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Opinião

Crônicas do pastor Genobede – Reuniãozinha depois do culto

Alguns não se sentiam muito à vontade, porém, pelo respeito que tinham pela irmã, não conseguiam mudar o hábito

Por Genobede Passos da Cruz

Todos que amam a Deus e a sua palavra sabem que vivenciar o evangelho na igreja é um grande privilégio e ao mesmo tempo grande desafio. Nela Deus nos proporciona crescimento e aprendizado. E nela também sofremos algumas dores, pois lidamos com pessoas falhas. Experimentamos diversos tipos de situações.

Quem ama a igreja e o ministério não desiste de continuar acreditando no que Deus faz na vida das pessoas. Pensando nisso, quero apresentar aqui o Pastor Genobede com as suas Crônicas sobre a vida na igreja. Por meio de histórias e diálogos, ele fala de vários assuntos vividos por ele, mas que podem ser, na verdade, a experiência de qualquer pastor em alguma igreja qualquer. Elas não refletem nenhuma situação, pessoa ou igreja reais. São relatos fictícios ainda que reflitam uma realidade presente em muitas igrejas.


--

Recém-chegado a uma igreja, antes do culto fui procurado por uma senhora. Pediu uma breve conversa comigo e com os presbíteros da igreja após o culto. Perguntei-lhe sobre o assunto. Não quis me adiantar. Disse-lhe então que durante a semana eu lhe faria uma visita e conversaria a respeito e na próxima reunião do conselho poderia tratar do assunto. Considerei que ficou assim combinado.

Após o culto, enquanto cumprimentava os irmãos, observei de relance que a aquela irmã estava conversando com alguns dos presbíteros. Imaginei logo que estivesse levando o caso para eles. Durante a semana liguei para ela tentando marcar um horário para visitá-la. Para minha surpresa, disse-me que não precisava mais e que o caso já tinha sido resolvido. Apesar disso, também não quis dizer o que era. Não me convenci que as coisas estavam resolvidas, mas decidi seguir em frente.

Na próxima reunião do conselho, quando apresentei a pauta da reunião perguntei se algum irmão tinha algum assunto para incluir na pauta. De imediato um irmão disse com tom aborrecido de cobrança e confrontação:
- Tenho sim pastor. O senhor já deve saber do que se trata.

Respondi:
- Não sei não.

Ele disse:
- É sobre a irmã Marli.

Disse:
- Não sei do que se trata porque ela não me quis adiantar o assunto, procurei-a depois e ela me disse que já estava resolvido. Seja como for, podemos incluir o assunto aqui.

Ele interrompeu:
- Incluir não, pastor. Temos que tratar disso agora!

Assustei com a urgência, mas o deixei continuar.

Ele continuou em tom acusatório:
- O senhor fez pouco caso e não quis atender a irmã. Ela é uma pessoa muito dedicada, um exemplo para todos nós. Ela sempre se dirigiu a nós com liberdade. Os outros pastores nunca tiveram problema com ela. Bastava o senhor nos chamar após o culto e tudo se resolvia.

Já percebendo a tensão no ar, porém, procurando manter a calma diante dessa fala, respondi:
- Ora, meu irmão, não é nada pessoal. Pelo contrário, em vez de tentarmos resolver alguma questão no final do culto quando estamos com família aguardando na porta da igreja ou no carro, penso que numa reunião podemos resolver a questão sem pressa.

Ele não pareceu convencido. Achou que era coisa simples que podia ser resolvido sem muita delonga. Tentei explicá-lo sem muito sucesso que para dar oportunidade a todos opinarem e refletirem era preciso gastarmos mais tempo. Mesmo que fosse numa reunião informal, seria muito melhor do que na saída do culto.

Outros membros perceberam a pertinência do que eu estava falando e fizeram coro com minhas colocações. Para minha surpresa percebi que alguns não se sentiam muito à vontade, porém, pelo respeito que tinham pela irmã, não conseguiam mudar o hábito.

Agora eu estava com vários problemas: a situação levantada pela irmã, que até esse momento nem tinha conhecimento do que era, de fato; aquela irmã que provavelmente viu que o ‘novo’ pastor não tinha aquela prática; um irmão que tomou as suas dores e a defende contra o conselho; e um conselho dividido sobre o assunto.

Depois de muita conversa e esclarecimentos, tudo se resolveu, mas não sem deixar claro onde cada um se posicionava.


  • Genobede Passos da Cruz, pastor


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