Minha primeira história

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Esta foi a primeira história que o vovó contou para mim.

Nasceu uma linda menina. Ele mamava muito e a mamãe dava muito leite muito bom. Assim, ela logo cresceu ainda mais linda e forte e muito rápido andou e logo queria correr.
Todos achavam graça daquela vontade enorme de correr. A vontade era tanta que logo que Luísa nasceu, logo se exercitava esperneando sem parar. E era muito bom ver suas perninhas batendo no ar.

E logo chegou o dia que Luísa correu. Mas papai e mamãe tinham falado: "Luísa, cuidado, o piso escorrega e você, caindo, vai machucar. Anda, não corre." Mas, a vontade era tanto que ela correu, escorregou, caiu, machucou e chorou. E chorou muito, porque a dor era muita.

O papai pegava no colo, a mamãe fazia carinho, a vovó corria, a titia dava remédio. O vovó orava. Mas a dor não passava. E não teve jeito, a dor não foi embora. Luísa foi para o berço machucada. Então, todos oravam.

E lá no berço, quentinho e macio como só, Luísa chorou baixinho. Tão baixinho chorava que ninguém ouvia. Mas, Luísa ouviu: Por que chora, minha filha? O que te dói?" "Eu corri, eu caí, eu machuquei, está doendo muito". "Que mais você fez, minha filhinha? Acaso esqueceu que seu Pai te ama?" Seu coração estremeceu e logo se lembrou o que o papai falou "o piso escorrega, não corre porque machucado dói".

Aí Luísa chorou mais. Mais baixinho ainda, ainda mais doído ela chorou. Aí, no mesmo instante, a dor passou, a lágrima secou. Luísa olhou e viu o Senhor, que tudo escutara e lhe dera o choro do arrependimento para a vida eterna.

Agora Luísa está robusta e corre por todos lados com muito cuidado. Mas, não corre em lugares escorregadios. E toda vez que cai, corre para os braços do Pai. Seu único e verdadeiro Pai, o Senhor dos senhores, o Rei dos reis, mas que muito se importa com seus pequeninos, mesmo quando sozinhos choram tão baixinho que ninguém escuta ou vê.

Dedico essa história a minha muito amada filha Mírian.

"Não corramos nunca em lugares escorregadios. Andemos em plena obediência ao Senhor".

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Opinião do leitor