Notícias
23 de maio de 2018- Visualizações: 5959
comente!- +A
- -A
-
compartilhar
Igreja Indígena Pataxó comemora 9 anos de existência
Nos dias 19 e 20 de maio, sob a coordenação do pastor Izaías Hitoha Pataxó, irmãos e irmãs da Igreja Indígena Pataxó receberam cerca de cem pessoas para a celebração de mais um aniversário da igreja. Moradores da aldeia e caravanas de cidades como Viçosa, Ipatinga, Timóteo e Belo Horizonte, participaram da comemoração.
No sábado à tarde aconteceram duas palestras: “Indígenas Urbanos: Um novo desafio missionário para a igreja brasileira” e “Direito Previdenciário”. À noite, houve culto com músicas, apresentações especiais e pregação, que ficou sob a responsabilidade do pastor Jony Almeida, da Igreja Presbiteriana de Viçosa. A celebração encerrou no domingo de manhã, com apresentação da dança tradicional Pataxó, celebração da Santa Ceia e um almoço servido a todos os presentes.
Mudanças culturais: sobrevivência, tradição e tecnologia
Na aldeia onde se localiza a Igreja Indígena Pataxó, o visitante encontra motos e carros circulando pela comunidade, casas de alvenarias cobertas com telhas de barro, energia elétrica, sistema de água mineral encanada, sinal de telefonia móvel, serviço de TV a cabo e internet Wi Fi. Há anos as tangas deram lugar às bermudas, calças, camisas e vestidos, os pés descalços foram cobertos com tênis, sapatos e botas, e as pinturas com tinta jenipapo e os outros adereços foram substituídos por maquiagens, brincos de ouro e piercings.
O visitante também não precisa se preocupar quanto à língua, pois os Pataxós falam e entendem perfeitamente o português. Infelizmente, após quase ser extinta, pouco restou do patxohã, a língua materna do povo Pataxó. Mas há iniciativas de revitalização e manutenção para preservar o que ainda existe.
O Fogo de 51
Toda essa mudança cultural não se deu por motivos religiosos. Foi uma adaptação que iniciou por instinto de sobrevivência. Originalmente, o povo Pataxó habitava o extremo sul da Bahia, mas a partir de 1951 muitos foram obrigados a deixar suas terras e migrar para o norte do estado de Minas Gerais.
A migração se deu por conta do episódio que ficou conhecido como o Fogo de 51, ou Revolta de Barra Velha, quando policiais militares atacaram violentamente a aldeia Barra Velha. Contam que alguns indígenas foram enganados por dois homens que haviam prometido ajuda. Na verdade, tratava-se de uma armadilha para incriminar os indígenas. O conflito resultou na morte de indígenas, queima de ocas, estupro de mulheres e tortura de crianças.
Após o ocorrido, os indígenas se dispersaram pela região. Por causa do medo de repressão e da violência, passaram a omitir a identidade indígena e cessaram o uso da língua materna. Casamentos entre indígenas e negros ou brancos, também foi outra maneira de sobreviver, o que provocou uma grande miscigenação.
O povo Pataxó guarda uma história de resistência e luta, assim como muitas outras etnias do Brasil. Nesse contexto, a Igreja Indígena Pataxó se empenha no resgate da cultura, acreditando que o evangelho de Cristo redime vidas, transforma comunidades e valoriza a beleza cultural de cada povo.
Clique aqui e veja a galeria de fotos da celebração do 9º aniversário da Igreja Indígena Pataxó.
23 de maio de 2018- Visualizações: 5959
comente!- +A
- -A
-
compartilhar

Leia mais em Notícias
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Assuntos em Últimas
- 500AnosReforma
- Aconteceu Comigo
- Aconteceu há...
- Agenda50anos
- Arte e Cultura
- Biografia e História
- Casamento e Família
- Ciência
- Devocionário
- Espiritualidade
- Estudo Bíblico
- Evangelização e Missões
- Ética e Comportamento
- Igreja e Liderança
- Igreja em ação
- Institucional
- Juventude
- Legado e Louvor
- Meio Ambiente
- Política e Sociedade
- Reportagem
- Resenha
- Sessenta +
- Série Ciência e Fé Cristã
- Teologia e Doutrina
- Testemunho
- Vida Cristã
Revista Ultimato
+ lidos
- Quem são e o que querem os evangélicos na COP30
- Dicas para uma aula de EBD (parte 1): Planeje a aula e o seu preparo pessoal
- Homenagem – Márcio Schmidel (1968–2025)
- Ultimato na COP30
- Vaticano limita a devoção a Maria na Igreja Católica
- Com Jesus à mesa: partilha que gera o milagre
- Acessibilidade no Congresso Brasileiro de Missões (CBM) 2025
- Sociedade Bíblica do Brasil dá início ao Mês da Bíblia 2025
- Geração Z – o retorno da fé?
- Dicas para uma aula de EBD (parte 2): Mostre o que há de melhor no conteúdo
(31)3611 8500
(31)99437 0043
Reforma: Conceitos econômicos atuais, meio milênio depois
Economia de Francisco
A Revista em 15 Minutos recebe Ricardo Barbosa de Sousa





 copiar.jpg&largura=49&altura=65&opt=adaptativa)
