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Palavra do leitor

Sempre que puder, evite falar "palavrões'

Quem será que inventou os "palavrões"? Sempre tive esta curiosidade, mas nunca consegui descobrir de onde vieram ou por quem foram criadas estas palavras ou gestos que enchem o dia a dia de tantas pessoas.

A primeira vez que falei um palavrão - e não era um daqueles palavrões que ouvi tantas vezes depois - tomei um tapa na boca para nunca mais repetir aquilo. Me lembro muito bem deste episódio. Não era um palavrão destes clássicos e nojentos, era um do tipo: "fdp", que hoje é uma palavrinha que está na boca de qualquer criança como se fosse um doce. Mas ele, o palavrão, me custou muito caro e a reprimenda me serviu e me serve até hoje, considerando que nunca mais falei palavrões ou similares. Meu pai me ensinou e, acima de tudo, deu-me o exemplo e eu aprendi e hoje evito ao máximo qualquer palavra que não seja agradável aos ouvidos e benéfica ao espírito. Sempre que puder, evite falar palavrões.

O pior do palavrão é que muita gente fala, mas não pode escrever. Como escritor, eu gosto de escrever aquilo que falo, com mais capricho e arte, ás vezes com rima, métrica e ritmo. Coisas de poeta. E o palavrão não cabe dentro da escrita, portanto não tem o seu lugar na poesia. Por ser assim, eu não quero graça com essas palavras que não podem aparecer nos meus versos, nem nas minhas crônicas. Se fossem boas e benéficas não seriam censuradas, não teriam que ser usadas com moderação. Prefiro as minhas palavras, minhas amigas do dia a dia que me acompanham e formam meus versos simples, porém tocantes e bem diretos. Não preciso de palavrões para compor a minha ode, o meu drama ou o meu romance.

Dizem que falar palavrão é uma arte. Portanto, é coisa de artista. Tem gente que faz do palavrão a sua arte e até ganha dinheiro com ele. Não entendo bem esta arte paradoxal, estranha e destrambelhada. Palavrão-arte? Só se for para falar e representar em algum lugar suspeito e proibido. Já ouviu alguém falar palavrão na igreja? Eu já ouvi, mas a pessoa em questão pediu desculpas e disse que "escapou". Isto é muito raro acontecer, mas já aconteceu, eu estava presente e ouvi. No fundo, no fundo, fiquei com pena daquela pessoa. Mas isto é uma exceção. Hoje, palavrão é regra, está na boca das crianças da escola que sabem tanto que daria até para fazer um dicionário. Mas, palavrão não se pode ou não se deve escrever e dicionário é escrito para a gente ler e aprender. Aliás, é uma de minhas leituras prediletas.

É chocante quando alguém solta uma dessas palavras obscenas em público e logo em seguida solta outra e outra e mais outra... No transito elas estão presentes, no campo de futebol então nem se fale. O primeiro a ser "homenageado" é o árbitro da partida, depois o bandeirinha, o atacante, o beque, o goleiro, o técnico... Uma pessoa me disse que falar palavrão é bom e é recomendado pelos médicos. Eu fiquei pensando: por que então os médicos não receitam palavrões para tomar após as refeições? A posologia seria mais ou menos: um palavrão três vezes ao dia para crianças. Para adultos, dobra-se a dose. Agite bem antes de usar. Não tem contra indicação. Vide bula. E segue a receita assinada pelo médico de plantão. Falando sério, palavrão nunca se deve falar, pois o efeito dele é muito danoso aos ouvintes e, principalmente, á pessoa que fala. Só se escapar, mas mesmo assim é bom pedir desculpas aos ouvintes, afinal, as pessoas não tem culpa de nossa irritação, de nossa noite mal dormida ou de nossa falta de comida, falta de dinheiro ou sei lá mais o que.
Mogi Guaçu - SP
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