Opinião
- 15 de dezembro de 2023
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Teologia em forma narrativa pode ser terapêutica?
Por Davi C Ribeiro-Lin
Durante meu trabalho de doutorado, minha tese sugeriu que Agostinho de Hipona (354-430) em suas Confissões (397-401) não está apenas escrevendo uma autobiografia, mas uma teografia, uma narrativa centrada no outro, escrita por uma pessoa-em-relação e que usa o tema da confissão (“abrir as feridas do pecado”, “louvar o médico”) para se apresentar como um paciente “pela língua de meu cálamo” (Conf. 11.2.2) diante do Cristo Médico (Christus Medicus). À medida que Deus se torna seu médico interior, as Confissões tornam-se como um ato terapêutico para seu escritor, “assim agiram em mim quando as escrevia e agem quando as leio” (Retract. 2.6.1).
Agostinho procurou suscitar no leitor uma resposta orientada à saúde, “quando são lidas e ouvidas despertam o coração, a fim de que ele não durma no desespero” (Conf. 10.3.4). Ou seja, a narrativa das partes difíceis da vida de Agostinho não se destinava apenas a ele mesmo e à recuperação do seu coração, mas principalmente a gerar esperança e saúde ao nosso próprio coração inquieto (Conf. 1.1.1). Seguindo a visão de Agostinho de Hipona ao escrever Confissões para transmitir esperança em meio à angústia a um público mais amplo, procurei seriamente compreender se a perspectiva de Agostinho tinha potencial para se tornar um recurso terapêutico para as sociedades do século 21. Na época do meu doutorado não tive oportunidade de testar sua aplicabilidade através de uma metodologia que fizesse desta visão uma intervenção prática concreta. Mas isso logo mudou quando entrei na sala de aula.
Nos últimos anos (2019-2022), estudantes de pós-graduação em teologia do Seminário Teológico Servo de Cristo em São Paulo (Brasil) escreveram suas teografias pessoais e recontaram uma fase de vida particularmente difícil ou um evento estressante em suas vidas, tendo as Confissões como modelo. Após terem tido diversas aulas sobre a visão terapêutica das Confissões, esses alunos passaram a reconhecer Agostinho como referência para recontar suas próprias histórias pessoais e narrar uma jornada existencial ou experiência pessoal estressante em uma teografia. Conforme propôs Agostinho, esse trabalho teve forma de uma oração de formato eu-tu dirigida ao médico divino, e por ela as biografias pessoais de fragmentação e perda puderam ser percorridas pela linguagem poética dos salmos e pela teologia agostiniana da graça.
O material rico, significativo e pessoal produzido me convenceu de que estes estudantes não só foram capazes de ouvir o coração de Agostinho (Conf. 10.3.4), mas as suas próprias teografias aumentaram a sensação de estarem sob o cuidado benevolente de Deus e promoveram a vulnerabilidade, a gratidão e a humildade. A memória ferida, quando transpassada pela flecha da graça e colocada a caneta no papel, narrou uma existência vulnerável dentro da presença de Deus. Como sugeriu o apóstolo Paulo, ao recontar experiências dolorosas, “onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5.20). À medida que a cultura contemporânea flerta com o individualismo e o narcisismo, muitas vezes os líderes cristãos desenvolvem as suas habilidades antes de seu caráter e virtudes. Entendi que estas teografias num programa de formação pastoral como um Mdiv (Mestrado em Divindade) constituíam um antídoto contra culturas de liderança que não são moldadas por uma profunda consciência da graça e da humildade.
Além disso, tornou-se claro que os estudantes poderiam responder melhor à proposta de Agostinho ao expressar as partes difíceis da vida através da escrita narrativa dos acontecimentos de sua vida, entrelaçando a biografia com um significado teológico. De particular importância é a ligação intrínseca entre o reconhecimento de sentido e as narrativas, pois as histórias conseguem configurar eventos dispersos num todo coerente. As narrativas de vida concedem estrutura para a reinterpretação da experiência, organizam a memória e reavaliam acontecimentos negativos e angustiantes. Reescrever a narrativa de alguém alinha-se terapeuticamente com o que Agostinho intuiu (Retract. 2.6.1), de que escrever é uma técnica poderosa para reconstruir um evento de vida estressante ou traumático.
Embora Confissões dirija-se a Deus como o médico da vida interior de Agostinho e tem a intenção de promover saúde, é surpreendente que um estudo sistemático da sua visão terapêutica e seus efeitos ainda não tenha se concretizado. As considerações para tal empreendimento já se encontram maduras quando se considera que, nos últimos trinta anos, a área de pesquisa em Religião, Espiritualidade e Saúde (Religion, Spirituality and Health – RSH) estabeleceu firmemente a conexão entre espiritualidade e saúde mental e criou condições favoráveis para o diálogo interdisciplinar e a verificação empírica. Percebendo que ainda há trabalho a ser feito, esta intuição evoluiu em um projeto de pesquisa e intervenção, denominado “Teografia como Cura Animarum: Confissões de Agostinho como construção de sentido narrativo para a saúde mental”. Esta pesquisa tem como objetivo verificar os efeitos da teologia de Agostinho na saúde mental por meio de um modelo empírico de escrita narrativa que é interdisciplinar em seu conceito, promove a construção de significado para gerar histórias redentoras e pode ser avaliado em seus resultados na saúde. Esperamos que esse trabalho resulte em (I) reconstrução crítica da teologia das Confissões em diálogo com a pesquisa em psicologia (II) compreensão do processo pedagógico que estimula narrativas terapêuticas entre culturas (III) resultados transculturais na interface do uso de narrativas para a construção de significado e a saúde mental.
Bruner (2004) argumentou que as narrativas de vida são variantes das narrativas canônicas da cultura, moldadas por processos linguísticos cognitivos e estruturais e de coautoria da pessoa e do contexto cultural no qual o significado está inserido (McAdams, 2001). Ao ouvir o evangelho e a cultura, além de trazer inspiração sobre a história da igreja, este projeto será capaz de reconhecer quais temas, conceitos e imagens ressoam de forma mais pungente e como o legado de Agostinho fertiliza o diálogo entre narrativas de vida, teologia e cultura.
Na sua palestra inaugural do OMSC (Overseas Ministries Studies Center – Centro de Estudos de Ministérios Internacionais) no Seminário Teológico de Princeton (setembro de 2020), Andrew Walls sugeriu que, visto que o centro de gravidade do cristianismo mudou do Ocidente para o Sul Global, os continentes da Ásia, América Latina e África tornaram-se “laboratórios teológicos” tanto quanto a Europa e a América do Norte. O Seminário Servo de Cristo em São Paulo (Brasil) tem sido nosso próspero “laboratório teológico” para a escrita de narrativas teológicas e a construção de sentido. Como eu estou em fase de transição para um cargo de tempo integral em Massachusetts, Estados Unidos, no Seminário Teológico Gordon-Conwell, e continuo como professor visitante no Brasil, o projeto agora tem a oportunidade de servir globalmente. Gordon-Conwell possui representatividade significativa de diversas nacionalidades, especialmente de estudantes asiáticos e latino-americanos, mas também estudantes africanos, europeus e da Oceania. Estas novas teografias possibilitam a construção de um diálogo verdadeiramente mundial e uma comparação intercultural. Contamos que estas narrativas incluam participantes com histórias de migrantes, visto que a própria herança de Agostinho era de um homem que vivia entre culturas, o “mestiço” Agostinho (González, 2016).
A atual crise global de saúde apela à igreja para mais uma vez examinar e redefinir o seu papel na sociedade, este projeto traz uma contribuição específica na interseção entre os estudos missionários, os estudos agostinianos e a história da igreja e sua importância na revisão da missão da saúde. Com o aumento do reconhecimento da relevância contemporânea do legado de Agostinho na promoção da saúde mental, somos lembrados que o cristianismo desde o seu início tem se empenhado por cura e restauração. Embora as definições de saúde tenham mudado ao longo dos séculos, a ausência de uma compreensão teológica da terapia deve-se à saúde ser um conceito e uma tarefa que foi amplamente secularizada. Embora a tarefa da terapia e da saúde mental nas sociedades contemporâneas pertença principalmente à psicologia, uma perspectiva teológica sobre a saúde e a terapia não deve ser deixada de lado. Pesquisas sobre Agostinho, terapia e saúde apontam para um campo aberto para os teólogos e os lembram de não negligenciar um tema muito presente nos evangelhos. O papel de Cristo está associado ao de médico que cura os enfermos, carrega as doenças e perdoa os pecadores. Ele é o agente da vida em sua plenitude que supera doenças físicas, interpessoais e espirituais, ênfase que as Confissões de Agostinho de Hipona podem nos ajudar mais uma vez a recuperar. Agostinho, no entanto, não teve os privilégios que nos foram concedidos no século 21, quando o cristianismo se tornou um fenômeno global. A recuperação da tarefa terapêutica da teologia pode agora acontecer num período de grande expansão teológica mundial dentro do cristianismo global: panelas fervendo de energia espiritual e narrativas redentoras vindas de todo o mundo orientadas à saúde.
Davi C, Ribeiro-Lin, doutor em teologia, psicólogo e professor assistente de teologia pastoral – Gordon-Conwell Theological Seminary.
Publicado originalmente no site Overseas Ministries Study Center. Reproduzido com permissão do autor.
Traduzido por Maria Clara Martino, bióloga, teóloga e tradutora.
REVISTA ULTIMATO | DOENÇAS QUE FAZEM SOFRER TAMBÉM OS QUE CREEM
Todas as pessoas – também os que creem – correm o risco de adoecer mentalmente. Há multidões na igreja lutando com problemas de saúde mental. Felizmente, há esperança e ajuda: profissionais da saúde, recursos terapêuticos e medicamentos. Os cristãos podem contar ainda com a ajuda extraordinária de seu Deus. E a igreja deve proporcionar um espaço seguro para estes.
É disso que trata a matéria de capa da edição 405 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Agostinho para Todos, Stephen A. Cooper e Ron Hill
» Discurso Divino – Reflexões filosóficas sobre a tese de que Deus fala, Nicholas Wolterstorff
Durante meu trabalho de doutorado, minha tese sugeriu que Agostinho de Hipona (354-430) em suas Confissões (397-401) não está apenas escrevendo uma autobiografia, mas uma teografia, uma narrativa centrada no outro, escrita por uma pessoa-em-relação e que usa o tema da confissão (“abrir as feridas do pecado”, “louvar o médico”) para se apresentar como um paciente “pela língua de meu cálamo” (Conf. 11.2.2) diante do Cristo Médico (Christus Medicus). À medida que Deus se torna seu médico interior, as Confissões tornam-se como um ato terapêutico para seu escritor, “assim agiram em mim quando as escrevia e agem quando as leio” (Retract. 2.6.1).
Agostinho procurou suscitar no leitor uma resposta orientada à saúde, “quando são lidas e ouvidas despertam o coração, a fim de que ele não durma no desespero” (Conf. 10.3.4). Ou seja, a narrativa das partes difíceis da vida de Agostinho não se destinava apenas a ele mesmo e à recuperação do seu coração, mas principalmente a gerar esperança e saúde ao nosso próprio coração inquieto (Conf. 1.1.1). Seguindo a visão de Agostinho de Hipona ao escrever Confissões para transmitir esperança em meio à angústia a um público mais amplo, procurei seriamente compreender se a perspectiva de Agostinho tinha potencial para se tornar um recurso terapêutico para as sociedades do século 21. Na época do meu doutorado não tive oportunidade de testar sua aplicabilidade através de uma metodologia que fizesse desta visão uma intervenção prática concreta. Mas isso logo mudou quando entrei na sala de aula.
Nos últimos anos (2019-2022), estudantes de pós-graduação em teologia do Seminário Teológico Servo de Cristo em São Paulo (Brasil) escreveram suas teografias pessoais e recontaram uma fase de vida particularmente difícil ou um evento estressante em suas vidas, tendo as Confissões como modelo. Após terem tido diversas aulas sobre a visão terapêutica das Confissões, esses alunos passaram a reconhecer Agostinho como referência para recontar suas próprias histórias pessoais e narrar uma jornada existencial ou experiência pessoal estressante em uma teografia. Conforme propôs Agostinho, esse trabalho teve forma de uma oração de formato eu-tu dirigida ao médico divino, e por ela as biografias pessoais de fragmentação e perda puderam ser percorridas pela linguagem poética dos salmos e pela teologia agostiniana da graça.
O material rico, significativo e pessoal produzido me convenceu de que estes estudantes não só foram capazes de ouvir o coração de Agostinho (Conf. 10.3.4), mas as suas próprias teografias aumentaram a sensação de estarem sob o cuidado benevolente de Deus e promoveram a vulnerabilidade, a gratidão e a humildade. A memória ferida, quando transpassada pela flecha da graça e colocada a caneta no papel, narrou uma existência vulnerável dentro da presença de Deus. Como sugeriu o apóstolo Paulo, ao recontar experiências dolorosas, “onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5.20). À medida que a cultura contemporânea flerta com o individualismo e o narcisismo, muitas vezes os líderes cristãos desenvolvem as suas habilidades antes de seu caráter e virtudes. Entendi que estas teografias num programa de formação pastoral como um Mdiv (Mestrado em Divindade) constituíam um antídoto contra culturas de liderança que não são moldadas por uma profunda consciência da graça e da humildade.
Além disso, tornou-se claro que os estudantes poderiam responder melhor à proposta de Agostinho ao expressar as partes difíceis da vida através da escrita narrativa dos acontecimentos de sua vida, entrelaçando a biografia com um significado teológico. De particular importância é a ligação intrínseca entre o reconhecimento de sentido e as narrativas, pois as histórias conseguem configurar eventos dispersos num todo coerente. As narrativas de vida concedem estrutura para a reinterpretação da experiência, organizam a memória e reavaliam acontecimentos negativos e angustiantes. Reescrever a narrativa de alguém alinha-se terapeuticamente com o que Agostinho intuiu (Retract. 2.6.1), de que escrever é uma técnica poderosa para reconstruir um evento de vida estressante ou traumático.
Embora Confissões dirija-se a Deus como o médico da vida interior de Agostinho e tem a intenção de promover saúde, é surpreendente que um estudo sistemático da sua visão terapêutica e seus efeitos ainda não tenha se concretizado. As considerações para tal empreendimento já se encontram maduras quando se considera que, nos últimos trinta anos, a área de pesquisa em Religião, Espiritualidade e Saúde (Religion, Spirituality and Health – RSH) estabeleceu firmemente a conexão entre espiritualidade e saúde mental e criou condições favoráveis para o diálogo interdisciplinar e a verificação empírica. Percebendo que ainda há trabalho a ser feito, esta intuição evoluiu em um projeto de pesquisa e intervenção, denominado “Teografia como Cura Animarum: Confissões de Agostinho como construção de sentido narrativo para a saúde mental”. Esta pesquisa tem como objetivo verificar os efeitos da teologia de Agostinho na saúde mental por meio de um modelo empírico de escrita narrativa que é interdisciplinar em seu conceito, promove a construção de significado para gerar histórias redentoras e pode ser avaliado em seus resultados na saúde. Esperamos que esse trabalho resulte em (I) reconstrução crítica da teologia das Confissões em diálogo com a pesquisa em psicologia (II) compreensão do processo pedagógico que estimula narrativas terapêuticas entre culturas (III) resultados transculturais na interface do uso de narrativas para a construção de significado e a saúde mental.
Bruner (2004) argumentou que as narrativas de vida são variantes das narrativas canônicas da cultura, moldadas por processos linguísticos cognitivos e estruturais e de coautoria da pessoa e do contexto cultural no qual o significado está inserido (McAdams, 2001). Ao ouvir o evangelho e a cultura, além de trazer inspiração sobre a história da igreja, este projeto será capaz de reconhecer quais temas, conceitos e imagens ressoam de forma mais pungente e como o legado de Agostinho fertiliza o diálogo entre narrativas de vida, teologia e cultura.
Na sua palestra inaugural do OMSC (Overseas Ministries Studies Center – Centro de Estudos de Ministérios Internacionais) no Seminário Teológico de Princeton (setembro de 2020), Andrew Walls sugeriu que, visto que o centro de gravidade do cristianismo mudou do Ocidente para o Sul Global, os continentes da Ásia, América Latina e África tornaram-se “laboratórios teológicos” tanto quanto a Europa e a América do Norte. O Seminário Servo de Cristo em São Paulo (Brasil) tem sido nosso próspero “laboratório teológico” para a escrita de narrativas teológicas e a construção de sentido. Como eu estou em fase de transição para um cargo de tempo integral em Massachusetts, Estados Unidos, no Seminário Teológico Gordon-Conwell, e continuo como professor visitante no Brasil, o projeto agora tem a oportunidade de servir globalmente. Gordon-Conwell possui representatividade significativa de diversas nacionalidades, especialmente de estudantes asiáticos e latino-americanos, mas também estudantes africanos, europeus e da Oceania. Estas novas teografias possibilitam a construção de um diálogo verdadeiramente mundial e uma comparação intercultural. Contamos que estas narrativas incluam participantes com histórias de migrantes, visto que a própria herança de Agostinho era de um homem que vivia entre culturas, o “mestiço” Agostinho (González, 2016).
A atual crise global de saúde apela à igreja para mais uma vez examinar e redefinir o seu papel na sociedade, este projeto traz uma contribuição específica na interseção entre os estudos missionários, os estudos agostinianos e a história da igreja e sua importância na revisão da missão da saúde. Com o aumento do reconhecimento da relevância contemporânea do legado de Agostinho na promoção da saúde mental, somos lembrados que o cristianismo desde o seu início tem se empenhado por cura e restauração. Embora as definições de saúde tenham mudado ao longo dos séculos, a ausência de uma compreensão teológica da terapia deve-se à saúde ser um conceito e uma tarefa que foi amplamente secularizada. Embora a tarefa da terapia e da saúde mental nas sociedades contemporâneas pertença principalmente à psicologia, uma perspectiva teológica sobre a saúde e a terapia não deve ser deixada de lado. Pesquisas sobre Agostinho, terapia e saúde apontam para um campo aberto para os teólogos e os lembram de não negligenciar um tema muito presente nos evangelhos. O papel de Cristo está associado ao de médico que cura os enfermos, carrega as doenças e perdoa os pecadores. Ele é o agente da vida em sua plenitude que supera doenças físicas, interpessoais e espirituais, ênfase que as Confissões de Agostinho de Hipona podem nos ajudar mais uma vez a recuperar. Agostinho, no entanto, não teve os privilégios que nos foram concedidos no século 21, quando o cristianismo se tornou um fenômeno global. A recuperação da tarefa terapêutica da teologia pode agora acontecer num período de grande expansão teológica mundial dentro do cristianismo global: panelas fervendo de energia espiritual e narrativas redentoras vindas de todo o mundo orientadas à saúde.
Davi C, Ribeiro-Lin, doutor em teologia, psicólogo e professor assistente de teologia pastoral – Gordon-Conwell Theological Seminary.
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