Opinião
01 de agosto de 2023- Visualizações: 1046
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Para quem acha que a igreja já deu o que tinha que dar
Por Elben César
Um casal brasileiro de formação batista, que trabalhou com missionários no sudeste asiático por mais de três anos, agora se denomina cristão sem igreja. No penúltimo censo, o IBGE descobriu que há mais pessoas que se identificam como evangélicos do que a soma de todos os cristãos filiados a uma denominação. Em sete anos, o número de evangélicos sem igreja passou de 4% em 2003 para 14% em 2009. Admitindo ou não, eles estão formando mais uma denominação protestante, além das 38 mil já existentes. Quem sabe, daqui a pouco tempo, eles serão mais numerosos do que as denominações históricas e até mesmo que as denominações pentecostais mais antigas. Seria juízo temerário afirmar que os responsáveis por esse fenômeno sejam os sem-igreja ou os com-igreja.O recém-lançado Dê Outra Chance à Igreja (Editora Ultimato), de Todd Hunter, ex-presidente e coordenador da Igreja Vineyard nos Estados Unidos e atual bispo da Igreja Anglicana, propõe uma reconciliação dos sem-igreja com os demais cristãos. O próprio título revela esta boa vontade. O autor fala com autoridade, pois ele mesmo passou pelo que chama “minha noite escura da igreja” e tornou-se por algum tempo um sem-igreja, mesmo sendo pastor de uma igreja não-tradicional. Pode-se dizer que o livro, traduzido por William Lane, pastor presbiteriano brasileiro, partiu da experiência de Hunter: “Procurava uma igreja que fosse menos mecanicista, menos dirigida por números, menos hierárquica e menos esquisita” (p. 23).
Em seu livro, Todd Hunter valoriza a igreja:
“Por mais que alguns se sintam esgotados com as reuniões de igreja, não acredito que a igreja deva deixar de se reunir; tampouco precisa tornar os seus encontros cada vez mais sintonizados com a moda. O povo de Deus se reuniu semanalmente em tabernáculos, templos, prédios de igreja e lares durante milhares de anos, e continuará a fazê-lo. Entretanto, a igreja precisa repensar o propósito de suas reuniões” (p. 44).
“[A igreja] é uma entidade sagrada dentro de uma realidade secular maior” (p. 120).
“Depois da ascensão de Cristo, do derramamento do Espírito e do estabelecimento da igreja, a igreja se tornou o principal meio pelo qual a ação de Deus é expressa” (p. 163).
Nas primeiras páginas de Dê Outra Chance à Igreja, William Lane, que assina também a apresentação à edição brasileira, escreve: “Se você está saturado da igreja e acha que ela já deu o que tinha que dar em termos de alimento espiritual, se você está buscando outras formas externas à igreja de pastorear a sua alma, você precisa ler este livro e dar outra chance à igreja!” (p. 12). E, nas últimas, o próprio autor repete: “Espero que você dê à igreja outra chance!” (p. 163).
REVISTA ULTIMATO | SAUDADES DA IGREJA – COMO É BOM E AGRADÁVEL QUANDO O POVO DE DEUS SE JUNTAVocê vai encontrar na matéria de capa desta edição artigos que relembram o ensino bíblico sobre o culto presencial, que encorajam a retomada da plena comunhão e que mostram não ser possível dispensar o ajuntamento.
Esta edição é também um convite ao leitor a expressar seu amor à igreja local e à Igreja ao redor do mundo: uma declaração de amor que contenha uma lista de motivos gratidão pela igreja, uma confissão pelos erros que você enxerga nela e um compromisso de amá-la e orar por ela, na total dependência de Deus.
É disso que trata a edição 394 da Revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
É disso que trata a edição 394 da Revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Elben Magalhães Lenz César foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
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