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Opinião

50 tons de indignação!

O que significa remar contra a maré? Literalmente, significa avançar contra o fluxo normal do mar ou da correnteza de um rio; simbolicamente, tem o sentido de não seguir a multidão, não fazer algo somente porque todo mundo faz. “Não seguirás a multidão para fazeres o mal...” Êxodo 23.2. O que a multidão faz e ao crente não compete imitar? Quem ensina os valores, o jeito de viver, o estilo de vida para as multidões? Não sei se você tem percebido, mas a mídia, a galera, a força do meio tem um poder de nos convencer desde o consumo de produtos, moda, gêneros alimentícios até ao campo das ideias, aceitar o errado como certo e o certo como errado. Por exemplo: Vivemos numa cultura que tem a sua forma, seu formato. Os padrões morais judaico-cristão estão se desmontando rapidamente, especialmente no Ocidente. Até a década de 60 o casamento era universalmente aceito como um pacto monogâmico, heterossexual dado por Deus para a intimidade sexual. Atualmente, o mundo se encontra de cabeça para baixo.

Infelizmente há cristãos conformados, consomem os mesmos produtos dos não cristãos, repassam os mesmos “posts” no Facebook, acompanham às mesmas novelas, assistem aos mesmos lançamentos de filmes, contam as mesmas mentiras, namoram com a mesma liberdade (sem limites), adulteram da mesma maneira, acessam à pornografia e por aí vai.

Ser cristão é remar contra a maré! É ser inconformado, não um revoltado! “Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente...”

O apóstolo Paulo1 já havia alertado: “É importante você saber isso também, Timóteo, que nos últimos dias vai ser muito difícil ser cristão. Porque as pessoas só amarão a si mesmas e ao dinheiro. Serão orgulhosas e fanfarronas, zombarão de Deus, desobedecendo aos pais, sendo ingratas com eles e completamente más. Serão duras de coração e nunca se submeterão aos outros. Serão sempre mentirosas e desordeiras, e não se incomodarão com a imoralidade. Serão rudes e cruéis, e escarnecerão daqueles que procuram ser bons. Atraiçoarão seus amigos, serão irascíveis, inchadas de orgulho, e preferirão divertir-se a adorar a Deus. Irão à igreja, sim, porém não acreditarão em nada do que ouvem. Não se deixe enganar por gente assim.” Essa galera vive para si, nenhuma soma de dinheiro as satisfaz, cheios de orgulho e um gosto especial pela imagem. Geração “Eu me amo, eu me amo...” tá ligado?

Vivemos esse momento de excessiva preocupação com a carreira, com o corpo sarado e nenhuma preocupação com o ser interior, a alma, a conexão com o Eterno. Tal contexto remete-nos à época do antigo Egito em que o Faraó aumentou a pressão sobre os escravos hebreus para não se ocuparem com valores espirituais. O sistema atual repete essa característica, acrescentando ativismo no mundo on-line, mais entretenimento, mais “pão e circo”.

Dias atrás fiquei indignado com a descarada manipulação da mídia. Estava num salão e vi a capa de uma revista semanal: “Lançamento do filme: 50 Tons de Cinza – A explosão do erotismo”. Senti um calafrio, e na mesma semana, nas ruas de São Paulo, em relógios digitais, a divulgação do tal filme, também dentro dos telões nas escadarias dos metrôs; no jornal do bairro; no noticiário do rádio. Isso é saturação, manipulação. Assim acontece com produtos: Mc Donalds, Coca-Cola, Nike, BBB (Big “Besteirol” Brasil), personagens de novelas...

Tal filme, versão do livro que leva o mesmo nome, populariza a pornografia disfarçada de romantismo; a arte em forma de prostituição. É a promoção do sadomasoquismo a fim de adoecer as relações humanas, é a banalização da sexualidade, da vida, da família, do casamento e do sagrado. É a exaltação do grotesco, do vil, da baixaria, da sem-vergonhice nascida nos quintos dos infernos! Quando soube que tinha crentes da minha comunidade querendo assistir tais aberrações, bradei num culto em alto e bom som: “O crente que se dispõe a esse tipo de carnalidade, é raso, medíocre, tranqueira... Se não quiser levar a vida cristã a sério, seja honesto e siga o caminho que leva à perdição, mas não finja, como disse um pensador2: ‘Seja, não pareça’.”

Há uma fachada de religião, em nome da Bíblia. São pessoas jogando nos dois mundos, querem ser religiosas, mas continuam fingindo. Isso é chamado de cristianismo apóstata, novo paganismo, chamado de cristianismo, já censurado por Ricardo Barbosa3: “Hoje, o ateu não é mais aquele que não crê, mas aquele que não encontra relevância para Deus na sua rotina. O novo ateísmo não precisa negar a fé; apenas cria substitutos para ela. Mantém o crente na igreja, mas longe do seu Salvador”. Chegamos a um momento em que o camarada entra e sai da igreja com a mesma frequência que entra e sai dos motéis da cidade.

A Palavra nos adverte a não sermos imitadores do estilo de vida de um mundo que não leva Deus em conta. Fomos chamados para nadar contra a maré, contra a correnteza. Somente peixes mortos seguem a correnteza, mas peixes vivos desafiam as ondas e nadam de maneira contrária. O cristão é um filho de Deus inconformado com a sua natureza pecaminosa.

Jesus nos ajuda a pensar de maneira independente, inteligente e livre: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” A maioria irá seguir a maioria. Por outro lado, o Mestre nos chama para sermos autênticos e não cópias piratas num mundo sem identidade.

• Edgar Rodrigues Donato é pastor da Igreja Batista Horto do Ypê, na Zona Sul de São Paulo (SP) e leitor da Ultimato.

Notas:
1. 2 Timóteo 3.1-5 (Bíblia Viva)
2. Michel de Montaigne – 1533-1592 – Filósofo francês
3. http://www.monergismo.com/textos/vida_piedosa/novoateu.htm


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