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Palavra do leitor

Não deixe sua mente cauterizar

Um dos expoentes do Iluminismo, John Locke, considerado pai do liberalismo político e empirismo britânico, acreditava que o ser humano nascia com a mente semelhante a uma "tábula rasa", significando o que seria hoje uma "folha em branco".

Esse pensamento confrontava a ideia do "inatismo" tão defendido na época. Para os defensores dessa teoria social, os seres humanos nasciam com algum conhecimento prévio, inato à sua consciência e natureza.

Mas será que temos algum conhecimento inerente ao nascermos ou chegamos a este mundo neutros? O que mais influencia na formação e comportamento do indivíduo é o gene ou o meio? Esse debate é para alguns instigante, enquanto para outros irrelevante.

Exceto os traços físicos, características biológicas e detalhes intrínsecos como personalidade e temperamento (ao contrário de caráter), tudo indica que somos o que nos ensinaram a ser: corinthianos ou palmeirenses, católicos ou protestantes, calvinistas ou arminianos, ateus ou cristãos, direitistas ou esquerdistas, etc.

Defensores da "Ideologia de gênero" afirmam peremptoriamente que ninguém nasce homem ou mulher, pois isso seria mera construção social. Todavia, entram em total contradição quando negam a biologia, genética, embriologia e medicina fetal ao dizerem que essa mesma regra não se aplica, por exemplo, a alguém que difere da maioria em sua prática sexual.

Mas a questão inseparável do tema é: temos livre arbítrio ou não? Somos realmente livres? Da mesma maneira que um gene não pode responder por escolhas de seres livres para tomar decisões, evidências indicam que o ser humano parece não possuir deliberação absoluta mesmo sobre sua liberdade.

No entanto, fartas evidências indicam que a humanidade foi planejada. Nesse sentido, fez parte desse Planejamento Inteligente conceder a capacidade do ser humano raciocinar e crer.

Não somente pela uso da razão o homem se distingue dos animais, mas também pela sua natureza espiritual. A fé do ser humano, biblicamente, é fruto de uma decisão racional. Logo, da perspectiva correta, fé e razão se harmonizam, ao contrário de racionalismo e fideísmo.

Reconhecendo Deus como Criador, seria estranho que ele dotasse os seres humanos de razão e consciência se não pretendesse se comunicar com eles. Nesse contexto, segundo as Escrituras, ele escolheu se revelar às suas criaturas, pois de outra forma elas seriam incapazes de conhecê-lo ou descobri-lo por seus próprios métodos.

Escrita sob inspiração divina com parceria humana, a Bíblia contém pensamentos divinos em expressões humanas, mensagem perfeita em linguagem imperfeita, sendo Palavra de Deus em linguagem de humano para outros seres humanos.

As Escrituras são inerrantes quanto à sua mensagem, propósito e finalidade como revelação divina, ao passo que contém alguns erros nas expressões dos escritores, mas que não comprometem o caráter da sua coerência interna, muito menos a fidedignidade de sua mensagem. Diante disso, é preciso entender que a Bíblia explica a si mesma se estudada reverentemente em oração como um "todo articulado", exame minucioso e sob direção do Santo Espírito, que é o Autor deste sagrado Livro.

Pastores carismáticos e teólogos eloquentes não são suficientemente confiáveis se relativizam ou negam a Palavra revelada por Deus. Exegetas, hebraístas, especialistas em grego, teologia sistemática etc., têm seu valor e importância, mas eles não são as autoridades das Escrituras, independentemente de suas credenciais. Serão servos de Deus se com zelo e humildade renderem-se à Palavra inspirada, que revela o caráter de Seu divino Autor – infalível Autoridade.

Todos nós temos pressupostos, pois tudo o que cremos, nos ensinaram a acreditar. Nosso círculo de convivência social desde a infância, nossas idiossincrasias, crenças adquiridas, cosmovisões ou ideologias se tornaram nossa identidade, algo que por vezes nos custa caro e geralmente protegemos como tesouro intocável.

Num diálogo interativo ou troca de pontos de vistas, mesmo sem altercação ou animosidades, se existe na interlocução uma ameaça àquilo que nosso cerébro guardou com carinho como preciosa verdade ou tornou-se parte de nossa própria identidade, logo o indivíduo poderá recorrer a um mecanismo de defesa conhecido como "Dissonância cognitiva".

A apostasia confirma que a mente humana é como chave de cofre de Banco ou senha de nosso cartão magnético, onde ninguém tem acesso. Assim como cerébro e mente diferem um do outro tanto quanto software e hardware, nossa consciência é como uma bússola, mas toda bússola precisa de um mapa, pois a consciência entregue a si mesma pode chegar a um nível de cegueira, presunção e cauterização irreversíveis.

Como dizia Lutero: minha consciência (Bússola) está cativa a Palavra de Deus (Mapa). Consagremos a Deus nosso sistema límbico, lóbulo, córtex e toda estrutura do nosso cerébro. Jamais sejamos qual tábulas rasas nem deformados pelo meio, mas que Sua Santa Palavra seja sempre gravada em nossa mente e coração.
Alagoinhas - BA
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