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Opinião

Eu sou a Água Viva

Jesus vê a mulher parada na escuridão e quer levá-la para a luz. Ele vê o que ela é, mas também o que poderia ser

Por Marleen Hengelaar-Rookmaaker


Próximo ao horário quente de meio-dia, Jesus chega ao Poço de Jacó em Samaria, cansado da viagem, faminto e com sede. Os discípulos foram a cidade para comprar comida. Uma mulher chega para pegar água do poço em um horário em que ela sabe com certeza que não vai encontrar com as outras mulheres da vila. Ela as evita, já que elas a excluem pelo seu estilo de vida repreensível. Ela tem muita sede.

No poço, ela conhece um estranho, um judeu, um forasteiro assim como ela. Jesus a pede um pouco de água. A mulher se surpreende e diz isso a ele. Ela não mede as suas palavras: ‘Como é que você, um judeu, pede uma bebida a mim, uma mulher de Samaria?’. Eles se envolvem em uma profunda e pessoal conversa teologicamente colorida.

O artista brasileiro, Alexandre Lettnin capturou esse encontro de uma forma totalmente pessoal, quando morou na Europa e se sentiu solitário e muito infeliz lá como um estrangeiro. Lettnin foi movido pela atitude amorosa de Cristo com a mulher: ele sabe suas dificuldades, dores, fraquezas e pecados e quer libertá-la deles.

Lettnin reduziu o cenário da conversa em sua gravura para a sua essência; nós vemos apenas a mulher, o poço e Jesus. A mulher é somente um fantoche pequeno e magrelo que, desconfiada e ferida como está, mantém distância de Jesus com suas perguntas assertivas. Jesus, por outro lado, se curva em sua direção, com muita atenção, fazendo um gesto convidativo.

Na gravura, Lettnin optou por um “Olhar dos olhos de Deus”. Nós vemos a cena de cima, como Deus a vê do céu. Deus nos vê parados no escuro, enquanto, ao mesmo tempo, vê a luz para onde Ele quer que andemos em direção. É sobre isso que fala essa passagem bíblica. Pois Jesus também vê a mulher parada na escuridão e quer levá-la para a luz. Ele vê o que ela é, mas também o que poderia ser.

Jesus oferece uma nova vida a essa mulher sedenta. Ele diz: ‘A água que dou se tornará uma nascente jorrando para a vida eterna’. Na pintura, a água no poço reflete a luz do céu, que contrasta com a escuridão que envolve a mulher. Ao mesmo tempo, vemos a mão de Jesus espelhada na água. O caminho para a água viva e para a luz é uma pessoa, é o próprio Jesus.

Note que o poço é circular, se referindo a eternidade – sem começo ou fim, sempre contínuo. Portanto, vida e morte estão justapostas: a mulher de olhos vazios e rosto esquelético contra o poço redondo com a mão acolhedora de Jesus na e acima da água, que forma a passagem para a luz e a vida eterna.

Essa vida eterna não se limita a vida restaurada em um futuro distante, depois de nossa morte, mas também inclui uma nova vida aqui e agora. Jesus oferece cura a essa mulher e também a nós: água que mata a sede, purificadora, abundantemente espumosa, através da qual podemos nos tornar mais e mais como Jesus. Ao fim da conversa, a mulher samaritana já perdeu o seu medo e corre em direção de seus vizinhos para testemunhar abertamente sobre a vinda do Messias. Não é de se surpreender o fato de que o artista impregnou a pintura com um quente brilho amarelo.

Artigo publicado originalmente no site ArtWay. Reproduzido com permissão da autora.

Imagem: Alexandre Lettnin: Água viva, Paris, 2000, água-forte e água-tinta sobre papel Salland. Reproduzida com permissão.

Traduzido por Ana Laura Morais.



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