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Opinião

Brasília, 8 de janeiro: Quando um membro está doente, todo corpo sofre

Por Pedro Dulci

Lamento muito tudo o que aconteceu em Brasília ontem. Não existe nenhum outro sentimento para uma situação como essa, a não ser lamento.

Existem muitas divergências irreconciliáveis entre o cristianismo, o liberalismo e o conservadorismo. Entretanto, o que está na raiz de todos os três é sua postura antirrevolucionária.

G. Groen van Prinsterer foi pródigo em mostrar para a modernidade política que nas raízes da revolução esconde-se incredulidade! Aqueles que optam pelo radicalismo da revolução abrem mão de qualquer confiança que não seja a força de seu próprio braço para trazer a paz e alcançar florescimento social.

O que assistimos em Brasília não é, de forma alguma, nem cristão, nem conservador, muito menos liberal. É revolucionário! E entre os gritos, quebra-quebra, agressões e vandalismos esconde-se um profundo desespero daquele que se tornou incrédulo.

Apesar de muitos sentirem raiva, outros sentirem inveja, o único sentimento legítimo diante da barbárie é lamento. A metáfora moderna do "corpo social" se faz útil hoje: a enfermidade de um dos membros afeta todo o corpo. Nenhum cidadão brasileiro, independentemente de suas orientações políticas deve deixar de lamentar essa situação.

Tal circunstância irá enfraquecer qualquer credibilidade de cristãos, conservadores, nacionalistas ou liberais fora de seus círculos. As críticas se tornarão legítimas. A radicalização torna-se justificada.

Ademais, a dose da reação dos três poderes será igualmente desmedida. Não é difícil imaginar para os próximos dias a hipertrofia do STF, como também medidas de vigilância ostensiva sobre o pensamento e a liberdade de expressão. Todos nós seremos afetados.

Tudo isso sem mencionar as críticas ao testemunho cristão, que assistiu hoje o nome de Deus ser usado em vão. No dia do SENHOR, no horário em que a maioria das igrejas estava em culto, havia pessoas que acreditavam poder fazer justiça com as próprias mãos.

Eu lamento muito e oro pelo meu país.

Artigo originalmente publicado em @pedrolucasdulci.

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Autor de Fé Cristã e Ação Política, Pedro Lucas Dulci, é filósofo e pastor presbiteriano. Casado com Carolinne e pai de Benjamin, desenvolve pesquisa em ética e filosofia política contemporânea e estudos sobre o diálogo entre ciência e religião, com estágio na Vrije Universiteit Amsterdam. É teólogo e coordenador pedagógico no Invisible College.
  • Textos publicados: 25 [ver]

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