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Palavra do leitor

Tabernáculo, Templo e Sinagoga

Depois de tirar Israel do Egito, Deus ordenou que Moisés fizesse um Tabernáculo, uma grande tenda, que seria o local de culto no deserto. Além da ordem, Moisés recebeu instruções minuciosas sobre a obra, especificando desde a madeira da arca até os colchetes das cortinas. Todas as medidas, formas, cores e texturas estavam determinadas (Ex.25-27).
Alguns séculos mais tarde, o velho tabernáculo seria substituído pelo templo em Jerusalém. Embora sua construção tomasse por base a estrutura registrada por Moisés, o rei Salomão foi muito além, aumentando diversos itens em tamanho, quantidade e valor.
O Tabernáculo tinha um pavimento, um altar de sacrifício, um altar de incenso, uma mesa, um candelabro e uma arca. O templo tinha 3 andares. Em lugar da pia original, havia 10 pias móveis sobre rodas e um grande reservatório de água sustentado por 12 bois esculpidos em bronze. No santuário havia 10 candelabros de ouro e 10 mesas para os pães da proposição. As antigas peles que formavam a tenda foram substituídas por paredes revestidas em ouro, com figuras de querubins, palmeiras e flores. Somente a arca da aliança era a mesma do tabernáculo anterior (2Cr.3-4).
Se lá estivéssemos, talvez reprovaríamos a obra do rei, acusando-o de ser megalomaníaco e de ter mudado o projeto que Deus deu a Moisés. Porém, o Senhor aprovou a obra.
“E os sacerdotes não podiam permanecer em pé, para ministrar, por causa da nuvem; porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus” (2Cr.5.14).
Moisés havia feito o que Deus mandou. Salomão fez mais e não menos, mas o essencial foi mantido, pois não poderia ser abolido.
Passados mais alguns séculos, o templo foi destruído pelos babilônios e os judeus foram levados cativos. Depois de cativeiro, os judeus voltaram a Jerusalém, reconstruíram o templo e assim terminou o período do Antigo Testamento.
Quando lemos os Evangelhos, encontramos, além do templo, as sinagogas, ou seja, pequenos locais de reunião dos judeus para oração e ensino. Teólogos sugerem que as sinagogas tenham sido uma invenção dos judeus durante o cativeiro na Babilônia. Estando longe de Jerusalém e sem o templo, eles teriam criado esses novos locais de culto.
Se pudéssemos viajar no tempo e visitar a Palestina nos dias de Jesus, é possível que nos tornássemos contrários às sinagogas, argumentando que Deus nunca mandou que fossem construídas.
Entretanto, Jesus frequentava as sinagogas e ali curava e ensinava (Mt.4.23; 9.35). Isso não quer dizer que ele tenha aprovado tudo que o judaísmo criou, mas indica que o problema judaico não estava relacionado aos lugares, mas às pessoas, seu relacionamento com Deus e como se comportavam onde quer que estivessem. Errado era açoitar alguém na sinagoga ou matar no templo (Mt.10.17; 23.35), bem como em qualquer outro local.
Jesus priorizou o ser humano e combateu o pecado, não se preocupando em combater as sinagogas inventadas sem autorização de Moisés.
Se Jesus viesse fisicamente às nossas igrejas hoje, encontraria muitas invenções. Muitos cultos contam com guitarras, baterias, contrabaixos e teclados. Se dependêssemos de precedente mosaico, apenas o shofar seria aprovado, mas não dependemos. Jesus ficaria incomodado com tudo isso? (Talvez, se o volume estivesse muito alto). Mas sua prioridade continuaria sendo as pessoas. Ele falaria contra o pecado, ensinaria sobre o reino de Deus e realizaria muitos milagres.
Conheço pessoas que censuram até os seminários e a escola bíblica dominical sob o argumento de que tais coisas não se encontram na bíblia. Certamente, essas mesmas pessoas combateriam o templo de Salomão e as sinagogas judaicas, se lá estivessem.
Outros sentem-se muito incomodados com as luzes coloridas usadas em alguns cultos, mas aceitam os modernos instrumentos musicais e outros itens do aparato tecnológico. Cada um deve cultuar à sua maneira, sem contrariar as Escrituras, mas usando da liberdade cristã para ser criativo enquanto não estiver pecando.
O problema dos nossos dias não é luz colorida nem os instrumentos musicais, mas a prostituição, o adultério, o divórcio, o homossexualismo, a exploração em nome da fé, a corrupção e a heresia. Não permitamos que a forma tire nossa atenção do conteúdo. O que nos ameaça hoje não é a luz colorida, mas a possibilidade de uma vida nas trevas do pecado. Nossa adoração pode ser à capela ou acompanhada por uma orquestra, mas, se não for em espírito e em verdade, será inútil.
Muito do que existe hoje não existia nos dias de Jesus e, se existisse, não faria diferença alguma no mundo espiritual. Devemos estar atentos ao que Jesus considerava importante, conforme lemos nos evangelhos. O resto é secundário.
Se não combatermos o pecado e ficarmos perdendo tempo com discussões supérfluas, seremos como os fariseus: coando mosquitos e engolindo camelos.
Afinal, nós somos o templo do Espírito Santo, habitação de Jesus e em nossas vidas a glória de Deus deve se manifestar. É assim que seremos aprovados.
Belo Horizonte - MG
Textos publicados: 27 [ver]
Site: http://anisiorenato.blogspot.com.br/
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