “novos rostos” no plural? De uma minoria absoluta para um grupo importante no cenário nacional, afinal, quem somos?

- Do medo de nos perdermos aos novos caminhos possíveis para compartilhar e viver o Evangelho de Cristo – como devemos aproveitar o “kairós” de Deus?

- Do pastoreio local e individualizado à comunicação em massa, com aparatos de marketing, liturgia contemporânea e linguagem dinâmica, superficial e rápida – como a igreja evangélica cuida de si mesma?

- Diante de um país repleto de injustiças sociais e pessoas excluídas, como a igreja evangélica que cresce lida com a realidade que está bem diante de seus olhos e dentro de seus templos?

- O quanto do seu testemunho é influenciado pelo exemplo de Cristo e não por estratégicas de crescimento numérico?

- E as igrejas que não crescem? O que temos a dizer sobre elas? Não crescem porque são resistentes a modelos massificados ou não crescem porque o desânimo tomou conta de suas dinâmicas e propostas pastorais ou porque elas estão estacionadas no passado? 

Enfim... são muitas as perguntas e muitas as oportunidades de reflexão sobre essa igreja evangélica que cresce e que, de alguma forma, afeta nossa identidade como cristãos. 

Por isso, o tema da próxima live do Diálogos de Esperança será “O crescimento evangélico: oportunidade e responsabilidade” e terá como convidados Jacira Monteiro, palestrante, escritora e teóloga e Caio Batista, teólogo e pastor.



Oportunidade 
Que oportunidade é essa que se abre, quando crescemos em números? Seria uma “nova” oportunidade ou algo que sempre existiu desde a igreja de Atos?

Responsabilidade
Quanto à responsabilidade da igreja, é importante trazer para a conversa uma reflexão sobre o uso do poder que cresce e que vem com a influência em várias esferas da sociedade – inclusive, nas decisões na e de políticas, capacidade de consumo etc. Qual a influência da igreja evangélica para o bem comum (e não simplesmente um advocacy para os “direitos” do grupo evangélico, em específico).

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Diálogos de Esperança é uma iniciativa da Aliança Evangélica, Editora Ultimato, Tearfund, Vida&Caminho e Visão Mundial. O projeto realiza lives mensais com temas que desafiam e orientam a Igreja evangélica brasileira.

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Serviço: 
Live: O crescimento evangélico: oportunidade e responsabilidade
Data: 23 de julho de 2025 (quarta-feira), às 19h.
Entrevistados: Jacira Monteiro (palestrante, escritora e teóloga) e Caio Batista (pastor e teólogo).
Onde: No canal da Ultimato no YouTube.
Parceiros: Aliança Evangélica, Editora Ultimato, Tearfund, Vida&Caminho e Visão Mundial.

>> Acompanhe trechos das lives do Diálogos de Esperança no Instagram da Ultimato aqui.
>> Confira a playlist do Diálogos aqui.

Nota
¹Fonte: ISER

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