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Palavra do leitor

Quando a ortodoxia encontra a prática: O grito de Tiago

Talvez o livro da Bíblia que mais tenha influenciado minha vida seja a Epístola de Tiago; prova disso é que, no seminário (faz tempo), meu trabalho de conclusão de curso foi justamente sobre essa carta. Mas confesso: no início não foi bem assim. Eu tinha minhas resistências.

No começo da minha conversão, enxergava Tiago quase como um "Provérbios do Novo Testamento". Não percebia nele profundidade doutrinária, e até estranhava o fato de o nome do Senhor Jesus aparecer poucas vezes — na verdade, apenas duas. Na Escola Teológica ainda fui lembrado de que Lutero a chamava de "carta de palha". Mas o tempo fez o seu trabalho… e minha visão mudou.

Para mim, o núcleo da carta de "Tiago" está aqui:

"De que adianta, meus caros irmãos, alguém proclamar sua fé, se não tem obras? Acaso essa fé pode salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem necessitados de roupa e passando privação do alimento de cada dia, e qualquer dentre vós lhes disser: ‘Ide em paz, aquecei-vos e comei até satisfazer-vos’, porém sem lhes dar alguma ajuda concreta, de que adianta isso?"

Tiago nos chama a atenção para o perigo de uma fé apenas nominal — aquela que se resume a uma adesão intelectual a um credo religioso, mas não encarna o invisível no real. Uma fé que não se torna vida, que não se expressa, que não se move.

A crença, aqui, não é estática nem abstrata. Os demônios também creem! A verdadeira fé é concreta, manifesta-se em duas direções: para Deus e para as pessoas. É movimento: do singular para o plural (vós). Como comenta Moody, somos uma irmandade em que todos cuidam de um, e cada um é consciente da necessidade de todos.

É tempo de ressuscitarmos "Tiago". Sensibilidade à parte, não podemos mais nos dividir entre "tradicionais" e "pentecostais". Dai-me a mão… O dicotomismo entre uma ortodoxia antiga — centrada apenas nos pais do protestantismo (Lutero, Calvino, Zuínglio e outros) — e, do outro lado, um avivalismo puramente sentimental, sem profundidade doutrinária, tem atrasado o caminhar da igreja no Brasil.

Sem ortoplaxia bíblica — prática coerente nascida de profunda reflexão — dificilmente veremos um despertamento espiritual verdadeiro entre os evangélicos brasileiros. Corremos até o risco de nos tornarmos, no futuro, um país "católico-protestante": religioso, mas não transformado.

Clamemos!
A oração de um justo pode muito em seus efeitos (Tiago 5:16b).

E que "o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo." (Romanos 15:13). Em nome de Jesus. Amém.
Sao Paulo - SP
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