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Opinião

Os perigos e contradições do patriotismo

A crença de que a nossa nação é superior a todas as outras é arrogante e arriscada. No limite, pode converter-se em racismo.

Por Paulo Ribeiro

Nasci no Brasil. Casado com uma holandesa, duas das minhas quatro filhas nasceram na Inglaterra e meus nove netos nasceram nos Estados Unidos. A quem mantenho minha lealdade? Brasil, Holanda, Inglaterra ou Estados Unidos? Como posso responder? Não posso ser um patriota?

O patriotismo é ambivalente e até perigoso e contém muitos elementos, dos quais são possíveis muitas combinações.

Há amor pela terra natal, onde crescemos, pelos velhos conhecidos, pelas paisagens, sons, sabores e cheiros familiares. Este tipo de patriotismo não é nenhum pouco agressivo. Torna-se agressivo apenas para proteger o que ama.

Outro elemento é a atitude perante a história do nosso país, os grandes feitos dos nossos antepassados. A história real de cada país está repleta de atos vergonhosos. As narrativas heroicas são muitas vezes falsas. Consequentemente, um patriotismo baseado no nosso magnífico passado é claramente não recomendável.

Alternativamente, a crença de que a nossa própria nação é superior a todas as outras é muito arrogante e arriscada. No limite tolo, pode converter-se em racismo.

Além disso, a consequência de acreditar que a nossa nação é melhor do que outras pode implicar que os deveres ou direitos vêm de um ser superior para com ela. Algumas nações que assim pensam enfatizaram os direitos e não os deveres. Para eles, algumas outras nações eram tão más que se tinha o direito de exterminá-las.



Por fim, o patriotismo atinge a sua forma demoníaca que se nega inconscientemente. “Um homem que realmente ama seu país irá amá-lo em sua ruína e degeneração – Inglaterra, com todos os seus defeitos, eu ainda te amo. Ele pode considerá-la boa e ótima, quando ela não o é, porque a ama; a ilusão é até certo ponto perdoável. Este tipo de patriotismo que começa com a maior arrogância de tambores e bandeiras, na verdade, segue um caminho que pode levar à destruição”.

Portanto, estou em apuros, seja qual for o lado que tome. Amo o Brasil – meu país natal – isso significa que tenho uma lealdade natural. Adoro a Inglaterra – onde nasceram dois dos meus filhos quando eu era estudante lá. Adoro os Estados Unidos onde passei a maior parte da minha vida profissional e fui muito bem recebido. Adoro a Holanda porque a minha mulher é cidadã holandesa. Espero nunca ter de escolher um lado e continuar amando todas as coisas boas de cada uma dessas nações – e sempre lutar pela justiça e pela paz.

Finalmente, não deixemos que as contradições e os perigos do patriotismo ceguem a nossa mente e neguem os direitos humanos fundamentais. E nunca nos esqueçamos de que quanto mais motivado o patriotismo é pela política e religião mais demoníaco ele se torna.
O antídoto: “Ame o seu próximo como a si mesmo”.

“A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.
A verdade brotará da terra, e a justiça olhará desde os céus.
Também o Senhor dará o que é bom, e a nossa terra dará o seu fruto.
A justiça irá adiante dele, e nos porá no caminho das suas pisadas.”

[Salmo 85.10-13]

> Citações por C.S. Lewis.
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Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade de Manchester, na Inglaterra, foi Professor em Universidades nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Holanda, e Pesquisador em Centros de Pesquisa (EPRI, NASA). Atualmente é Professor Titular Livre na Universidade Federal de Itajubá, MG. É originário do Vale do Pajeú e torcedor do Santa Cruz.
>> http://lattes.cnpq.br/2049448948386214
>> https://scholar.google.com/citations?user=38c88BoAAAAJ&hl=en&oi=ao

Pesquisa publicada recentemente aponta os cientistas destacados entre o “top” 2% dos pesquisadores de maior influência no mundo, nas diversas áreas do conhecimento. Destes, 600 cientistas são de Instituições Brasileiras. O Professor Paulo F. Ribeiro foi incluído nesta lista relacionado a área de Engenharia Elétrica.
  • Textos publicados: 69 [ver]

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