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Palavra do leitor

Vida que segue (meditando em Atos 3.1-13)

Creio que o mais importante em Atos 3.1-13 diz respeito ao olhar. Nos versículos 3 a 5 temos uma troca de olhares que define as ações desse texto.

E essa troca de olhares é precisamente algo que falta a nós, cristãos, nos dias atuais. Aquele olhar atento, que não vê só o que pode ser visto, mas que olha além, com olhos não da crença, mas da fé, do resultado do relacionamento com Deus.

Falta pra nós hoje olharmos com atenção os aleijados que são colocados todos os dias a nossa frente, no caminho por onde passamos. Falta enxergarmos quem estes são, porquê estão ali, como chegaram ali, pra onde podem e devem ir. Falta olharmos para estes como Deus olharia, como Ele de fato olha!

O aleijado do texto deve ser aplicado a nós hoje pela figura dos desvalidos, dos rejeitados, dos mendigos, prostitutas, meninos de rua, marginalizados, daqueles que não tem como, por si só, sair de onde estão..., precisam ser "levados" todos os dias até onde querem ou precisam estar. E muitos deles tem escolhido estar próximos de quem pode trazer algum refrigério, fazer alguma diferença: nós, os cristãos. Mas não os olhamos com olhares atentos, com os olhos da fé.

Por olharmos com olhos naturais, damos a eles o que pedem. Se nos pedem uma esmola, é esmola que terão. Se nos pedem água, é água que damos. Se nos pedem comida, é comida que damos. Se nos pedem pinga, é pinga que damos.

Esse ato de dar o que pedem, na maioria das vezes (infelizmente) não tem nada a ver com ato deliberado de dar ao próximo porque dar é melhor que receber. Esse ato tem muito mais a ver com o fato de lavarmos nossas mãos, tirarmos de nossos ombros a responsabilidade, acariciar nosso individualismo, exaltar nosso egocentrismo gospel!
O resultado desse doar, sem parar pra olhar atentamente a real necessidade dos aleijados que estão no nosso caminho, é glória pra nós mesmos, pra instituição que representamos, pra mão esquerda que se levanta de alegria pra proclamar o que a mão direita acabou de fazer! Não é Deus reconhecido nesse ato, nem glorificado, nem é sinalizado o Reino de Deus. Simplesmente, vida que segue..., amanhã o aleijado, já acostumado com isso, pede pra alguém levá-lo lá de novo pra que receba de novo de uma água que não sacia. Vida que segue..., ninguém é tomado de "assombro", ou de "espanto", de admiração ou perplexidade, porque todos estamos acostumados com o menino de rua que pede esmola no semáforo..., abrimos o vidro (quando abrimos!) e damos uma moedinha. E vida que segue!

Mas, se é o Reino de Deus que queremos proclamar, se é a Glória devida a Ele que devemos demonstrar,devemos rever nossa maneira de olhar para os "aleijados" em nossos caminhos. Repito, esse aleijado pode ser a situação que for: racismo, desavença, desemprego, imoralidade, deficiência, pobreza, injustiça, desigualdade, guerras, fome, problemas de saúde. Seja o que for, se olharmos para essas situações com olhos naturais, daremos a estes o que estão pedindo e recebendo vez após vez, sem contudo alcançarem aquilo que poderia saciar e resolver o real problema enfrentado. Muitas vezes, como aconteceu com os apóstolos, o fato que vemos nem será o fato verdadeiro a ser enfrentado. O aleijado pediu dinheiro, uma esmola, achando que aquilo resolveria seu problema atual, mas Pedro e João, por olharem atentamente pra ele, viram que seu real problema era outro e, ao resolverem o problema real, os outros também seriam resolvidos. Decidiram que buscar o Reino de Deus e sua justiça em primeiro lugar, naquela situação, é o que poderia acrescentar as outras coisas.
Sempre deve ser assim!

Mas, imagina qual seria o resultado se Pedro e João tivessem ignorado aquele aleijado jogando suas esmolas!? Se o aleijado fosse "legalzinho" ficaria grato e poderia honrar aquele ato dos dois e: vida que segue! Talvez se tornaria seguidor deles, indo onde os apóstolos fossem pra conseguir sempre uma "boquinha". É claro que alguém precisaria continuar levando ele até os apóstolos! Mas, e Deus? E o Deus dos apóstolos? O Deus dos oprimidos e injustiçados?

Agora a pergunta, aquela que nos incomoda: qual a resposta que VOCÊ E EU, com nossas vidas, temos dado às questões que os "aleijados" dessa vida nos trazem todos os dias?

Como responderemos as situações de injustiça e desigualdade que enfrentamos e vemos diariamente? Infelizmente, temo que se esse aleijado vivesse hoje e estivesse na porta de nossos templos receberia prata e ouro! Dia após dia, numa promessa "infalível" de prosperidade se confessasse seus pecados e vivesse pela "fé"!
E vida que segue...

O resultado de nossa péssima resposta, sem olhar atentamente para os reais problemas, é glória pra nós mesmos, pra nossas instituições, pra nossas religiões, pra nossas ONG´s e ações, bem diferente do resultado promovido pela ação dos apóstolos com o aleijado. Leia o capítulo inteiro pra perceber isso.

Repito: como nós, cristãos que vivenciam tantos problemas nos tempos atuais, temos agido? Como temos respondido? Qual o resultado e nossa vida de fé?
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