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Palavra do leitor

A idolatria evangélica

Creio que a igreja evangélica, também chamada igreja institucional, não é necessariamente a igreja de Cristo, como muitos entendem que seja. A igreja de Cristo está inserida na igreja institucional, porém não somente aí. Aquilo que considerávamos tão somente sobre a igreja católica romana, hoje, não tem em sua essência, nenhuma diferença da igreja evangélica. Talvez, o diferencial é que, neste momento da história, a igreja evangélica tem menos tempo de desvio da verdade, e por isso nela exista mais discípulos de Cristo, do que na igreja católica romana que tem mais tempo de desvio do verdadeiro evangelho, mas, em ambas temos muitos discípulos de Cristo. Como instituição evangélica e instituição católica romana, ambas são idolatras na sua essência, a idolatria romana é proveniente do período do Velho testamento – Êxodo 20.4,5, E o discurso desta instituição, transcende os tempos e continua reportando e mantendo os seus fieis na observância desta idolatria; por sua vez na igreja evangélica a sua idolatria é proveniente do Novo testamento – Mateus 4.1-10, texto que estaremos evidenciando neste artigo. É importante observar que semelhante à igreja católica romana, o discurso (sermões, campanhas de 7 dias de oração, 7 terças, quartas, quintas da benção, caminho de sal, etc) da igreja evangélica consiste no propósito de manter os seus fieis abraçados fielmente aos seus ídolos. O grande drama é que a institucionalização da fé foi à maneira que Satanás usou para propor e executar as suas famosas tentações universais. Vejamos:

1. “Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães.” Ora, após 40 dias de jejum, o texto diz que Jesus tem fome, o que é uma necessidade legitima, quem está com fome deve comer. Entretanto, “Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.” Jesus disse não, ele não tem que provar nada para o Diabo. Mas a igreja institucional ou igreja evangélica diz sim. Porque os templos da igreja evangélica se entopem de gente que procuram à satisfação das suas necessidades, por mais legitimas que sejam, quando a motivação é para provar que “eu sou filho de Deus”, torna-se doentia, a diferença para estes filhos da igreja evangélica constitui exatamente no suprimento das suas necessidades. Hoje, é comum ouvi dos tele evangelistas que abarrotam os nossos lares e fazem comercio da igreja, afirmarem: “nunca diga que você tem doença, a doença não é sua.” Adoecendo um povo simples, sincero, mas como ovelhas que não tem pastor, e neurotizando esta massa de gente descomprometida com a cruz de Cristo. Porque o próprio Paulo diz a Timóteo: “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estomago e das tuas freqüentes enfermidades.” 1 Timóteo 5.23 Talvez, Paulo tivesse que fazer um seminário com estes lobos vorazes. Temos que entender que no reino de Deus a cruz é necessária e inevitável, Todavia, mais e mais na igreja evangélica a cruz deve ser banida. Se formos evangélicos não podemos passar fome, se podemos transformar as pedras em pães, porque não? Para os discípulos de Cristo a máxima é a do Mestre “nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” Na igreja evangélica a máxima é “Se tu és o Cristo desce da cruz e creremos em ti.” A Igreja de Cristo que está na igreja evangélica tem que entender que não precisamos provar para sermos o Corpo Dele, Ele nos tornou e por isso somos. Portanto, seja a cruz e a ressurreição o centro da nossa vida.

2. Quero continuar considerando este capitulo quatro do livro de Mateus, e enumerar mais um aspecto que a igreja evangélica tem negligenciado. A segunda tentação foi “Então, o Diabo o levou a cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e: eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Jesus responde dizendo: Não tentarás o Senhor teu Deus.” A igreja evangélica diz “é isso que queremos, temos que suplanta-los em tudo, e temos a palavra como promessa”. A igreja evangélica foi seduzida pelo glamour, ela quer ser vista pelo atirar do pináculo do templo. A manjedoura é ridícula, quem viu? Isso é muito simples, diz ela. A cruz só se for a de Mel Gibson (que serviu tão somente para derramar algumas lágrimas e provar que podemos promover espetáculo), do contrário, atiremos do pináculo da mídia, das grandes catedrais luxuosas, dos shows mirabolantes, nada mais delicioso do que o olhar extasiado das estatísticas. A Igreja de Cristo tem que experimentar novamente o esvaziamento, porque Ele se esvaziou, só assim poderemos nos misturar levando o bom perfume do reino de Deus. Nunca poderemos sofrer com os que sofrem, se de fato, não nos esvaziarmos. Porque senão, seremos tão somente atores pulando do pináculo do templo sobre os aplausos entusiasmados de Satanás. 

3. Na terceira e ultima tentação “Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos deste mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.” A resposta de Jesus foi radical, ele dá uma ordem a Satanás: “Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto.” A ultima tentação foi à proposta de seduzir Jesus através do poder, como se Jesus não soubesse de onde vem de fato todo o poder, Jesus sabe que o poder não emana do povo, como diz o artigo primeiro da constituição federal, todo poder emana de Deus. Mas satanás tem desde o princípio enganado as nações com suas falsas promessas. O poder de Deus não é para a destruição, mas o poder ofertado por satanás tem sido através dos tempos um dos instrumentos mais nocivos à existência humana. A palavra poder tornou-se sinônima de domínio. Mas não foi assim desde o principio, Deus é a fonte de todo poder, e ele usou seu poder para criar, não para destruir. A igreja evangélica tem sido seduzida por esta proposta de Satanás que tem custado um preço muito alto, a esta sua adesão a estes intentos diabólicos. A política tem sido um dos meios pelos quais o poder tem sido ofertado a igreja evangélica, e o que temos presenciado é que este poder tem sido usado para benefícios próprio, são concessões de radio, tv, terrenos, etc. Quando os pressupostos são idênticos a de qualquer político, ou seja legislar não para todos, mas para certo segmento, ou seja, para a igreja evangélica. E nesta caminhada a ética de Cristo jamais tem sido o referencial de conduta. A ética é a macediana “para cristo vale até gol de mão”, ou seja, os fins justificam os meios; coloquei cristo com letra minúscula, pois de fato o que eles servem, não é o Cristo Filho de Deus. Para a igreja evangélica cristo escreve certo por linhas tortas, entretanto, Cristo escreve certo por linhas certas. Qual a diferença entre o poder de Cristo, pois, Ele mesmo diz “Todo o poder o Pai mim deu...” e o poder ofertado por satanás, e abraçado pela igreja evangélica? O poder de Cristo é antes de tudo o poder do serviço, não é o poder para manipular, dominar sobre o outro, “Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dá a sua vida em resgate de muitos.” Mateus 20.28 Quando os discípulos discutiam quem era o maior, “Jesus lhes disse: Os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados benfeitores. Mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior entre vós seja como o menor, e aquele que dirige seja como o que serve. Pois qual é o maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem serve? Pois, no meio de vós, eu sou como quem serve.” Lucas 22.24-27 O poder que emana de satanás depende daquilo que se possui, daquilo que se adquire, toda forma de domínio sobre o outro, onde o ter, ou até mesmo a posição, o distancia do semelhante, é uma forma de adoração a satanás. Portanto, a grande diferença é que o poder de Deus em Cristo ao seu discípulo, é o poder de servir ao semelhante em qualquer esfera da vida, depende não do que temos, ou do status adquirido, mas sim da vida de Cristo que manifesta no seu discípulo. A Igreja de Cristo experimenta o poder tão somente para ser testemunha de Cristo. Quero finalizar esta reflexão usando o versículo 11 do capitulo quatro de Mateus “Com isto o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”. Depois de vencer esta grande batalha real, psicológica, emocional; Jesus é servido pelos anjos. O discípulo de Cristo vive a convicção que todas as suas necessidades serão supridas em Cristo Jesus. Concluo este artigo constatando que de fato a igreja evangélica é uma igreja idolatra, na sua experiência pratica, e que apesar dos inúmeros discípulos de Cristo que nela existem, mais e mais se evidencia que “assim como a serpente enganou a Eva com sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo.” 2 Corintios 11.3 A minha esperança é que os discípulos de Cristo que constituem a Igreja de Cristo neste mundo possam viver a vida de Jesus e responder as propostas do diabo como fez o Senhor e Mestre Jesus.
Rolândia - PR
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