Por Escrito
03 de junho de 2025
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“Ensina-nos a contar os nossos dias”
Quando sabemos dividir as tarefas com os outros, fazemos discípulos e multiplicamos os dons e talentos confiados por Deus a nós
Por Shih Li Li Yoshimoto
Confesso que sempre que eu lia esse versículo da Bíblia tinha dúvidas sobre o que significava a expressão “contar os nossos dias”.
A primeira ideia vem quando a vemos nesse contexto da oração de Moisés, na qual ele nos traz a consciência da brevidade, da fragilidade da nossa vida, e que nossos dias “voam” e, em poucas décadas, nossa vida desaparecerá (v. 10). Somos como a relva, que nasce pela manhã, floresce, mas, à tarde, murcha e seca. Na Nova Versão Transformadora (NVT), esse versículo foi traduzido assim: “Ajuda-nos a entender como a vida é breve, para que vivamos com sabedoria”.
Diante dessa constatação, o piedoso Moisés faz quatro pedidos:
“Satisfaze-nos a cada dia com o teu amor, para que cantemos de alegria até o final da vida” (v. 14).
“Dá-nos alegria em meio ao inevitável sofrimento” (v. 15).
“Que nós e nossos filhos possamos ver a glória e os feitos do Senhor” (v. 16)
“Que a bondade do Senhor seja sobre nós e faze prosperar nossos esforços” (v. 17).
Tais coisas são essenciais para uma vida abundante e significativa: satisfação, cantoria, alegria para aguentar o sofrimento, contemplação e vislumbre da glória de Deus, e ver que os nossos esforços não foram em vão, que frutificaram, perpetuaram e prosperaram.
Outro pensamento me ajudou a entender melhor como “contar os nossos dias” (inspirei-me nas quatro operações básicas de matemática):
Ordenar: definir o que vem primeiro, o que é mais importante – o que me fez lembrar do que Jesus disse sobre “buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
Somar: Uma busca por acrescentar virtudes e aprofundar no conhecimento de Deus, bem mais do que as riquezas e conhecimentos do mundo (2Pe 1.5-9).
Subtrair: Tirar os excessos, os vícios, as distrações e tudo aquilo que nos impede de enxergar Deus e experiementar mais dele, e nos envolver nos negócios de seu reino (Ef 4.22 e Hb 12.1).
Dividir e multiplicar: Para mim, essas duas operações se complementam, pois saber dividir as tarefas, no sentido de não fazer tudo sozinho, saber encarregar e treinar outros faz com que, de um lado, não nos sobrecarreguemos; e, de outro, façamos discípulos e multipliquemos os dons e talentos confiados por Deus a nós (Mt 28.19).
Precisamos aprender a carregar e a dividir os fardos também (Gl 6.2) Muitas vezes nos tornamos resmungões e ranzinzas porque esquecemos de levar nossos sofrimento e sentimentos ruins a Jesus, e de ouvi-lo a nos admoestar, como ele fez com a querida Marta: “Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada” (Lc 10.40-42).
Continuo nessa busca por alcançar um coração sábio, um coração como o de Maria num mundo de Marta; com os olhos fitos no que é eterno, com alegria e satisfação no coração, transmitindo uma fé profícua que sustenta nos dias difíceis, e claro, recheado de canções, e aguardando com grande expectativa o encontro com o meu amado Salvador.
Artigo publicado originalmente na edição 413 de Ultimato.
Imagem: Pixabay.
REVISTA ULTIMATO – LIVRA-NOS DO MAL
O mal e o Maligno existem. E precisamos recorrer a Deus, o nosso Pai, por proteção.
O que sabemos sobre o mal? A que textos bíblicos recorremos para refletir e falar do assunto? Como o mal nos afeta [e como afetamos outros com o mal] e porque pedimos para sermos livres dele? Por que os cristãos e a igreja precisam levar esse assunto a sério?
É disso que trata a matéria de capa da edição 413 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Aprender a Envelhecer, Paul Tournier
» Experiências de jardim e reverência ao Criador, por Klênia Fassoni
» Hinos e cânticos – um presente de Deus para o seu povo, por Shih Li Li Yoshimoto
Por Shih Li Li Yoshimoto

A primeira ideia vem quando a vemos nesse contexto da oração de Moisés, na qual ele nos traz a consciência da brevidade, da fragilidade da nossa vida, e que nossos dias “voam” e, em poucas décadas, nossa vida desaparecerá (v. 10). Somos como a relva, que nasce pela manhã, floresce, mas, à tarde, murcha e seca. Na Nova Versão Transformadora (NVT), esse versículo foi traduzido assim: “Ajuda-nos a entender como a vida é breve, para que vivamos com sabedoria”.
Diante dessa constatação, o piedoso Moisés faz quatro pedidos:
“Satisfaze-nos a cada dia com o teu amor, para que cantemos de alegria até o final da vida” (v. 14).
“Dá-nos alegria em meio ao inevitável sofrimento” (v. 15).
“Que nós e nossos filhos possamos ver a glória e os feitos do Senhor” (v. 16)
“Que a bondade do Senhor seja sobre nós e faze prosperar nossos esforços” (v. 17).
Tais coisas são essenciais para uma vida abundante e significativa: satisfação, cantoria, alegria para aguentar o sofrimento, contemplação e vislumbre da glória de Deus, e ver que os nossos esforços não foram em vão, que frutificaram, perpetuaram e prosperaram.
Outro pensamento me ajudou a entender melhor como “contar os nossos dias” (inspirei-me nas quatro operações básicas de matemática):
Ordenar: definir o que vem primeiro, o que é mais importante – o que me fez lembrar do que Jesus disse sobre “buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
Somar: Uma busca por acrescentar virtudes e aprofundar no conhecimento de Deus, bem mais do que as riquezas e conhecimentos do mundo (2Pe 1.5-9).
Subtrair: Tirar os excessos, os vícios, as distrações e tudo aquilo que nos impede de enxergar Deus e experiementar mais dele, e nos envolver nos negócios de seu reino (Ef 4.22 e Hb 12.1).
Dividir e multiplicar: Para mim, essas duas operações se complementam, pois saber dividir as tarefas, no sentido de não fazer tudo sozinho, saber encarregar e treinar outros faz com que, de um lado, não nos sobrecarreguemos; e, de outro, façamos discípulos e multipliquemos os dons e talentos confiados por Deus a nós (Mt 28.19).
Precisamos aprender a carregar e a dividir os fardos também (Gl 6.2) Muitas vezes nos tornamos resmungões e ranzinzas porque esquecemos de levar nossos sofrimento e sentimentos ruins a Jesus, e de ouvi-lo a nos admoestar, como ele fez com a querida Marta: “Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada” (Lc 10.40-42).
Continuo nessa busca por alcançar um coração sábio, um coração como o de Maria num mundo de Marta; com os olhos fitos no que é eterno, com alegria e satisfação no coração, transmitindo uma fé profícua que sustenta nos dias difíceis, e claro, recheado de canções, e aguardando com grande expectativa o encontro com o meu amado Salvador.
- Shih Li Li Yoshimoto, 55 anos, psicóloga, é mestre em divindades e em aconselhamento bíblico. Fundadora do ministério de formação e capacitação de conselheiros bíblicos Mais Barnabés (@maisbarnabes). Casada com o pastor Daniel Yoshimoto e mãe de Jonathan, Ester e Sayuri.
Artigo publicado originalmente na edição 413 de Ultimato.
Imagem: Pixabay.

O mal e o Maligno existem. E precisamos recorrer a Deus, o nosso Pai, por proteção.
O que sabemos sobre o mal? A que textos bíblicos recorremos para refletir e falar do assunto? Como o mal nos afeta [e como afetamos outros com o mal] e porque pedimos para sermos livres dele? Por que os cristãos e a igreja precisam levar esse assunto a sério?
É disso que trata a matéria de capa da edição 413 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
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» Aprender a Envelhecer, Paul Tournier
» Experiências de jardim e reverência ao Criador, por Klênia Fassoni
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