Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Palavra do leitor

Cristo em nós (parte 1)

Karl Barth, para alguns o maior teólogo do século 20, para outros apenas um herege que corrompeu a ortodoxia. Mas, para além dessas polêmicas, Barth tem muito a nos oferecer em seus escritos, principalmente para tempos de crise, pois ele viveu e pastoreou durante o período da Primeira e Segunda Guerra mundial. Rompeu com liberalismo que não oferecia uma fé para a vida, lutou contra a tentativa do nazismo de dominar a Igreja alemã e tirou a ortodoxia de sua indiferença com as questões contemporâneas. Entretanto, o que Barth tem para falar em tempos que não são de guerra, mas de pandemia? Provavelmente muito, porém aqui, limita-se a quatro tópicos.

No ano de 1919, Karl Barth, na Conferência Social-Religiosa em Tambach, Alemanha, ministrou sua palestra "O Cristão e a Sociedade", isto é, um ano após o término da Primeira Guerra Mundial. Esta palestra foi publicada no ano seguinte e dela retiramos quatro observações feitas por Barth, para falar de modo orientado aos cristãos e sua relação com a sociedade a qualquer tempo.

Em primeiro, a sociedade não está entregue a si mesma, existe um elemento diferente da sociedade: o cristão. Essa parece ser uma verdade bem óbvia, em tempos de tranquilidade, sossego e sem muitas perturbações. Porém, sempre que essas condições favoráveis mudam e levam a tempos de incertezas, forte perturbações e abalo das estruturas sociais, pergunta-se se a sociedade está entregue apenas a si mesma e sua própria sorte. Neste momento, os ídolos do coração são destruídos, quando o Estado é impotente, a economia caminha para o desastre e nenhuma outra estrutura ou poder social é capaz de apresentar uma solução, aí fica evidente que, ou o cristão é um elemento diferente na sociedade, ou tudo estará perdido. Assim, Barth, apresenta duas verdades óbvias e essenciais: a sociedade não está entregue a si mesma e o cristão é um elemento diferente na sociedade.

O segundo ponto a ser considerado em Barth é que o cristão representa uma promessa. Ele observa como a sociedade segue mecanicamente seu caminho natural na cultura, ciência, família, economia e estado e como esse caminho levou a tão grande catástrofe como a Primeira Guerra Mundial. Segundo Barth, esse caminho e seu resultado levaram a um esclarecimento, um abalo profundo, um ceticismo e desânimo com a vida: os olhos foram abertos para os problemas da vida. Isto levou ao desejo de fuga da sociedade ou por uma nova sociedade, então a ideia do cristão na sociedade passa representar uma promessa. Este é um elemento diferente e novo, verdadeiro, justo, e espiritual, em oposição a tudo que há sociedade de velho, falso, injusto e materialista. Assim o cristão é o representa o prenúncio de um novo tempo, da resolução dos problemas vistos e da mudança que não veio por meio das revoluções e de todas transformações da modernidade. Assim, para Barth, o cristão é a representação da promessa de restauração de todas as coisas.

(Parte 2)
Sao Luis - MA
Textos publicados: 6 [ver]

Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.