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Opinião

Contra a corrupção

Carta Pastoral

"Com as mãos prontas para fazer o mal, o governante exige presentes,
o juiz aceita suborno, os poderosos impõem o que querem; todos tramam em conjunto."
(Mq 7.3)
 

O ser humano caiu e tornou-se corrupto, aberto para todo tipo de maldade. Ele passou a viver por conta de seus próprios desígnios e se afastou do bem querer de Deus.

Deus sempre chamou seu povo para cuidar dos grupos mais vulneráveis da sociedade e buscar a justiça, conforme Isaías 1.17 e 59.15. O profeta Miquéias condena o abuso dos tribunais por defraudarem as pessoas tomando seus meios de vida (Mq 2.2.), o abuso dos cargos públicos através do suborno (3.11), as riquezas adquiridas através de práticas comerciais desonestas (6.10, 11) e a conspiração das pessoas no poder para o seu próprio benefício (7.3). As palavras de Tiago contra os ricos corruptos também são duras (Tg 5.1-6).

Uma das formas de corrupção é o suborno. Onde há corrupção, há corrompidos e corruptores. Do lado do corruptor há a desonestidade e também de abuso de poder econômico, ao usar do dinheiro para obter favor, facilitação ou vantagem ilegal. Do lado do corrompido, há também desonestidade associada à ganância, que o leva ao ganho indevido e muitas vezes ilegal.

Dados da corrupção

É muito difícil quantificar a corrupção, admitem ONG´s como Transparência Brasil e Contas Abertas. Mas podemos citar alguns dados:

- A corrupção consome entre R$ 50 bilhões e R$ 85 bilhões por ano, segundo estudo de 2010 da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Isso corresponde a 2,3% de toda riqueza produzida no Brasil em um ano.

- No Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2013, o Brasil tem nota 42, ficando em 72º lugar dentre as nações. A nota varia entre zero (um país mais íntegro) a 100 (um país mais corrupto).

- Diariamente, 230 crianças com menos de cinco anos poderiam ser salvas se os prejuízos financeiros com a corrupção fossem disponibilizados para se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

- Estima-se que os países em desenvolvimento perderam cerca de 850 milhões de dólares em 2010, devido aos fluxos financeiros ilícitos.

O que fazer para combater a corrupção?

Esta é a pergunta mais importante. O combate à corrupção passa por ações coletivas, desenvolvidas pela sociedade, efetuadas de modo sistêmico, contra a contaminação das práticas, dos processos, dos negócios, da aplicação da lei e da justiça. E, certamente, implica também em atitudes que, como cidadãos e cristãos, somos chamados a contribuir pessoalmente.

Cada cristão, seguidor e seguidora de Jesus Cristo, é sal e luz na sociedade onde vive. Temos o dever de ser vigilantes e participar da vida em sociedade, fiscalizando e denunciando atos de corrupção, inclusive no espaço eclesiástico, nas denominações, nas instituições, nas empresas de comunicação e na política.

Avanços no combate à corrupção

Nossa sociedade tem dado alguns passos positivos no combate a esse mal. A Lei de Acesso à Informação é importante para que haja controle social das verbas públicas e de sua destinação. Mas falta-nos ainda aprimoramento do controle social e mecanismos efetivos que punam os corruptores.

A Igreja precisa comprometer-se pela oração

Cremos que a oração é instrumento de mudança. Mudança que vem pelo agir de Deus. Mudança que vem pelo nosso agir em compromisso com a vontade de Deus que se estabelece em nossos corações em nosso viver como povo de Deus. Oremos:

- Para que os cristãos sejam luz e sal onde quer estejam e que sejam intolerantes com qualquer tipo de corrupção, lembrando-se que “o juízo começa pela casa de Deus” (1 Pe 4.17).

- Para que as igrejas gerem filhos de Deus comprometidos com um mundo mais solidário e com menos cobiça, que é fonte de corrupção.

- Para que sejamos intolerantes com a impunidade de quem quer seja.

- Por todos que sofrem as consequências da corrupção, que são os mais pobres.

- Para que a corrupção seja minorada e aplacada em todos os poderes e que os formuladores, gestores e aplicadores das leis sejam menos susceptíveis às diversas formas de corrupção.

- Para que o povo de Deus tenha uma participação efetiva e que seja uma presença que ponha luz nos espaços onde se formula e faça controle social: os conselhos e as diversas formas de representação e controle social.

- Para que a igreja seja profeta do Senhor contra a corrupção, mas seja ela a primeira a dar o exemplo em suas práticas eclesiásticas e vida cotidiana.

- Que, pelo exercício da cidadania, apoiemos a criação de mecanismos que evitem - e não somente combatam - a corrupção.

- Que a igreja em geral e os cristãos em particular apoiem reformas políticas como instrumentos preventivos contra a corrupção.

Aliança Cristã Evangélica Brasileira
Brasil, 11 de abril de 2015.

Continue lendo
Leia na versão completa deste texto o que alguns cristãos têm feito para combater a corrupção.

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