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Palavra do leitor

As folhas caem

‘’Antes do advento das chamadas tecnologias digitais, tudo parecia seguir o compasso do tempo, sentia – se a pausa, percebia – se a cadência, a vida trazia o ritmo, agora, o que somos: senão figuras amedrontadas, sufocados pela ansiedade, como que assustados para viver’’.

As folhas, as folhas caem e são levadas pelo sopro ou pela constatação de que passamos, de que o mistério da vida, sem rodeios, realmente, demonstra ser uma questão muito e muito séria. Aí, paro, de frente para tela do computador, enquanto especulo nas lágrimas e como também descem pelas ladeiras de faces, tanto joviais quanto com rugas, para me trazer a confirmação, óbvia, por sinal, de que a vida, com seus capítulos de mudanças dói e dói mesmo. Então, qual o sentido ou a serventia de caminhar por esse diário ora chamado de vida? Simplesmente, arrisco dizer, por sermos seres de escolhas morais, de desenharmos o certo, o bem, o aprazível, sem nenhuma ilusão, sem querer esconder aquela sensação de que ainda vale viver. É bem verdade, isso nos diferencia dos animais e inclusive até de quem concebe o sofrimento, como uma forma de se aperfeiçoar, a qual, não necessariamente, deve ser dessa maneira.

De certo, embora não venhamos considerar, porque nos servimos de uma série de artifícios para não chegar a uma redundante conclusão: as folhas caem, não somos detentores de nada e muito menos a causa de tudo. Ah, como, as vezes, pode bater aquela vontade de pegar o relógio do destino, do que nos suga, do que nos faz, como se estivéssemos dentro de um jogo aleatório, e mudar os ponteiros um pouquinho para trás e acrescentar mais um olhar, mais um abraço, mais um bom dia, mais um presente, mais um importante, mais um sei lá mais o que. Infelizmente, não se faz dessa forma, porque as perdas são partes dos eventos da vida, dessa vida aleatória, dessa vida que não olha para quem é, que segue numa maneira estranha e sem graça de nos surpreender. Sei lá, não tenho e não aspiro apresentar respostas, milagres, profecias, justificativas, argumentações.

Em meio a essas palavras, a eternidade se faz, se forma, se forja e finca estacas, a partir daqui, mediante a maneira como as lembranças percorreram, em nós, e o mais significativo: não como ícones, mas sim pessoas que tiveram a coragem e a esperança para andar uma légua a mais, para dar a outra face, para acreditar que nossa transcendência se consolida, com imperfeitos, como eu e você. É bem verdade, aqueles que estiveram na embarcação, na embarcação das bodas, dos aniversários, da formatura, dos passeios, das conversas de bastidores, das mudanças, das rupturas, das despedidas prosseguem e devem prosseguir e perceber que são importantes, são a continuidade de a vida ainda ser digna de ser cantada, de ser um palco para ser feliz e quando não for, ser abraçado, ser acolhido, ser animada, ser respeitada, porque as folhas caem e as lágrimas descem as ladeiras e, neste momento, não se envergonhe de sentir raiva, de dizer, lá no recanto da alma, não podia ter sido de outro modo, de reconhecer que tem situações que doem, daquela sensação de que não pude fazer muito.

Logo, realço, ressalto e pincelo haver uma Graça Jesus Cristo que senta, ao lado, e permitir no reduto do silêncio, sem a finalidade de apagar da lousa, nada, mas dizer para você: você e vocês são importantes, sua família é importante e, somente isso, dá sentido para a eternidade.
São Paulo - SP
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