Liderança pastoral

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"Será que nos compadecemos com o balido das ovelhas dos nossos pseudos-pastos?"

Vivemos em um momento da história em que o ser humano tem contribuído eficazmente para o fim de tudo. Basta olharmos à nossa volta e percebermos a agonia da natureza, da sociedade e da vida cotidiana. O que se tem feito para mudar essa realidade?

Existe uma necessidade real em nosso meio. Vidas carecem de mudanças. E nós, como líderes cristãos, temos a obrigação de conduzir essas pessoas para perto de Deus, proclamando a realidade de uma nova vida em Cristo. Somos o sal que pode evitar a decomposição desse mundo. Mas como poderemos desempenhar esse papel se na maioria das situações não estamos preparados? E ainda mais, será que nos compadecemos com o clamor do necessitado? Com o balido das ovelhas dos nossos pseudos-pastos? Será que estamos contextualizados em nossa cultura, ou nem mesmo conseguimos entender a linguagem social do nosso próprio povo?

Assim como existiu sobre a vida do profeta Elias e sobre a vida de João Batista, a unção de habilitar para o Senhor um povo preparado, assim também existe sobre nós essa unção (Lc 1.17 e Ef 4.12). E quem nos capacitará para o bom desempenho da liderança não são as técnicas e os modelos, não são as ferramentas, e sim o próprio Deus. É Ele quem se preocupa mais com suas ovelhas, pois se não escutamos o gemido do povo, Deus escuta. E essa capacitação divina se expressará numa prática de liderança exemplar, a liderança pelo exemplo permite a transformação de vidas, e vai muito além, porque enquanto simples palavras movem pessoas, o exemplo arrasta uma multidão. Entretanto, a liderança exemplar tem seu fundamento no exemplo do líder, e não no líder exemplo. Líder exemplo é aquele que pensa ser possuidor de todas as respostas, que deseja a glória e a honra para si, enquanto que aquele que é "exemplo de líder" confia e depende somente de Deus e faz das palavras de João Batista sua prática de vida: "Importa que Ele cresça e que eu diminua" (Jo. 3.30).

Devemos habilitar vidas porque pesa sobre nós esse dever e essa unção, e além do mais, porque existe uma necessidade. Não há mais tempo para a negligência. Deus quer usar, como sempre usou, homens e mulheres limitados sim, mas negligentes não, e que, acima de tudo são comprometidos com o chamado com o qual Ele mesmo nos confiou. Precisamos sim de técnicas e ferramentas, entretanto dependemos mais de Deus do que de todo esse aparato de ajuda humana. Precisamos nos conscientizar que existe um chamado, e devemos cumpri-lo com excelência! 

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Opinião do leitor