Opinião
- 18 de setembro de 2024
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A imoralidade de bombardear não combatentes
Por Paulo Ribeiro
Alguns dias atrás, recebi meu exemplar do Boletim da New York C.S. Lewis Society e me deparei com um artigo intitulado: O Homem que Bombardeou a Ética.
O texto faz referência à noite de 9 de dezembro de 1944, quando Thomas Weldon, professor de Filosofia Moral na Universidade de Oxford, proferiu uma palestra controversa. Nessa ocasião, ele defendeu o "bombardeio de saturação" das cidades alemãs, argumentando que essa estratégia aceleraria o fim da guerra e, por fim, salvaria vidas.
Um capelão anglicano, presente na palestra, comentou que "a ética do bombardeio" era, na verdade, "o bombardeio da ética".
Apesar dessas críticas, a campanha aérea da RAF prosseguiu, culminando na devastação de Dresden.
Foi alentador saber que C.S. Lewis, na época, já havia começado a redigir um manifesto contra o bombardeio de civis. Embora Lewis fosse colega de Weldon e compartilhasse responsabilidades acadêmicas em filosofia, ele não permitiu que sua relação profissional comprometesse suas convicções morais.
Lewis se opôs veementemente à postura de Weldon e condenou ativamente o que considerava uma imoralidade em tais justificativas.
À medida que testemunhamos os conflitos atuais na Ucrânia e em Gaza, histórias como essa (de ambos os lados dos conflitos) nos lembram que o "bombardeio da ética" começou há muito tempo e, inquietantemente, muitos (inclusive religiosos) ainda o consideram justificável.
O problema é que essa prática tem sido usada indiscriminadamente ao longo da história humana — incluindo os exemplos do uso de bombas nucleares no Japão e de Napalm, no Vietnã.
No entanto, à luz dos ensinamentos de Cristo, bombardeios que atingem não combatentes são claramente condenáveis, pois violam o amor ao próximo, a misericórdia e a não violência.
A autodefesa pode ser moralmente justificada dentro de um princípio cristão quando protege os inocentes e mantém o respeito à vida, mas não pode ser usada como justificativa para atos indiscriminados de violência que causam sofrimento desnecessário a civis.
Que o Senhor tem misericórdia de nós, e não falhemos naquilo que condenamos (Rm 2.1-3).
REVISTA ULTIMATO – AS BEM-AVENTURANÇAS – MARCAS DE UM NOVO MUNDO
Ultimato quer mostrar a beleza e a atualidade das bem-aventuranças, resgatando seu sentido bíblico e refletindo sobre seu impacto na vida do cristão, da igreja e do mundo.
Este é o desafio: voltar a ler as bem-aventuranças como quem lê a mensagem pela primeira vez, com reverência – para perceber e memorizar as exigências do seguimento – e alegre expectativa.
É disso que trata a matéria de capa da edição 409 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Pessoas: Humanas e Divinas - Ensaios sobre a natureza e o valor das pessoas, Peter van Inwagen
» O Evangelho - Uma mensagem que transforma a vida, John Stott e Tim Chester
Alguns dias atrás, recebi meu exemplar do Boletim da New York C.S. Lewis Society e me deparei com um artigo intitulado: O Homem que Bombardeou a Ética.
O texto faz referência à noite de 9 de dezembro de 1944, quando Thomas Weldon, professor de Filosofia Moral na Universidade de Oxford, proferiu uma palestra controversa. Nessa ocasião, ele defendeu o "bombardeio de saturação" das cidades alemãs, argumentando que essa estratégia aceleraria o fim da guerra e, por fim, salvaria vidas.
Um capelão anglicano, presente na palestra, comentou que "a ética do bombardeio" era, na verdade, "o bombardeio da ética".
Apesar dessas críticas, a campanha aérea da RAF prosseguiu, culminando na devastação de Dresden.
Foi alentador saber que C.S. Lewis, na época, já havia começado a redigir um manifesto contra o bombardeio de civis. Embora Lewis fosse colega de Weldon e compartilhasse responsabilidades acadêmicas em filosofia, ele não permitiu que sua relação profissional comprometesse suas convicções morais.
Lewis se opôs veementemente à postura de Weldon e condenou ativamente o que considerava uma imoralidade em tais justificativas.
À medida que testemunhamos os conflitos atuais na Ucrânia e em Gaza, histórias como essa (de ambos os lados dos conflitos) nos lembram que o "bombardeio da ética" começou há muito tempo e, inquietantemente, muitos (inclusive religiosos) ainda o consideram justificável.
O problema é que essa prática tem sido usada indiscriminadamente ao longo da história humana — incluindo os exemplos do uso de bombas nucleares no Japão e de Napalm, no Vietnã.
No entanto, à luz dos ensinamentos de Cristo, bombardeios que atingem não combatentes são claramente condenáveis, pois violam o amor ao próximo, a misericórdia e a não violência.
A autodefesa pode ser moralmente justificada dentro de um princípio cristão quando protege os inocentes e mantém o respeito à vida, mas não pode ser usada como justificativa para atos indiscriminados de violência que causam sofrimento desnecessário a civis.
Que o Senhor tem misericórdia de nós, e não falhemos naquilo que condenamos (Rm 2.1-3).
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Este é o desafio: voltar a ler as bem-aventuranças como quem lê a mensagem pela primeira vez, com reverência – para perceber e memorizar as exigências do seguimento – e alegre expectativa.
É disso que trata a matéria de capa da edição 409 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
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» Pessoas: Humanas e Divinas - Ensaios sobre a natureza e o valor das pessoas, Peter van Inwagen
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Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade de Manchester, na Inglaterra, foi Professor em Universidades nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Holanda, e Pesquisador em Centros de Pesquisa (EPRI, NASA). Atualmente é Professor Titular Livre na Universidade Federal de Itajubá, MG. É originário do Vale do Pajeú e torcedor do Santa Cruz.
>> http://lattes.cnpq.br/2049448948386214
>> https://scholar.google.com/citations?user=38c88BoAAAAJ&hl=en&oi=ao
Pesquisa publicada recentemente aponta os cientistas destacados entre o “top” 2% dos pesquisadores de maior influência no mundo, nas diversas áreas do conhecimento. Destes, 600 cientistas são de Instituições Brasileiras. O Professor Paulo F. Ribeiro foi incluído nesta lista relacionado a área de Engenharia Elétrica.
>> http://lattes.cnpq.br/2049448948386214
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Pesquisa publicada recentemente aponta os cientistas destacados entre o “top” 2% dos pesquisadores de maior influência no mundo, nas diversas áreas do conhecimento. Destes, 600 cientistas são de Instituições Brasileiras. O Professor Paulo F. Ribeiro foi incluído nesta lista relacionado a área de Engenharia Elétrica.
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