Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Palavra do leitor

O caso Flor de Lis e o por qual motivo Deus permite que as pessoas comecem bem e terminem mal?

‘’Vim ao mundo, não como um solitário, mas pelo encontro de duas realidades, quer queira ou não, e, quando partir, será que trilharei na consciência das realidades, a qual permanecerão, aqui?’’

Texto de Salmos 58: 6 – 10

As revelações bombásticas sobre a pastora, a cantora evangélica, a deputada federal, com maior votação, nas ultimas eleições, no Estado do Rio de Janeiro, Flor de Lis ora envolta por acontecimentos sólidos e uma mistura de especulações, levam-nos ao por qual motivo Deus permite que as pessoas comecem bem e terminem mal? A trajetória de uma mulher, a qual se tornou tema e obra cinematográfica, devido a sua coragem e entrega ao acolher pessoas desprovidas de qualquer condição de esperança, demonstrava ser uma pessoa admirável, notável e merecedora de nosso reconhecimento. Agora, a questão se pauta na razão, se há alguma, ou nos motivos de ter trilhado pela maldade, pelo desmoronar de todo e qualquer senso de respeito e integridade, em favor do próximo? Lá no fundo, na mais escancarada constatação, somos direcionados a concluir o quanto as melhores pessoas incorrem em escolhas acarretadoras de maldade e como isso afirma e reafirma de que não somos perfeitos.

Quantas pessoas iniciam uma trajetória, começam a escrever enredos de uma vida de bondade, de feitos consideráveis (de altruísmo, de entrega, de cidadania, de justiça, de misericórdia, de compaixão) e no topo das conquistas e dos reconhecimentos, passam a assumir outras posições e leituras da vida e dos outros. Aliás, não conhecemos pessoas que, sem ao menos perceber, embora estejam presentes, mas já abandonaram quem estava, ao seu lado. Em meio aos vendavais das acusações e dos indícios, cada vez mais, intensos, a apontarem para uma participação de Flor de Lis, em uma trama maléfica, há uma busca pela justiça punitiva e, de certo, interpretamos Deus, segundo nossa conceituação de bondade, como se não pudesse, em hipótese alguma, tolerar, aceitar e admitir a realidade do pecado e de pecadores. Sem sombra de dúvida, queremos justificativas para compreender o por qual razão o bom de Deus, em Jesus, o Cristo, ainda permanece, ao nosso lado.

Ora, não venho, no mencionado texto, fazer vistas grossas para toda uma sucessão de barbáries e erros, a qual caberá as autoridades incumbidas efetuarem as medidas necessárias e corretas. Não e não! Simplesmente, temos uma dificuldade de conceber de que esse bom de Deus não abandona o pecador, aquele que errou, o depravador. Presumidamente, enquanto não percebermos que Deus não nos ama, não se importa, conosco, comigo e com você, com todos nós, por sermos bons, justos, certos, mas sim nos ama porque nos escolheu nos amar e ponto final. O evangelho das boas novas desnuda a visão de um Deus, tão difundido, tristemente, por certos líderes religiosos, que nos espera para nos espancar, nos rebaixar, nos humilhar, nos apagar do mapa da vida, fomos escolhidos por Deus, antes, bem antes de infundir sua existência no mundo ou da função do mundo.

É bem verdade, o evangelho acaba por ser uma loucura, uma incompreensão, em parte, em função da nossa forma de ver o certo e o bom, a compaixão e a misericórdia, a bondade e a justiça, parece não haver valia, nisso, e mais vale o errado e o mal, não é mesmo? O pecado, descrito, nessas linhas, aborda um estado de alienação, um fosso de desumanização e desfiguração para aquilo que fomos criados, para sermos bons, para a bondade, para as boas novas. Faz-se observar, há um desígnio divino, há um chamado para sermos bons e essas ponderações não se afinam ao pecado, a alienação, a desumanização de todo nosso ser. Verdadeiramente, ainda arrisco e ouso trilhar por um Deus que não nos fez para, ao fazer obras importantes, viessemos a desprezar ou a destruir as pessoas.

Infelizmente, sublinho na opção de que distorções, na personalidade, o não reconhecer do outro para nos escutar, a crença de que nos bastamos, pode provocar resultados desastrosos. Novamente pontuo, a sociedade obteve saltos de civilidade, a partir do momento que transferiu a determinadas autoridades, a responsabilidade por punir e corrigir, em contrapartida, não podemos esquecer de que esse Deus nos fez para a bondade e não olha para o outro, numa perspectiva de que falhou, não presta, não. Por fim, não significa não sermos responsáveis, mas sim que há uma Graça que nos refaz, não mais como antes, obvio, mas nos oferece um novo significado de ser e existir.
São Paulo - SP
Textos publicados: 204 [ver]

Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.