Hora de hospedar

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Nos dias atuais de insegurança, de desconfiança, de medo, tendo em vista a violência nas cidades e no campo, muitos de nós hesitamos em abrir a porta quando algum estranho bate.

Sem o saber, diz a Palavra de Deus, alguns receberam anjos, quando os receberam em suas vidas, em suas casas:

"Permaneça o amor fraternal. Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, não o sabendo, hospedaram anjos" (Hb 13.1-2).

Já temos restrições, inclusive, de receber ligações telefônicas de telemarketing, por exemplo, ou um e-mail de quem não conhecemos - pode ser vírus, pensamos; isso porque há muitas mensagens, muitas estórias de doenças que, enganosamente, podem ser curadas com o célebre "clique aqui" para tomar conhecimento de produtos que teriam dado certo no exterior – assim, face aos riscos, é deletado e deixamos de colaborar quando, eventualmente, é verídico.

Certa feita, houve uma mensagem que informava que um tele evangelista pensou em desistir de sua missão, pois, de fato, não é fácil levar a Palavra de Deus a todos, conforme manifestação, digamos, de última vontade do Senhor Jesus.

A expressão "de última vontade", embora a evangelização seja todo o contexto do Ministério do Senhor Jesus, é mencionada por alguns porque Ele a proferiu poucos momentos antes de ascender ao céu, após sua ressurreição.

É comum nos usos e costumes, quando um parente deixa a incumbência para realizarem um desejo seu, depois que ele falece, quase todos levarem a sério, levarem a cabo a referida missão, pois foi a última vontade de um ente querido.

Não tem sido assim, na grande maioria, com as orientações que o Senhor Jesus nos deixou [nos comissionou], pois muitos se esquecem e não praticam aquilo que Ele recomendou.

É costume, quando alguém bate à porta para falar sobre a Palavra de Deus, não ser atendido, os quais são chamados de chatos, fanáticos, radicais, fundamentalistas - há até um questionamento sobre a validade ou não de nós leigos pregarmos.

O fato é que os que assim procedem não estão pregando religião ou igreja, mas pregando a Cristo, e este crucificado:

"Mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios, mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens" (1Co 1. 23-25).

Em meus textos, não deixo de mencionar que a Palavra de Deus nos diz que "Ele [Jesus] veio para o que era seu, mas os seus não o receberam, mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber: aos que creem no seu nome" (Jo 1. 11-12).

Na revelação que João recebeu na ilha de Patmos, o Senhor Jesus lhe disse: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo" (Ap 3. 20).

Estaríamos, nos dias de hoje, sendo hospitaleiros com o Senhor Jesus? Ele não arromba os nossos corações, Ele não invade as nossas vidas, pois:

• Precisamos ouvi-lo bater;

• Precisamos abrir a porta;

• Precisamos convidá-lo a entrar.

Só assim, ouvindo, abrindo e convidando/recebendo-o é que temos o direito de sermos feitos filhos de Deus, pois quem recebe o Senhor Jesus no coração, conforme João 1. 11 e seguintes, passa a fazer parte da Família de Deus; este é o contexto da referida Palavra, terminando por afirmar "os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus".

Eis aí á a razão pela qual o Senhor Jesus disse a Nicodemos, quando este reconheceu a Sua divindade, tendo em vista os sinais que presenciou, que para entrar no reino de Deus, é necessário nascer de novo; e nascer de novo, explicou Ele, não é voltar ao ventre materno, mas é nascer de Deus.

Quando nossas mães nos trazem à luz, esse o nascimento físico, nascemos na família Silva, ou Almeida, ou Torres Alves; a segunda vez é o nascimento espiritual - nascemos na família de Deus, quando somos "hospitaleiros" com o Senhor Jesus e o convidamos a entrar em nosso coração e nele fazer morada, quando o seguimos, e quando [importante] o obedecemos, conforme está muito bem explicitado na Palavra de Deus:

"e [Jesus], tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem" (Hb 5.9).

Concluindo, é a hospitalidade em relação ao Senhor Jesus, ou seja, o ato de recebê-lo, no coração, como único e suficiente Salvador e Senhor é que nos salva da eternidade distantes de Deus, é o que nos salva do dia da Grande Tribulação que está por vir, conforme Ele próprio anunciou:

"(...) porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, nem haverá jamais" (Mt 24.21).

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Opinião do leitor