o misterio do sofrimento

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Angustia, dor e amargura. Palavras tristes que evocam um sentimento de escuridão e de medo. Sensação lúgubre que envolve uma nuvem muito misteriosa, com muitos porquês a serem respondidos. O advento do pecado no mundo trouxe-nos esse infortúnio. Cristo Jesus também sofreu, e portanto, nós como cristãos, sofremos também.
Cada ser humano experimenta de alguma forma a dor, ou o sofrimento em sua pequena passagem por essa vida. E por final, sua própria morte. No entanto, o homem vem vinculando essa amargura ao problema do mal. Desse modo, parece ser desconhecido em essência, a causa dessa problemática. Então como fazer livrar-se daquilo que o faz sofrer? Muito menos se é possível extrair algum benefício.
Acredito que haja um mistério divino no sofrimento, algo sobrenatural de difícil concepção para o intelecto humano. Não há quem não tenha experimentado uma tal santidade, que também não tenha passado por um grande sofrimento. Quando a dor transforma-se em glória, e o sofrimento tem então já cumprido seu bendito proposito, é porque a alma conseguiu chegar ao ponto mais tranquilo e sereno, desapropriando preocupações e lástimas. Nesse ápice tremendo, encontra-se uma renúncia, um desapego com qualquer coisa dessa terra, fazendo com que somente a vontade de Deus seja feita. Não há, desse modo, um coração amargurado, o Espírito de consolação já o envolveu plenamente.
No mundo teremos muita, muita tribulação mesmo. Foi Jesus quem afirmou isso, numa tentativa de animar o povo já sofrido de sua época. O que Ele “deixou” de avisar é que, deveríamos entende-lo na forma mais literal possível –para revolta dos rebeldes e incrédulos, e para os seguidores Dele, a esperança de que um dia haverá uma vida plena na eternidade. Na realidade, no mundo aqui, quase só existe tribulação. O dia-a-dia é recheado por lutas e desafios cruéis. Uma dor ali, uma perda acolá, e uma sequência de horrores que muitas vezes é até televisionado. Um cenário doloroso que sempre estará presente em convívio com a humanidade. São circunstancias que nunca estaremos isentos. Pelo menos enquanto estivermos presos neste corpo imortal, onde a limitação é uma característica latente. Aqui nessa terra haverá sempre um incansável trabalho para pouca recompensa. A satisfação plena não é possível nesse mundo turbulento. A maior recompensa nos aguarda longe daqui, num porvir grandioso, com o Eterno Salvador. Lá sim, haverá uma plenitude de satisfação.
Como cristãos, é preciso que deixemo-nos ser conduzidos pela tempestade. Cristo é o timoneiro desse grande barco. Enquanto nossa expectativa é que Cristo nos salve, Ele também tem certas expectativas, e não podemos decepciona-lo.

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Opinião do leitor