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Palavra do leitor

Ser mãe, muito mais dos nove meses!

‘’Mãe, ser mãe, um caminho de ser cativante e perseverante, uma narrativa que não se afeiçoa aos muros das justificativas, porque vai além dos noves meses e se aventura pelos enredos dos abraços, dos risos, das lágrimas, das perdas, dos abandonos, dos recomeços, do derradeiro sopro, da morte e, em suma, pela vida’’.

Mãe, alguém poderia, sincera e honestamente me oferecer uma definição? É bem verdade, os tempos mudaram, mesmo. O homem desbravou mil e um obstáculos, chegou a lua, apesar dos ecos de desconfianças, vive a era da conexão, do tempo real, das ininterruptas novidades da cultura digital e virtual. Agora, mãe parece e prossegue ser mãe, com todas as alternâncias de um estilo de vida de demandas e buscas. De certo, ao folhear pelas linhas e entrelinhas da história, encontravam – se, lá, como numa espécie de sacerdócio silencioso, com a tarefa de perpetuar a espécie, porque as resumiam dessa maneira, todavia, as buscas por transformações se fizeram e se fazem perceber, em nosso cenário de ser e existir. Aliás, mãe não tem etnia, não tem raça, não tem cor, não tem pele, mas tem tudo isso e muito mais. O muito mais de, seja qual for, a condição ou particularidade de ordem social, econômica, política, cultural, religiosa, geográfica: são mães. Não paro por aqui, ser mãe de forma alguma se limita as fronteiras de um aspecto biológico, de um processo de nove meses, porque transcende, vai além, rompe e irrompe com os próprios ponteiros da vida e de nada adianta questionar (podem alegar ser superproteção, não aceitar o voo da prole, sei lá), mãe é mãe, é meu filho (a), pronto e acabou. Devo dizer, em meio a tantas redefinições dos papeis das relações, homem e mulher, mãe não arreda o pé e, até hoje, nenhuma substituição pode ser feita. Vou adiante, mãe chora, trilha pela depressão, tem perdas, carrega cicatrizes irremovíveis, por causa disso, levanta para enfrentar o dia – a – dia, escreve mestrado, digita afetos e emoções, ideias e sonhos no coração de outros, é fitness, atua na segurança, pilota avião, esportista, namora, se refaz no amor, não aceita ser palco de violência, de abuso, de arbitrariedade e de covardia. Mais uma pinçada, mãe envelhece e seu olhar, estranhamente, se revigora, até porque passar anos a fio, já discerne se estamos bem ou não, se vacilamos ou não. Sei lá, as vezes, suspeito, serem dotadas de um pressentimento! Retomo a desfiar as palavras, esfarrapadas intenções e finalidades, de pintar o quadro de ser mãe, da mãe e seus doces, da mãe e suas sentenças, da mãe e suas poesias, da mãe e seus partos, da mãe e seus sermões, da mãe e sua voz, da mãe e sua direção, da mãe e sua dedicação, da mãe e suas inquietudes, incertezas, receios e inseguras.

Em outras palavras, trago a tona o quanto ser mãe envolve ser muito mais de jargões, de clichês, de rótulos impostos, de padrões a serem seguidos, de moralismos a serem incorporados. As vezes, consideramos mães, conforme descrito nas escrituras – sagradas, como figuras irreais, sem mácula, acima do bem e do mal, autênticas entidades ilibadas, como sem nenhum verniz de erros e equívocos. Presumidamente, foram mulheres sujeitas aos mesmos, dentro do contexto do qual participaram, nevoeiros da vida, erraram, não acertaram sempre, nem todos os atos e práticas foram louváveis, porém, espelha - nos a honestidade de uma Ana, na fronteira da descrença, a coragem de uma Noemi para se levantar, o destemor de uma Bate – Seba para ir adiante, o risco de uma Maria, diante de uma gestação tão singular e, no presente momento, quem continua a fazer isso, são vocês, mães de todas as realidades e biografias.

Por fim, parabéns, por essa fé materna, por essa palavra afável, alegre, amorosa, por essa alma tenaz ou intensa, por essa resiliência afetuosa, por essa presença notória e nítida, por esse amor que não se compra, troca, mas sim escolhe o viver e o viver em favor do outro.
São Paulo - SP
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