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Palavra do leitor

As causas da morte de Jesus

Em sua grande maioria, nós evangélicos, quando tratamos da morte de Jesus, falamos dos motivos teológicos que a ensejaram, quais sejam: o resgate da humanidade pecadora e, consequentemente, a reconciliação com Deus. Não nego isso. No entanto, sem negar o motivo doutrinário, é importante destacar causas históricas, sociais e religiosas que levaram Jesus ter uma morte tão violenta. Sob o aspecto teológico, falarei mais adiante.

A crucificação foi uma execução posta em prática, pela primeira vez, pelos assírios e depois aperfeiçoada pelos romanos. Cícero, orador romano, a descreveu como sendo "crudelíssima execução", impensável de ser aplicada a um cidadão romano, reservada apenas aos estrangeiros, criminosos e escravos. Nesse sentido, Jesus foi colocado em pé de igualdade com essas pessoas, sendo crucificado entre dois ladrões, que a tradição chama de Dimas e Gestas.

O sistema jurídico romano não conseguiu detectar qualquer crime em Jesus, haja vista que Pilatos declara isso abertamente. Todavia, os líderes religiosos tinham interesse em condenar Jesus de qualquer maneira, nem que, para isso, fosse necessário subornar testemunhas (como fizeram), ou transformar, ardilosamente, acusações religiosas em acusações políticas. Alegaram que Jesus teria dito ser "rei dos judeus", o que Jesus desmentiu na frente do magistrado romano, dizendo "O meu reino não deste mundo".

Apesar da Bíblia reconhecer que a morte de Jesus tem uma conotação soteriológica, não nega as tramoias, as maquinações e as traições humanas. Os inimigos se juntam para um propósito nefasto comum: Pilatos e Herodes são inimigos declarados, mas estão juntos nesse objetivo. Os fariseus e saduceus rivalizam entre si em suas interpretações doutrinárias (uns creem na ressurreição e outros não), mas estão de mãos dadas nesse intuito.

Do exposto acima, infere-se que Jesus era um incômodo ao status quo religioso e político. Essas causas da sua morte não podem ser ignoradas ou minimizadas. Elas formam o arcabouço da hostilidade em torno de Jesus. Os poderosos temiam a perda de posição, privilégios e prestígio. Portanto, segundo eles, Jesus precisava ser eliminado a qualquer custo. Mas, se eu parasse por aqui, estaria reduzindo a vida e a morte de Jesus a intrigas políticas e sociais. No entanto, não foi só isso.

O Apóstolo Paulo, e outros escritores sagrados, são os responsáveis por sistematizar o significado da morte de Jesus. Para tanto, o Apóstolo da Graça e outros hagiógrafos, vão recorrer a analogias tiradas do mundo cultual, familiar, comercial e jurídico.

Na analogia litúrgica, extraída dos rituais do Antigo Testamento e ressignificado pelo autor da carta aos Hebreus, a morte de Jesus é o sacrífico perfeito, sendo apontado por João Batista como "Cordeiro de Deus" que tira o pecado do mundo.

Na analogia familiar, a morte de Jesus é como reconciliação com o Pai Celestial como sugere a parábola do filho pródigo e seu retorno para casa, após seu arrependimento. Ele foi perdoado, restaurado e recebido com festa, apesar do irmão mais velho considerar tudo um absurdo. A graça parece absurda e injusta para muita gente.

Na analogia comercial, extraída do mercado, a morte de Jesus é uma redenção ou resgate. A ideia é de escravos libertados por meio de um pagamento de um resgate. Com sua morte, Jesus nos resgatou da escravidão do pecado.

Na analogia jurídica, a morte de Jesus significa justificação. Justificação é absolvição de um réu, livrando-o da condenação. A justificação é pela graça mediante a fé. O pecador não tem mérito nenhum. Além disso, Jesus paga todo o débito do pecador e ainda transfere para sua conta espiritual a justiça de Cristo. De modo que, Paulo vai dizer: "Aquele que não conheceu pecado, se fez pecado por nós, para que nós fossemos feitos justiça de Deus" (1Co.5:21).

Assim, o propósito salvífico de Deus se cumpriu no Calvário, a despeito das armações humanas e sem isentá-los de suas responsabilidades históricas, como foram os casos de Judas Iscariotes, Pôncio Pilatos, Herodes Antipas, os fariseus e saduceus, pois Deus é poderoso o suficiente para transformar o mal em bem.

Então, deixo uma pergunta: qual o significado da morte de Jesus para sua vida?
Campos Dos Goytacazes - RJ
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