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Palavra do leitor

Somos todos teólogos? O legado de Sproul

O grande pastor e teólogo reformado R.C. Sproul teve uma obra publicada recentemente no Brasil pela Editora FIEL, com este mesmo título, que consiste em uma teologia sistemática, concisa e acessível em que o autor escreveu sobre as principais doutrinas da fé cristã visando o grande público evangélico, e os leitores não especializados, mas interessados por boa teologia. Qualquer um que conheceu, ou teve acesso aos inúmeros artigos, aulas, palestras, ou mensagens expositivas do ministério do dr. Sproul, no Ligonier Ministries, na sua Igreja local, ou como preletor requisitado na tradição reformada em diferentes meios, sabe muito bem sobre esta sua ênfase em popularizar, a teologia para um público mais amplo nas igrejas locais. Eu, e certamente muitos outros líderes e muitos cristãos em geral, tenho esta imensa dívida para com este servo do Senhor.

Para responder esta pergunta título da matéria, poderíamos falar de três sentidos básicos da teologia.

1. Sentido amplo. Por esta perspectiva podemos afirmar que todos são teólogos. Isto porque o ser humano é teoreferente, ou seja, ele vive na perspectiva de Deus. Na linguagem de Paulo em Atenas, nele (Deus), vivemos (bios), movemos (físis) e existimos (ontos). Estas eram as maiores indagações filosóficas e científicas que os gregos procuravam descortinar. Paulo com eloquência demonstrou que todas estas áreas têm o seu sentido, propósito e nexo causal na própria revelação deste grandioso Deus, que é a fonte e a base de toda existência. Assim podemos reconhecer com o Dr. Sproul que todos os homens estão sempre emitindo posições teológicas. Ainda que de maneira errônea e imperfeita, quer saibam ou não, estamos sempre nos posicionando sobre Deus. O próprio fato de Deus haver revelado a algo de si mesmo (revelação geral), faz com que consideremos que os homens emitirão conceitos teológicos. Contudo, a queda e os efeitos noéticos (na mente) decorrentes da entrada do pecado no mundo afetaram e muito esta percepção da revelação de Deus, e sabemos, a luz das escrituras, que os corações e intelecto humano, foram severamente afetados pelo pecado. E embora tenhamos severas dificuldades epistemológicas envolvidas aqui, é neste sentido amplo que se costuma falar sobre uma teologia natural, ou acerca da possibilidade de uma teologia acadêmica, compreendida como um estudo do fenômeno religioso, e das crenças e práticas religiosas.

2. Sentido restrito. Aqui nos referimos teologia como expressão da fé cristã, derivada das escrituras como revelação especial. O pressuposto desta teologia é a fé em Deus, por meio de Jesus Cristo. Neste sentido a teologia é "Fides Quarens Intelectus", "Fé em busca de Compreensão" (Anselmo). Esta teologia é um ato, e expressão de todos os piedosos, de todos os cristãos, que desejam conhecer as implicações de sua fé. Deus não é objeto de interesse apenas dos ministros ordenados, mas sim de todos os crentes verdadeiros. Aqueles que tem acesso à revelação de Deus devem conhecer o tesou e legado desta revelação. Deuteronômio 29.29. Agostinho, faz uma reveladora indagação acerca de sua motivação para o empreendimento teológico. Diz ele: "O que eu amo agora que eu te amo?". Ele desejava conhecer profundamente o Deus a quem ele amava, e que na linguagem da Teologia de Joanina o amou primeiro. Teologia não apenas ato cognitivo, mas da vontade, das afeições e do coração. O motor da teologia é o amor a Deus, a pressuposição é a fé, a condição desta teologia é a revelação de Deus.

3. Sentido doxológico. Num terceiro sentido, teologia é devoção. Para o grande teólogo Reformado Anglicano James Packer, doxologia reflete o propósito último do labor teológico que consiste no louvor a Deus e, na prática, da piedade. (Vide J.I.Packer, Teologia Concisa.) Assim neste terceiro ponto enfatizamos que a teologia, como empreendimento deve ser "Coram Deo", perante Deus, e para a Glória de Deus. Uma teologia produzida perante o Senhor, pressupõe que Ele, existe e é galardoador (recompensa) de todos aqueles que o buscam. Este temor, corresponde ao senso de transcendência, que consiste em reconhecermos que todos os nossos atos, públicos ou particulares são realizados diante de nosso Pai, que vê em secreto. É preciso reconhecer que Jesus condenou severamente alguns líderes religiosos do seu tempo. A acusação de nosso Senhor é que estes homens procuravam a glória e o reconhecimento uns dos outros, mas negligenciavam a glória do Deus único e verdadeiro (João 5.41-44). O oposto ocorre com os verdadeiros discípulos de Jesus. E ele mesmo, intercedendo por eles na oração sacerdotal destacou que eles haviam glorificado ao Filho e ao Pai. Eles conheciam a Deus. (João 17.10). Estes discípulos embora iletrados e rudes nos termos, do judaísmo rabínico, de meados do primeiro século. Apesar de indoutos no método teológico formal tinham uma grande credencial de seu apostolado. Estes homens haviam estado com Jesus; e por consequência conheciam o Pai e glorificavam a Deus.
Cuiabá - MT
Textos publicados: 32 [ver]
Site: http://verticais.blogspot.com

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