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Opinião

Um amor mais forte que qualquer vírus

Por Elisa Leão

Que o momento é de isolamento, de limitação e que exige muito cuidado, todos já sabemos. Já estamos cansados dos noticiários e de imaginar o que ainda virá pela frente. Medo, ansiedade, angustia são sentimentos comuns a todos. Todos! 
 
O mundo inteiro está passando pela mesma situação que conduziu o ser humano a sensações primitivas. Atualmente, a preocupação é com a sobrevivência, a alimentação, a segurança – aspectos considerados básicos para a teoria da motivação de Maslow. 
 
Estamos unidos com um objetivo maior, como se fossemos uma equipe com uma missão: a de vencer o novo coronavírus. 
 
Esse momento mostra uma realidade intrigante, no mínimo curiosa, levando-se em consideração a intensidade da circunstância. O fato das pessoas estarem isoladas em suas casas, precisando se relacionar com poucos, na maioria das vezes da própria família, promove uma aproximação do cotidiano, um conhecimento de detalhes sobre o trabalho, a rotina, o dia que já não é tão comum de se conhecer, mesmo para as famílias, já que cada um carrega a sua profissão, o seu trabalho e as suas responsabilidades em mundos individuais e privados. O confinamento gerou uma aproximação geral. Ter que passar os dias juntos, num movimento totalmente oposto ao individual e privativo causou a aproximação de uma parte desconhecida uns dos outros, mesmo dentro da própria família. 

Em função das atividades domésticas, as pessoas que estão passando pela quarentena juntas precisam se tornar uma “equipe” para resolverem a limpeza, a alimentação, a higienização. Estão se formando equipes. 
 
A configuração da equipe também se instala numa perspectiva mais ampla, pensando na comunidade próxima, como os condomínios, os setores, as regiões, as cidades que precisam que todos cumpram as orientações de isolamento e de higiene para a proteção uns dos outros. Uns cuidando dos outros, mesmo que não se conheçam. Ampliando a análise, também percebemos esse senso de equipe relacionado aos estados, países, continentes, ao planeta. Todos consumindo menos, movimentando menos, fazendo menos barulhos, ouvindo mais o próprio silencio e o que isso diz. O que isso diz? 
 
Através de relatórios e imagens publicadas pela NASA, está comprovado que estamos poluindo menos, estamos com menos problemas de abalos sísmicos, inclusive resolvendo problemas que há muito tempo precisávamos, como a diminuição da polução. Somos uma equipe apresentando bons resultados! Parece que sabemos trabalhar sob pressão extrema. 
 
Somos uma equipe que está aprendendo que não existem diferenças entre pobres e ricos, entre raças e culturas. Estamos todos preocupados com segurança, com sobrevivência, com cumprir as regras estabelecidas, com termos cuidados uns com os outros, com nos proteger, mas também com proteger o próximo. 
 
A saudade é de coisas simples! O foco de luz está na direção da privação do abraço, do aperto de mão, da liberdade de ir e vir, de ver e ficar pertinho de quem se quer, de trabalhar, de produzir, de garantir o ganha-pão. Privação de amor, medo de privação do alimento físico para alguns e a real privação de alimento físico para outros. Interessante, mas ao contrário do vírus mortal, essas privações aproximam as pessoas, que mesmo com tantos motivos para ficarem e permanecerem distantes fisicamente, estão se aproximando através da atmosfera que o amor promove. Através da rede e dos laços invisíveis, faz acontecer a disponibilidade para que o alimento físico chegue até quem precise com muito amor. 
 
Simples, complexo, totalmente básico, mas muito sofisticado. Esse amor está unindo não só uma nação, mas pessoas de todo o mundo, que estão juntas, sofrendo com a solidão do Papa, sofrendo com a perda de tantas pessoas, sofrendo com o sentimento de desamparo, inclusive sem abraço. Esse amor também está unindo, amparando um planeta inteiro, mostrando que juntos podemos ter muitos ganhos complexos. Esse amor humano, que sabe abraçar através do respeito, do olhar, do falar, do orar. Que sabe acolher e amparar através da esperança e da fé, esse povo que está exercitando a criatividade para estar próximo de quem se ama, mesmo longe fisicamente. Esse amor invisível, muito mais forte que qualquer vírus, está transformando o íntimo para uma forma mais íntima, com mais reflexões sobre o que realmente vale a pena na vida e sobre a possibilidade de realmente sermos um, uma equipe, um povo, unidos pelo amor.
 
• Elisa Leão é psicóloga clínica, doutora em psicologia pela USP com a temática “resiliência e espiritualidade”, professora na Faculdade Mackenzie Brasília e palestrante.

Texto publicado originalmente no site do Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos. Reproduzido com permissão.

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