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Palavra do leitor

Betel e Peniel – Dois Encontros com Deus

Estes nomes bíblicos, em seu contexto original, não se referem a igrejas, mas eram cidades de Israel, localizadas onde Jacó teve encontros marcantes com o Senhor (Gn.28.10-22; Gn.32.22-30).
Apesar das semelhanças, é grande o contraste entre aquelas experiências. Betel significa “casa de Deus”. Peniel significa “face de Deus”. Estes dois sentidos nos mostram o maior impacto do segundo encontro, apesar da importância indiscutível do primeiro.
O encontro em Betel ocorreu quando Jacó fugia de Esaú, indo para Harã. Naquela noite, Jacó dormiu, tendo uma pedra por travesseiro, e sonhou com uma escada entre o céu e a terra, por onde os anjos subiam e desciam. Acima dela, estava Deus.
O encontro em Peniel aconteceu quando Jacó voltava para encontrar-se com Esaú. A expectativa era de um acerto de contas, com grave risco à vida de suas mulheres e seus filhos. O desafio era tão grande, que Jacó não conseguiu dormir naquela noite, mas lutou com um homem que, de acordo com o texto, era o próprio Deus em manifestação visível (teofania) (Gn.32.30). A situação era de máxima urgência. O perigo iminente não permitiria um agendamento futuro para a busca ao Senhor.
Em Betel, o encontro aconteceu por iniciativa de Deus que, por amor a Jacó, manifestou-se a ele. Naquele tempo, o jovem Jacó não possuía coisa alguma, mas queria ganhar.
No segundo encontro, Jacó tomou a iniciativa de agarrar o “anjo”. Agora, tendo numerosa família e servas e bens, estava apavorado diante da possibilidade de perder tudo.
Na primeira experiência, Jacó queria coisas naturais, principalmente pão, roupa e segurança na viagem.
Na segunda, queria uma bênção superior, bem expressa na frase “tenho visto a Deus face a face e a minha alma foi salva”.
Em Betel, Jacó era um expectador da atividade angelical, como ocorreu também em Maanaim (Gn.32.1-2), mas, em Peniel, ele se torna um protagonista da cena, segurando com determinação aquele varão misterioso.
Betel é sonho. Peniel é luta.
Betel é o contato indireto, distante, uma apresentação inicial do “Deus de Abraão e de Isaque”.
Peniel é a “colisão transformadora” entre Jacó e Deus. Jacó torna-se Israel, o “príncipe de Deus”. Além disso, o Senhor passou a se apresentar como o “Deus de Jacó” (Ex.3.6).
Além de sua própria vida correr risco naquele momento, muitas pessoas dependiam dele.
Ali estavam Rúben, Simeão, Gade, Aser, Zebulom, Naftali, Dã, Issacar, Levi, José e Judá. Jacó não morreria naquele caminho. Esaú não poderia matá-lo, pois o plano de Deus ainda não estava concluído. Benjamim ainda não havia nascido.
A muitos de nós, a Palavra está dizendo: O plano de Deus ainda não se concretizou. Faremos muito mais do que imaginamos.
Jacó não morreria enquanto Benjamim não nascesse. Os 11 filhos ainda não haviam crescido, mas eles haveriam de ter filhos que o próprio Jacó conheceria.
A situação pode ser terrível, mas, para quem tem promessas de Deus, ainda não é o fim. O futuro será bem maior e melhor do que o passado, por mais importante que tenha sido, mas precisamos tomar atitudes certas no tempo certo.
A responsabilidade de Jacó era imensa. Por exemplo, entre as crianças daquela família estava Levi, de cuja descendência viriam os sacerdotes de Israel. Ali estava “Zezinho do Egito”, o mais novo, talvez ainda no colo, mas que seria responsável pela preservação da vida de milhares de pessoas no tempo da fome. Ali estava o garoto Judá, de cuja linhagem viriam os reis de Israel e principalmente o Rei dos reis, Jesus Cristo.
Busque ao Senhor intensamente, sabendo que sua família e muitas outras pessoas podem depender de suas atitudes hoje.
Muitos anos antes, quando Jacó apresentou-se a Isaque para receber a bênção da primogenitura, disse ao pai: “Eu sou Esaú”, mas, em Peniel precisou confessar “Eu sou Jacó”, nome que significa “enganador”. Precisamos clamar ao Senhor por uma nova experiência com ele, uma renovação da nossa fé e compromisso, mas a confissão é uma parte importante desse processo. Confessemos a Deus os nossos pecados e as falhas do nosso caráter, clamando ao Senhor que nos transforme.
Então, disse Deus: “Não chamarás mais Jacó, mas Israel, porque como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste” (Gn.32.28).
A mudança do nome de Jacó simboliza a transformação do seu caráter. Encontros com Deus envolvem mudanças necessárias, profundas e definitivas. Em Betel, Jacó foi abençoado, mas em Peniel, ele foi transformado.
Naquela noite, ele foi tocado e marcado pelo Senhor. Jacó foi mudado e nunca mais enganou alguém. Pelo contrário, tornou-se um profeta de Deus, sendo dele a primeira profecia sobre o leão da tribo de Judá (Gn.49.9).

Pr. Anísio Renato de Andrade
Belo Horizonte - MG
Textos publicados: 27 [ver]
Site: http://anisiorenato.blogspot.com.br/
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