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Opinião

Cristianismo consumista

Joel Edwards nasceu na Jamaica, foi pastor da Assembleia de Deus na Grã-Bretânia e também diretor da Aliança Evangélica do Reino Unido. Atualmente é diretor internacional do Desafio Miqueias (Micah Challenge) -- um movimento que une cristãos em torno dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

Ele sera um dos preletores da Consulta Teológica e Pastoral “Um Chamado à Humildade, à Integridade e à Simplicidade”, promovida pelo Movimento Lausanne e a Aliança Evangélica Brasileira, de 3 a 5 de abril em Atibaia (SP).

Na breve entrevista a seguir, Edwards fala sobre o que é o Desafio Miqueias e sobre o impacto da Teologia da Prosperidade, especialmente, entre os mais pobres.

***

Caro Joel, poderia nos dizer, em poucas palavras, quem é você e destacar as as áreas com as quais está mais envolvido?

Eu nasci na Jamaica e aos oito anos de idade migrei para o Reino Unido. Sou casado e tenho dois filhos adultos e quatro netos. Trabalhei 14 anos como funcionário judicial e pastoreei uma igreja local por dez anos. Sou envolvido com a comunidade evangélica pentecostal e atualmente exerço ministério com as Assembleias de Deus na Grã-Bretanha. Fui, por onze anos, diretor da Aliança Evangélica do Reino Unido e faz 5 anos que sou o diretor internacional do Desafio Miqueias.

Quais são os maiores objetivos do Desafio Miqueias hoje?

O Desafio Miqueias Internacional foi estabelecido em 2004 como uma resposta cristã global aos alvos do ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio). Temos uma diretoria internacional, 40 mobilizações nacionais e uma pequena equipe internacional sediada em Londres. O objetivo é inspirar, educar e mobilizar comunidades cristãs a buscarem respostas para a pobreza extrema.

A Consulta vai falar sobre humildade, integridade e simplicidade. Isso poderia ser considerado uma resposta aos desafios que vieram com o crescimento do “Evangelho da Prosperidade”, que está tão em voga em muitas de nossas igrejas hoje?

O Desafio Miqueias identifica-se totalmente com a proposta de “Humildade, Integridade e Simplicidade”. Aliás, a referência bíblica que nos serve de diretriz é Miqueias 6.8, onde se clama por justiça, misericórdia e humildade.

Como o senhor vê o impacto do “Evangelho da Prosperidade” na vida das igrejas e das pessoas em muitos países pobres, como vem acontecendo hoje?

Essa afirmação sugere que a abordagem da “prosperidade” pressupõe que o evangelho seja, por definição, um “evangelho dos pobres”. O Evangelho da Prosperidade, ao defender a ideia de que Deus age no mundo material, preenche a excêntrica lacuna entre fé e finanças, que é uma marca europeia. Neste sentido, essa teologia tem reposicionado Deus como o Deus que supre as necessidades materiais; e, com isso, tem estimulado a fé no meio da pobreza. Mas tem também alimentado a propensão a um cristianismo consumista entre pessoas muito bem informadas e entre profissionais.

Porém, como em tudo o mais, o foco excessivo e desequilibrado na prosperidade centrada em conquistas materiais prejudica o discipulado de qualquer um, e isto acontece principalmente entre as pessoas mais pobres.

Qual seria o seu apelo às igrejas jovens e que aumentam cada vez mais, como acontece aqui no Brasil?

O desafio para a igreja em constante crescimento no Brasil, assim como em todo lugar, é que ela não alimente uma visão antibíblica de um Deus que tem medo de prosperidade. O que ela precisa, sim, é resistir a modelos de liderança baseados no poder, condenar a fé consumista e explorar uma prosperidade bíblica equilibrada que seja orientada pelas Escrituras, informada pela teologia histórica e que cumpra a missão de Deus no mundo.


Participe:
Consulta Teológica e Pastoral “Um Chamado à Humildade, à Integridade e à Simplicidade”.
Data: de 3 a 5 de abril.
Local: Atibaia (SP).
Promotores: Movimento Lausanne e Aliança Evangélica Brasileira.
Co-promotores: Ultimato e Cristianismo Hoje.
Apoio: AETAL, FTL-Brasil e Visão Mundial.
Programação: aqui.

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