Opinião
07 de fevereiro de 2014- Visualizações: 3550
comente!- +A
- -A
-
compartilhar
À espera da (in)felicidade
Tempo e Felicidade: contra o presentismo ateu de André Comte-Sponville
O artigo abaixo é o texto da palestra apresentada na FNAC-BH na noite de 22 de janeiro deste ano. Prometi à audiência e aos amigos de L’Abri que disponibilizaria o texto inteiro (daí o formato “paper”). Mas, enfim, sendo caridoso comigo mesmo, meu blog sempre teve um formato muito pessoal. Bom proveito!
****************
Segundo o filósofo francês Gilles Lipovetsky, “a felicidade é o valor central, o grande ideal celebrado sem tréguas pela civilização consumista” [1]. É certo que se trata de um grande tema contemporâneo: temos filmes, livros de autoajuda, programas de TV, teorias administrativas, projetos partidários e até políticas publicas destinadas a aumentar a felicidade geral. Há toda uma esfera da sociedade contemporânea, descrita pela socióloga Eva Illouz como o “campo afetivo”, interessada na criação e manutenção do bem estar; e dentro dela temos até mesmo uma “ciência da felicidade”, promovida pelo movimento da “psicologia positiva”.
E muito embora Lipovetsky associe essa grande celebração atual da felicidade a uma fixação consumista – e creio que ele está basicamente correto nisso – a busca da felicidade não é coisa nova. Freud, que não era um sujeito particularmente feliz, já havia apontado a busca da felicidade como a coisa central para interpretar o homem:
“o que revela a própria conduta dos homens acerca da felicidade e intenção de sua vida, o que pedem eles da vida e desejam nela alcançar? É difícil não acertar a resposta: eles buscam a felicidade, querem se tornar e permanecer felizes”
Freud não relaciona a busca da felicidade à condição da sociedade moderna, mas à própria natureza humana. E ainda que a sociedade de hiperconsumo seja uma forma particular de organizar essa busca, ela esteve sempre aí; foi tema das chamadas revoluções burguesas; antes delas Pascal observava que todos os homens querem ser felizes, e que tudo o que fazem visa a felicidade, até mesmo o homem que vai se enforcar; na antiguidade Cristã teólogos como Santo Agostinho escreviam sobre “A Vida Feliz” e, bem antes dele os gregos já conheciam os detalhes do assunto; Platão reconhecia que todos querem ser felizes.
Continua...
____________
Leia o artigo completo no blog do Guilherme de Carvalho.
O artigo abaixo é o texto da palestra apresentada na FNAC-BH na noite de 22 de janeiro deste ano. Prometi à audiência e aos amigos de L’Abri que disponibilizaria o texto inteiro (daí o formato “paper”). Mas, enfim, sendo caridoso comigo mesmo, meu blog sempre teve um formato muito pessoal. Bom proveito!****************
Segundo o filósofo francês Gilles Lipovetsky, “a felicidade é o valor central, o grande ideal celebrado sem tréguas pela civilização consumista” [1]. É certo que se trata de um grande tema contemporâneo: temos filmes, livros de autoajuda, programas de TV, teorias administrativas, projetos partidários e até políticas publicas destinadas a aumentar a felicidade geral. Há toda uma esfera da sociedade contemporânea, descrita pela socióloga Eva Illouz como o “campo afetivo”, interessada na criação e manutenção do bem estar; e dentro dela temos até mesmo uma “ciência da felicidade”, promovida pelo movimento da “psicologia positiva”.
E muito embora Lipovetsky associe essa grande celebração atual da felicidade a uma fixação consumista – e creio que ele está basicamente correto nisso – a busca da felicidade não é coisa nova. Freud, que não era um sujeito particularmente feliz, já havia apontado a busca da felicidade como a coisa central para interpretar o homem:
“o que revela a própria conduta dos homens acerca da felicidade e intenção de sua vida, o que pedem eles da vida e desejam nela alcançar? É difícil não acertar a resposta: eles buscam a felicidade, querem se tornar e permanecer felizes”
Freud não relaciona a busca da felicidade à condição da sociedade moderna, mas à própria natureza humana. E ainda que a sociedade de hiperconsumo seja uma forma particular de organizar essa busca, ela esteve sempre aí; foi tema das chamadas revoluções burguesas; antes delas Pascal observava que todos os homens querem ser felizes, e que tudo o que fazem visa a felicidade, até mesmo o homem que vai se enforcar; na antiguidade Cristã teólogos como Santo Agostinho escreviam sobre “A Vida Feliz” e, bem antes dele os gregos já conheciam os detalhes do assunto; Platão reconhecia que todos querem ser felizes.
Continua...
____________
Leia o artigo completo no blog do Guilherme de Carvalho.
É teólogo, mestre em Ciências da Religião e diretor de L’Abri Fellowship Brasil. Pastor da Igreja Esperança em Belo Horizonte e presidente da Associação Kuyper para Estudos Transdisciplinares, é também organizador e autor de Cosmovisão Cristã e Transformação e membro fundador da Associação Brasileira Cristãos na Ciência (ABC2).
- Textos publicados: 37 [ver]
07 de fevereiro de 2014- Visualizações: 3550
comente!- +A
- -A
-
compartilhar

Leia mais em Opinião
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Assuntos em Últimas
- 500AnosReforma
- Aconteceu Comigo
- Aconteceu há...
- Agenda50anos
- Arte e Cultura
- Biografia e História
- Casamento e Família
- Ciência
- Devocionário
- Espiritualidade
- Estudo Bíblico
- Evangelização e Missões
- Ética e Comportamento
- Igreja e Liderança
- Igreja em ação
- Institucional
- Juventude
- Legado e Louvor
- Meio Ambiente
- Política e Sociedade
- Reportagem
- Resenha
- Sessenta +
- Série Ciência e Fé Cristã
- Teologia e Doutrina
- Testemunho
- Vida Cristã
Revista Ultimato
+ lidos
- Dia da Bíblia 2025 – Bíblia, igreja e missão
- Tradução e discipulado: duas faces para o cumprimento da Grande Comissão
- Geração Z – o retorno da fé?
- Movimento missionário brasileiro – ao longo de tantas décadas há motivos para celebrar?
- O que acontece após o “Pr.”?
- Aprendendo a cultivar a vida cristã — Live de lançamento
- Movimento missionário brasileiro – a direção e o poder do Espírito Santo
- Cuidar do missionário à maneira de Deus
- Movimento missionário brasileiro – desafios globais e internos para os próximos 25 anos
- Artista cristã Chrystiane Corrêa assina mostra no Copacabana Palace
(31)3611 8500
(31)99437 0043
De Wittenberg e Genebra ao Brasil: o testemunho de uma fé operosa
Assim caminha a humanidade: C. S. Lewis e a ditadura
O que a Bíblia diz sobre conversão
Religião e Política se Misturam; Igreja e Estado, Não






 copiar.jpg&largura=49&altura=65&opt=adaptativa)