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19 de outubro de 2010- Visualizações: 3220
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Ricos empurram questões climáticas "com a barriga", diz economista
(ALC) A humanidade caminha para uma catástrofe em câmara lenta, assistindo o planeta ser destruído por interesses de uma minoria rica e as soluções sendo empurradas com a barriga, alertou o economista e professor Ladislau Dowbor, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em palestra, dia 6, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
O grande desafio, hoje, é como incorporar as ameaças planetárias no processo decisório, disse. É preciso resgatar o bom senso, defendeu, dando o exemplo do que vai para a lata do lixo na compra de um simples ovo de Páscoa: primeiro, o ovo vem enrolado num papel celofane, que vai fora, amarrado por um tope, que também vai fora. Além do celofane, o ovo vem enrolado, ainda, num papel laminado, que vai fora, e o produto fica assentado sobre um copo de plástico, que vai pro lixo.
A cada dia, o brasileiro joga no lixo um quilo de produtos, o que representa desperdício. Recorrendo a dados de 1998, Dowbor mostrou que por ano a humanidade gasta 6 bilhões de dólares em educação, 9 bilhões em água e serviços sanitários, 13 bilhões em saúde básica e nutrição. Duplique esses números por dois e chega-se, aproximadamente, aos gastos nessas áreas em 2010.
Agora, o europeu deixa, por ano, 11 bilhões de dólares nas sorveterias, 12 bilhões nas lojas de perfume, 17 bilhões nas lojas de venda de produtos para animais e consome o equivalente a 105 bilhões de dólares em bebidas alcoólicas.
Já o gasto em armamentos alcançou, em 2009, 1,5 trilhão de dólares. “Um real gasto em saneamento, deixa-se de gastar quatro reais em saúde”, comparou o professor da PUC. Quatro bilhões, dos sete bilhões da população humana, estão fora dos benefícios trazidos pela globalização, citou.
Uma política social distributiva não é aquela que tira dos ricos para dar aos pobres, mas a que aumenta o processo de geração de riqueza para todo o país. “Boas políticas sociais dinamizam a economia pela base”, afirmou.
Hoje, dos 60 trilhões de dólares do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, 83% vão para os ricos, 11,7% para a classe média e 1,4% resta para os 20% mais pobres do planeta. Dividido o PIB pelo total da população mundial – 7 bilhões de habitantes – cada família de quatro pessoas poderia receber uma renda mensal de 4 mil a 6 mil reais por mês.
Dowbor frisou, também, que o PIB é um parâmetro relativo, pois ele mede o consumo intermediário e não o resultado. Assim, a ação da Pastoral da Criança, que, com medidas simples como o soro caseiro (uma colher de sal misturado a duas colheres de açúcar), não contribui para o crescimento do PIB, pois não há consumo de medicamentos, que o PIB somaria.
“Uma sociedade funciona quando a população está organizada de forma a assegurar maior agilidade, transparência e dimensão às decisões públicas”, disse, reportando-se ao exemplo da Pastoral da Criança.
Ao contrario do que a mídia costuma publicar, o brasileiro não tem a maior carga tributária do mundo. O sueco paga 66% dos seus ganhos a título de imposto de renda. Mas ele participa de pelo menos quatro organizações comunitárias, que decidem o destino de 72% do orçamento do Estado.
Ladislau tem uma extensa ficha de consultoria, na área de assuntos políticos, econômicos e sociais para agências das Nações Unidas. Conheceu o capitalismo helvético e a pobreza de países africanos.
O grande desafio, hoje, é como incorporar as ameaças planetárias no processo decisório, disse. É preciso resgatar o bom senso, defendeu, dando o exemplo do que vai para a lata do lixo na compra de um simples ovo de Páscoa: primeiro, o ovo vem enrolado num papel celofane, que vai fora, amarrado por um tope, que também vai fora. Além do celofane, o ovo vem enrolado, ainda, num papel laminado, que vai fora, e o produto fica assentado sobre um copo de plástico, que vai pro lixo.
A cada dia, o brasileiro joga no lixo um quilo de produtos, o que representa desperdício. Recorrendo a dados de 1998, Dowbor mostrou que por ano a humanidade gasta 6 bilhões de dólares em educação, 9 bilhões em água e serviços sanitários, 13 bilhões em saúde básica e nutrição. Duplique esses números por dois e chega-se, aproximadamente, aos gastos nessas áreas em 2010.
Agora, o europeu deixa, por ano, 11 bilhões de dólares nas sorveterias, 12 bilhões nas lojas de perfume, 17 bilhões nas lojas de venda de produtos para animais e consome o equivalente a 105 bilhões de dólares em bebidas alcoólicas.
Já o gasto em armamentos alcançou, em 2009, 1,5 trilhão de dólares. “Um real gasto em saneamento, deixa-se de gastar quatro reais em saúde”, comparou o professor da PUC. Quatro bilhões, dos sete bilhões da população humana, estão fora dos benefícios trazidos pela globalização, citou.
Uma política social distributiva não é aquela que tira dos ricos para dar aos pobres, mas a que aumenta o processo de geração de riqueza para todo o país. “Boas políticas sociais dinamizam a economia pela base”, afirmou.
Hoje, dos 60 trilhões de dólares do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, 83% vão para os ricos, 11,7% para a classe média e 1,4% resta para os 20% mais pobres do planeta. Dividido o PIB pelo total da população mundial – 7 bilhões de habitantes – cada família de quatro pessoas poderia receber uma renda mensal de 4 mil a 6 mil reais por mês.
Dowbor frisou, também, que o PIB é um parâmetro relativo, pois ele mede o consumo intermediário e não o resultado. Assim, a ação da Pastoral da Criança, que, com medidas simples como o soro caseiro (uma colher de sal misturado a duas colheres de açúcar), não contribui para o crescimento do PIB, pois não há consumo de medicamentos, que o PIB somaria.
“Uma sociedade funciona quando a população está organizada de forma a assegurar maior agilidade, transparência e dimensão às decisões públicas”, disse, reportando-se ao exemplo da Pastoral da Criança.
Ao contrario do que a mídia costuma publicar, o brasileiro não tem a maior carga tributária do mundo. O sueco paga 66% dos seus ganhos a título de imposto de renda. Mas ele participa de pelo menos quatro organizações comunitárias, que decidem o destino de 72% do orçamento do Estado.
Ladislau tem uma extensa ficha de consultoria, na área de assuntos políticos, econômicos e sociais para agências das Nações Unidas. Conheceu o capitalismo helvético e a pobreza de países africanos.
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