Testemunho do demônio?

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Preocupa-nos o freqüente uso que certas denominações têm feito de palavras de pessoas endemoniadas, muitas vezes usando o espaço dos púlpitos, permitindo que o diabo "pregue" dentro da igreja. Isto lhe é bastante conveniente pois está, o tempo todo, querendo tomar o lugar de Deus.

Pior quando o dirigente faz sabatina com o demônio, buscando extrair da boca dos endemoniados argumentos que venham a abonar doutrinas praticadas por estas denominações. É o que se vê, por exemplo, quando algum dirigente pergunta ao demônio se ele gosta de brinco, baton, etc. e a resposta, conveniente, vem dizendo um apavorante "sim"! Em seguida, para não perder tempo, o dirigente faz a pergunta "fundamental": você gosta desta denominação? A resposta, vem enfática: Não! Ou seja, a conclusão é óbvia: a doutrina da igreja está certa e o demônio não gosta da denominação, induzindo à conclusão de que a mesma tem a aprovaçãoé de Deus.

Bom, por que tocar neste assunto e desta maneira? É que também a Igreja Católica não fica atrás nesta prática! Vamos ver, então. Esbarramos em um famoso e radical site católico, onde encontramos o seguinte e assustador relato (entre aspas): "Terminando tudo o que dissemos sobre a virgindade de Nossa Senhora, transcrevo aqui este belo soneto doutrinal, escrito pelo próprio demônio, por ordem de dois santos religiosos. Em 1823, dois sacerdotes dominicanos, padres Bassiti e Pignataro, estavam exorcizando um menino possesso, de 12 anos de idade e analfabeto. Para humilhar o demônio, obrigaram-no, em nome de Deus, a demonstrar a veracidade da Imaculada Conceição de Maria. Para surpresa dos sacerdotes, pela boca do menino possesso, o demônio compôs o seguinte soneto:

'Sou verdadeira mãe de Deus que é filho,
E sou sua filha, ainda ao ser-lhe mãe;
Ele de eterno existe e é meu filho,
E eu nasci no tempo e sou sua mãe.

Ele é meu Criador e é meu filho,
E eu sou sua criatura e sua mãe;
Foi divinal prodígio ser meu filho
Um Deus eterno e ter a mim por mãe.

O ser da mãe é quase o ser do filho,
Visto que o filho deu o ser à mãe
E foi a mãe que deu o ser ao filho;

Se, pois do filho teve o ser a mãe,
Ou há de se dizer manchado o filho
Ou se dirá Imaculada a mãe.'

Conta-se que o Papa Pio IX chorou, ao ler esse soneto que contém um profundíssimo argumento de razão em favor da Imaculada.”

Este é um dos perigos de igrejas, sejam quais forem, usar o testemunho do demônio para fundamentar doutrinas. Contrariamente ao que se pratica, Paulo agiu da seguinte forma: "Ela, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: São servos do Deus Altíssimo estes homens que vos anunciam um caminho de salvação. E fazia isto por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Eu te ordeno em nome de Jesus Cristo que saias dela. E na mesma hora saiu" (At 16.17-18).

Paulo tinha razão, nunca se deve dar crédito ao diabo, em tudo o que ele faz pois é pai da mentira. À intervenção de Elimas, tentando desviar da fé ao proconsul Sérgio Paulo, o apóstolo Paulo censurou-lhe: "Todavia Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo, fitando os olhos nele, disse: ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os caminhos retos do Senhor?” (At 13.9-10).

Práticas condenáveis como as descritas acima somente trazem impedimento à verdadeira atuação do Espírito Santo para a salvação. É trocar o espaço de Jesus no culto e dar lugar ao diabo. A verdadeira pregação é de arrependimento dos pecados e da aceitação de Jesus como único e suficiente salvador. Se não houver quebrantamento provocado pelo Espírito Santo, de nada adiantará artifícios de marketing, especialmente quando usam endemoninhados como propagandistas do evangelho.

Mas, infelizmente, a insensatez católica parece que tem feito sucesso em algumas denominações evangélicas. Não é de se estranhar que tanta heresia e tanta bobagem tenham sido introduzidas com facilidade nestas denominações.

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Opinião do leitor