Mega-Sena da virada: "fezinha" não é coisa de cristão!

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No dicionário popular, a palavra fezinha é um substantivo feminino que significa "aposta em jogo de azar".

Na Internet, obtive o seguinte conceito para "jogo de azar": "Os 'jogos de azar' são atividades que dependem da boa ou da má sorte e do infortúnio humano, e seu objetivo único e imediato é econômico, com a vantagem de um e a desvantagem de muitos. A finalidade é de lucro ou ganho, sem trabalho e sem inteligência ou habilidades. Neste tipo de jogo, todos casam dinheiro para que um, ou poucos, possam ganhá-lo, sem qualquer critério de inteligência ou habilidade. Depende apenas da boa ou da má sorte, ou, por vezes, de atos desonestos. Qualquer tipo de jogo que se enquadre neste princípio, é jogo de azar, e não é recomendado para o crente".

O ultimo dia de 2009 foi marcado por um grande deslocamento de pessoas às casas lotéricas, para fazerem uma "fezinha" na Mega-Sena da Virada de ano, a qual dividiu, para dois ganhadores, o prêmio de quase R$ 145 milhões, valor considerado como recorde das loterias na América Latina.

Não precisei entrar na fila das lotéricas em 31 de dezembro, visto que, após a minha conversão, deixei de fazer a tão famosa “fezinha”.

Lendo a Bíblia, fiquei convencido de que esta prática é contrária aos ensinamentos divinos: “O homem fiel gozará de abundantes bênçãos; mas o que se apressa a enriquecer não ficará impune” (Provérbios 28:20) ... “A riqueza de procedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o próprio trabalho a aumentará” (Provérbios 13:11) ... “Vale mais ter um bom nome do que muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a riqueza e o ouro” (Provérbios 22:1) ... “Não te fatigues para enriqueceres; e não apliques nisso a tua sabedoria. Porventura fixarás os teus olhos naquilo que não é nada? Porque certamente criará asas e voará ao céu como a águia” (Provérbios 23:4-5)

Escutei de alguns apostadores conhecidos que desejavam o prêmio para também ajudarem pessoas necessitadas, principalmente os familiares. O fato é que este pretexto “caridoso” não anula a prática anti-bíblica, visto que os fins não justificam os meios.

Peço a Deus para ser perseverante na minha fé em Cristo e em Sua Palavra e jamais entrar numa casa lotérica para fazer uma “fezinha”, pois confio no escreveu o escritor da Epístola aos Hebreus: “Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque Ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei” (Hebreus 13:5)

Não sei se algum ganhador do prêmio é evangélico. E se for, seria salutar que este irmão ou irmã não dizimasse a importância relativa ao prêmio à Igreja da qual é membro. Se fosse Pastor, e o irmão ou irmã fizesse parte da minha comunidade de fé, certamente o(a) chamaria no gabinete aconselhando-o(a) à que continuasse dizimando e ofertando as mesmas importâncias dos meses que antecederam ao seu enriquecimento repentino. Do contrário, estaria abrindo uma brecha enorme para que os demais irmãos aumentassem ainda mais as filas das casas lotéricas no dia 31 de dezembro de 2010, na próxima Mega-Sena da Virada.

Quero terminar esta breve reflexão com as seguintes palavras dirigidas pelo Apóstolo Paulo a Timóteo:

“Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Timóteo 6:7-10)

Posto isto, para mim, casa lotérica é apenas um estabelecimento propício para pagar contas ou comprar recargas de celular.

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Opinião do leitor