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05 de maio de 2025
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A série “Adolescência” é um grito de socorro
Live discute questões levantadas pela série e qual o papel da igreja e os dos pais
Por Ultimatoonline
Um “grito de socorro”. Essa foi a expressão usada pela teóloga Ana Lúcia Berdicks para definir a série “Adolescência”, que é sucesso de audiência na Netflix. Ana foi uma das entrevistadas da live do Diálogos de Esperança, realizada no último dia 29 de abril. “Para mim, a série é um verdadeiro grito de socorro dessa geração, que foi literalmente atropelada pela internet e por todas as implicações que, principalmente as redes sociais, trouxeram, como o cyberbullying. Os adolescentes estão vivendo a violência online sozinhos e sem suporte ou sem uma educação digital”.
Potencial da igreja
REVISTA ULTIMATO – LIVRA-NOS DO MAL
O mal e o Maligno existem. E precisamos recorrer a Deus, o nosso Pai, por proteção.
O que sabemos sobre o mal? A que textos bíblicos recorremos para refletir e falar do assunto? Como o mal nos afeta [e como afetamos outros com o mal] e porque pedimos para sermos livres dele? Por que os cristãos e a igreja precisam levar esse assunto a sério?
É disso que trata a matéria de capa da edição 413 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
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Por Ultimatoonline

O outro entrevistado – o psicólogo Carlos Albuquerque – pontuou que a desconexão entre pais e filhos cria um vazio que a tecnologia se propõe a preencher. Para Carlos, falta às famílias a elaboração de um “projeto de vida” para a criação de seus filhos; algo que ofereça uma jornada a longo prazo e com propósito. “Nós podemos usar as tecnologias para desenvolver talentos e despertar vocações. Mas quando o filho não tem uma parceria com os pais, com a escola ou com a igreja, de fato, a tecnologia acaba ocupando esse vácuo. As redes sociais e os jogos eletrônicos cada vez mais complexos surgem e aproveitam esses potenciais, mas dentro de uma perspectiva vazia”, lamenta Carlos.
Vale lembrar que essa desconexão humana em meio a um contexto tão tecnológico ganhou ares de tragédia na narrativa da série, considerando o assassinato da jovem Katie.
O que a tecnologia faz
Além de preencher o vazio deixado pelos pais, como disse Carlos, a tecnologia também produz uma falsa sensação de aproximação. “Como não se sentem muito ouvidos, os adolescentes têm a enganosa impressão de que nas redes sociais eles estão conectados e que muita gente os ouve. E essa sensação os leva a quererem passar mais tempo nos espaços digitais”, explica Ana. No virtual, eles também podem editar suas personalidades. “Por exemplo, se o adolescente é mais tímido no presencial, no virtual ele consegue falar mais com uma menina. O que vemos a construção de personalidades eletrônicas”.
E a igreja com isso?
Depressão, relacionamentos tóxicos, misoginia, violência de gênero, pensamentos suicidas. Esses e outros problemas estão na cultura digital. Mas o quanto tal realidade faz parte da vida da igreja? “Mesmo dentro das igrejas, nossos adolescentes vivem numa cultura globalizada e sofrem influência dessa cultura. A cultura é como um caldo e os adolescentes são permeáveis a ela. Nós, como igreja, não temos conseguido protegê-los porque não falamos desses assuntos e não instruímos os pais e as famílias”, diz Ana Lúcia.
Conectando tudo isso com a série da Netflix, Carlos lembra que nos episódios de “Adolescência” não há espiritualidade nas relações familiares. “Me impactou muito a ausência do relacionamento da família com a espiritualidade, com Deus. Essa família da série não tem o dia a dia com a sua espiritualidade, não tem o dia a dia com Deus. É uma desconexão”, afirma.
“O Jamie (protagonista da série) é um subproduto de uma cultura de bullying, de isolamento social e da falsa noção de que os adolescentes estão mais seguros na frente de uma tela do que nas ruas. Esse foi um dos pontos mais impactantes para mim”, sinaliza Ana.
Potencial da igreja
Para Carlos, a igreja tem o grande potencial de criar ambientes para relacionamentos saudáveis e respeitosos desde a infância. Isso começa nos ministérios infantis e vai até o fim. A igreja pode demonstrar, na prática, como um homem deve se relacionar com uma mulher dentro e fora do casamento. “Uma igreja tem um projeto de continuidade, com grupos de jovens, onde poderão desenvolver coleguismo e amizades, onde poderão perceber os seus projetos de vida que coincidem, que convergem com outros jovens do mesmo grupo; a igreja vai criar casamentos com propósitos”.
Segundo Ana Lúcia, a igreja tem em Jesus o modelo maior de uma masculinidade não tóxica e que não se reafirma apenas pela sexualidade. “Jesus veio viver entre nós, encarnado. E ele é um modelo da verdadeira humanidade, mas também da verdadeira masculinidade. É por meio do exemplo de Jesus que os meninos podem começar a aprender a viver uma vida plena, piedosa e onde há um domínio próprio. Na sua humanidade, Jesus ensinou que os homens não precisam de uma via de escape com foco na sexualidade para viver uma vida plena, mas a gente acaba passando modelos de masculinidade tão centrados na sexualidade que é quase como se a gente excluísse Jesus”, critica Ana.
“O mundo só busca o conhecimento pelo conhecimento. A igreja busca conhecer a Cristo - por ele, com ele, para ele. Com isso, a igreja traz para as famílias o realce dos significados importantes da vida. Esse é o grande diferencial: é uma igreja que transmite o projeto de vida que Deus nos traz na sua palavra”, conclui Carlos.
Próxima live
A próxima live do Diálogos de Esperança está marcada para o dia 20 de maio (terça-feira), às 19h, no canal da Ultimato no Youtube com o tema “Adolescentes falam sobre: adolescência, família, igreja e mídias sociais”. Vamos continuar conversando sobre o assunto, mas desta vez com a participação dos próprios adolescentes.
Como assistir à live sobre a série “Adolescência”?
- No Youtube da Ultimato
- No Spotify da Ultimato.
O que é Diálogos de Esperança
São lives mensais ancoradas por Claudia Moreira e Valdir Steuernagel.
Iniciado em 2020, no período da pandemia, o projeto tem como objetivo promover, entre os cristãos, diálogos profundos, desafiadores e construtivos sobre temas atuais - sempre apontando para a Esperança.

O mal e o Maligno existem. E precisamos recorrer a Deus, o nosso Pai, por proteção.
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