Palavra do leitor
- 16 de novembro de 2024
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Do velho poço à Água Viva
O caminho para a Galileia já estava traçado desde que partimos da Judeia e rumamos direto ao velho Jordão. Algo me dizia que o plano de viagem seria mudado pelo mestre. Isso lhe era bastante típico. O calor do árido deserto nos consumia a energia. Sol, a areia e o vento formavam um cenário duro, porém, de uma beleza sem explicação.
No meio do caminho, conforme imaginava, a mudança de rota. Agora, seria necessário passar por Samaria, a velha Samaria! O grupo temia ser aquilo um engano do mestre. Perguntavam-se onde essa decisão os levaria. Seriam assaltados e mortos pelos foras-da-lei samaritanos?
No entanto, uma surpresa nos aguardava. Uma mulher sem-nome ao pé de um poço estava a tirar água. Parecia abatida, desolada. No rosto, sinais de abandono e tristeza. O olhar declarava ser ela mais uma maria-entre-tantas: sem valor, sem voz. Da vida parecia não vislumbrar mais nenhuma beleza. Era um rosto em "preto e branco".
O profeta andarilho que comandava nosso grupo lhe pediu água para beber. Ficamos observando de longe a reação da desconhecida. Não era comum a um judeu a uma mulher estranha se dirigir e menos ainda pedir-lhe água para beber. Ela não fazia ideia quem era aquele estrangeiro. Ainda não sabia dos milagres feitos por ele. Não conhecia sua fama profética.
Diante da negativa da mulher, foi ele que lhe ofereceu, gratuitamente, uma tal água viva. Uma que mataria sua sede e sua dor d´alma. Sem entender direito do que se tratava, ela assim mesmo sentiu seu coração se acalmar. Uma paz lhe assaltou seu interior, antes confuso e frio. Quem era aquele homem? perguntou a si mesma, ansiosa.
O agora amigo Rabi lhe pergunta pelo seu marido. Ela tenta despistar dizendo que vivia sozinha. Mas ele parecia conhecer sua história, seu coração ferido e lhe promete a esperança devolver.
Ao final daquela rápida conversa sob um lindo entardecer, uma nova mulher havia surgido, livre e agraciada. Correndo pelas ruas e vielas, queria falar a todos do Senhor com quem tinha falado, queria mostrar ao mundo sua nova vida agora resgatada, colorida. Algo muito bom tinha lhe acontecido. Não podia ficar calada. O milagre tinha batido na porta da sua história. Antes, precisava de um velho poço para ter água barrenta e salobra; agora tinha a água viva que descia direto do céu.
Tony Oliveira - Autor do livro "Pingos da Graça"
Para outros textos do autor, acesse: https://pingosdagraca.wordpress.com/
Contato: faos.ead@gmail.com INSTAGRAM: tonyoliveira_69
No meio do caminho, conforme imaginava, a mudança de rota. Agora, seria necessário passar por Samaria, a velha Samaria! O grupo temia ser aquilo um engano do mestre. Perguntavam-se onde essa decisão os levaria. Seriam assaltados e mortos pelos foras-da-lei samaritanos?
No entanto, uma surpresa nos aguardava. Uma mulher sem-nome ao pé de um poço estava a tirar água. Parecia abatida, desolada. No rosto, sinais de abandono e tristeza. O olhar declarava ser ela mais uma maria-entre-tantas: sem valor, sem voz. Da vida parecia não vislumbrar mais nenhuma beleza. Era um rosto em "preto e branco".
O profeta andarilho que comandava nosso grupo lhe pediu água para beber. Ficamos observando de longe a reação da desconhecida. Não era comum a um judeu a uma mulher estranha se dirigir e menos ainda pedir-lhe água para beber. Ela não fazia ideia quem era aquele estrangeiro. Ainda não sabia dos milagres feitos por ele. Não conhecia sua fama profética.
Diante da negativa da mulher, foi ele que lhe ofereceu, gratuitamente, uma tal água viva. Uma que mataria sua sede e sua dor d´alma. Sem entender direito do que se tratava, ela assim mesmo sentiu seu coração se acalmar. Uma paz lhe assaltou seu interior, antes confuso e frio. Quem era aquele homem? perguntou a si mesma, ansiosa.
O agora amigo Rabi lhe pergunta pelo seu marido. Ela tenta despistar dizendo que vivia sozinha. Mas ele parecia conhecer sua história, seu coração ferido e lhe promete a esperança devolver.
Ao final daquela rápida conversa sob um lindo entardecer, uma nova mulher havia surgido, livre e agraciada. Correndo pelas ruas e vielas, queria falar a todos do Senhor com quem tinha falado, queria mostrar ao mundo sua nova vida agora resgatada, colorida. Algo muito bom tinha lhe acontecido. Não podia ficar calada. O milagre tinha batido na porta da sua história. Antes, precisava de um velho poço para ter água barrenta e salobra; agora tinha a água viva que descia direto do céu.
Tony Oliveira - Autor do livro "Pingos da Graça"
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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