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Por Escrito

Aventuras com a Bíblia no Brasil

Por Rute Salviano Almeida | Resenha
 
O livro Aventuras com a Bíblia no Brasil (Editora Cristã Evangélica) – que ganhou nova edição em 2018, depois de décadas fora de catálogo –, foi escrito pelo missionário colportor Frederic Charles Glass e traz relatos sobre a evangelização nos mais longínquos e esquecidos lugares do Brasil. Como se contasse “casos”, Glass narra as dificuldades e alegrias da evangelização. 
 
Essas aventuras foram vividas por ele e por outros colportores, no início do século 20, de norte a sul e de leste a oeste do país. Foram esses missionários extraordinários, as pessoas usadas por Deus para o início das igrejas cristãs evangélicas no Brasil, como o missionário Reginaldo Young, responsável pela conversão de Frederic, que fundou com o mesmo a 1ª Igreja Cristã Evangélica do Brasil, em 1901, em São Paulo.
 
A atuação de Deus nessas vidas é comprovada com as surpreendentes conversões de padres, que nunca haviam lido a Bíblia; de idosos desesperançados; de comerciantes gananciosos; de indígenas solitários; do leproso que foi curado ao se converter e, principalmente, com as transformações de vidas daqueles que aceitavam a mensagem do Evangelho.
 
Além dessas histórias edificantes, o livro descreve paisagens de diversas regiões brasileiras, o povo que nelas habitavam e suas humildes habitações. Os relatos dos trajetos percorridos são emocionantes. Os colportores viajavam em barcos, nos rios perigosos dos Amazonas; ou em lombo de burros, na região central do país; e muitas vezes a pé nas entranhas das matas ou subindo encostas de morros pedregosos. As dificuldades enfrentadas foram muitas: perdidos no meio de tempestades, defrontando-se com animais selvagens, tendo suas embarcações afundadas, dormindo a céu aberto nas matas, sofrendo ameaças de linchamento, sendo atacados por bandidos etc.
 
Porém, Deus estava com eles. Quando Samuel Mello, ex-agiota, maçom, jogador inveterado e seus companheiros foram à cidade de Paranaguá, enfrentaram grande oposição dos padres que os denunciava como: fanáticos, atrevidos, cegos, irreconciliáveis, incoerentes, grosseiros, mas seus cultos foram assistidos por grande multidão:
 
“Nossas reuniões foram mais concorridas do que em qualquer outro tempo. Durante mais de sessenta noites consecutivas obtivemos uma assistência acima de onze mil pessoas. A oposição dos padres ruiu por terra!” (p. 204).
 
Mais de cem profissões de fé ocorreram, os jovens abandonavam a bebida, vícios e vida pecaminosa e setenta pessoas foram batizadas. 
 
Enfim, o leitor descobrirá nas páginas desse livro um mundo de aventuras, temor a Deus e livramentos divinos. Ao terminar a leitura, ficará em seu coração um sentimento de gratidão a Deus por Sua obra na conversão, capacitação e motivação constante concedidas a homens que dedicaram suas vidas com tal empenho, como só aqueles que amam o evangelho o fazem. Glass declarou esse amor:
 
“Que evangelho grandioso, glorioso e irresistível possuímos para proclamar, e com alegria e orgulho nós o pregamos, especialmente sob tais circunstâncias” (p. 43). 
 
Comparáveis aos bandeirantes que adentravam as matas em busca de tesouros escondidos, os colportores foram aos lugares mais inóspitos para encontrarem almas sedentas de Deus, suas verdadeiras riquezas. Após encontrarem ouro, por volta de 1695, os bandeirantes continuaram suas “descobertas” nos atuais estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Quem circula pelas rodovias, avenidas, praças e ruas de São Paulo certamente se verá rodeado de homenagens a esses indivíduos.
 
Os colportores não foram homenageados, pois não se preocupavam com as coisas deste mundo, não recolheram riquezas, mas deixaram a Bíblia Sagrada com o povo, o maior de todos os tesouros. Seus nomes não dão nomes às rodovias ou praças, porém, estão escritos no Livro da Vida e suas pregações do Evangelho de Cristo deram frutos eternos.
 
Queridos leitores, leiam esse livro e confirmem a extrema validade da distribuição de Bíblias pelos colportores pioneiros, pois como confessou uma pessoa influenciada pelos padres: “embora temesse esses hereges, tinha amor pela Bíblia deles” (p. 111).
 
 
Mestre em teologia e pós-graduada em história do cristianismo, é autora de Vozes Femininas nos Avivamentos (Ultimato), além de Vozes Femininas no Início do Cristianismo, Uma Voz Feminina Calada pela Inquisição, Uma Voz Feminina na Reforma e Vozes Femininas no Início do Protestantismo Brasileiro (Prêmio Areté 2015).
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