A geração que não reconhece a Deus!

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"O evangelho de Cristo, se não nos levar ao outro, não tem sentido, não tem serventia e não tem significado’’.

Texto de Isaías 38.1

Quem é

‘’um dia,
ah, um dia,
o verbo chegar,
enfim, chegará:

sem as palmas,
porque pararam,
sem os púlpitos,
ocupados, por outros,
sem os livros,
fechados e esquecidos,
nas poeiras do passado,
como nós e Deus, também’’.

Se você estivesse nos segundos finais, nos últimos suspiros, prestes a não mais poder viver, suas palavras serião de que procurei transmitir vida e, com destaque, aos meus próximos?

Por ora, essa resposta cabe a nossa imaginação cogitar e aproveito essa pergunta, com base no texto de Isaías 38.1, ao mencionar a ida do Profeta Isaías, até o reduto do Rei Ezequias, para dizer uma sentença, ou seja, sua morte e, diante disto, faz um alerta, com relação a colocar sua casa em ordem. Mais especificamente, a casa de sua história direcionada ao seu filho.

Sem sombra de dúvida, observar-se-á os feitos e prodígios de Ezequias, avanços, conquistas, progressos e exponenciais marcas, em prol da história do povo de Israel, todavia, as palavras do Profeta, porque, somente, evocou um mandamento imperativo categórico, sem rodeios, sem sublimações, sem refinações, sem maquiagens teológicas e hermeneuticas, ou seja, ponha a sua casa, em ordem. Nada mais e nada menos!

Lastimavelmente, o sucessor de Ezequias, o Rei Manassés, exerceu a autoria de uma trajetória oposta aos anseios da vida, embrenhou – se em práticas abomináveis, com a imolação dos próprios filhos e outras atrocidades. Vamos adiante, essa biografia demonstra o quanto somos passageiros, substituíveis e retiráveis. Mesmo assim, acreditamos numa espécie de absolutismo, de sermos o máximo e, lá no fim, não somos.

Verdadeiramente, quantos líderes eloquentes, cheios de espiritualidade, enredados de conquistas passaram e sem deixar nenhuma referência da importância de Deus, na vida de seus próximos?

São pastores, são missionários, são profetas, são cantores e sei lá mais o que, ao qual nada acrescentaram de quem esteve, ao lado deles. Afinal de contas, o púlpito falou mais alto, a reunião de oração teve mais peso e relevância, as discussões teológicas mais sentido, os parabéns momentâneos mais serventia.

Entrementes, perdem – se gerações para serem mergulhadas numa relação aberta, simples, íntima e desafiadora com a Graça Jesus Cristo. Atentemos para todos os atos de Manassés, numa inexorável postura de andar na contramão de Ezequias, como se a fé do seu pai não tivesse qualquer sentido, significado e serventia, até porque nosso encontro com Deus que não nos remete ao outro, não passa de um calhamaço de ritualismos, de liturgias, de moralismos legalistas, sem paixão e compaixão, sem a justiça que transcende as fronteiras do certo e do errado, da retribuição e compensação, para nos aceitar e acolher.

Enfim, ponha a sua casa em ordem, perceba a questão de o seu ministério espertar, dentro da sua casa, do seu íntimo, da sua maior transparência, com seus entes queridos, não se iluda. Infelizmente, muitos preferem o discurso de que Deus vai dar um jeito, em tudo, e todos viverão felizes para sempre, de preferência, na nova Jerusalém.

Diametralmente oposto, isso não ocorre, ponha sua casa, em ordem, sente mais, escute mais, despenda mais oportunidades, abra – se para reconciliações e ajustes, permita se refazer. Não se engane, sem qualquer fatalismo, chegará o momento que as palmas pararão, as luzes serão apagadas, as portas fechadas, os púlpitos ocupados, por outros, os livros fechados, os celulares desligados e os olhos se fecharão e, em meio a isso, Deus também pode ter se fechado, comigo.

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Opinião do leitor