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Palavra do leitor

Os milagres da terra

“E, no outro dia depois da páscoa, nesse mesmo dia, comeram, do fruto da terra, pães ázimos e espigas tostadas. E cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto da terra, e os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano comeram dos frutos da terra de Canaã” Jos 5; 11 e 12

Durante a peregrinação pós-êxodo, a Bíblia nos relata que, por quarenta anos, Deus enviou alimento do céu, ao seu povo; entretanto, uma vez introduzido na terra de Canaã, a milagre cessou. Não era mais necessário que o céu fizesse o que a terra poderia fazer. Então, sem a pretensão de explicar o que é um milagre, parece plausível concluir que, no caso, foi uma intervenção sobrenatural, para suprir o que não poderia ser feito pelo caminho natural; superado isso, o milagre deu lugar à natureza.

Embora em muitos segmentos evangélicos, a “mão de Deus” só pode ser vista se houver manifestações sobrenaturais, a Bíblia não ensina assim; aliás, Paulo evoca a perfeição da natureza como uma evidência inequívoca da existência de Deus, um “milagre” que todos podem ver. “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1; 20

Seguido faço minhas “orações”, digo, planto flores, hortaliças, Deus envia sol e chuva, e o milagre da vida acontece. Sim essa cooperação Deus-homem é parte do projeto desde que Ele pôs Adão a cultivar o jardim.

O Criador segue fazendo Sua parte, como disse Paulo;
“E contudo, não se deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos,” Atos 14; 17.

Dito isso, não espero ser entendido como alguém que não crê em milagres, pois, os recebi e presenciei. Mas, o que desfila diante de nossos olhos, já nem é a crença nos milagres de Deus, antes, em fetiches milagrosos, óleo, sal, terra, fitas, água etc. que essa turba de salafrários disfarçados de evangélicos, empurra nos incautos.

A meta, sempre a mesma, prosperar. Se possível, deixar de ser empregado, para ser patrão. “Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo;” Ef 6; 5 A ideia de Paulo era que, na condição de servos, fosse mantida a obediência exemplar, não buscado um fetiche que faria virar senhor.

Essa choldra atiça o que há de pior na natureza humana, egoísmo, ganância; natural que o “fogo” pegue. Usam e abusam do texto de Deuteronômio onde Deus diz que os seus seriam cabeça e não cauda, para “provar” que é vontade Dele que, sejamos ricos. Isaías tinha interpretação diversa: “O ancião e o homem de respeito é a cabeça; e o profeta que ensina a falsidade é a cauda.” Is 9; 15

A terra, pois, está repleta de milagres, mas, estamos ocupados demais para ver. Nosso cuidado com a vida é pontual, como nas grandes tragédias, onde, contritos fazemos um minuto de silêncio; depois, temos o resto do dia para bailar, afinal, a vida é um grande carnaval... enfim, não é precisamente para isso que as pessoas buscam prosperar, para “curtir a vida”?

Quanto a mim, para viver a vida, basta estar vivo e saudável, me é aprazível cooperar com Deus, como disse em certo poema;

“A ilha da fantasia do imaginário popular,
Oculta o baú da independência financeira;
Muitos mapas pretendem mostra o lugar,
E a plebe corre, sem pejo, dando bandeira...

Que a grana fácil qual venal prostituta,
assanhe com herança, benesses, loteria;
Ora sou gajo adestrado pronto pra luta,
Que mal tem em matar um leão por dia?

Sei bem do sonho louco de filhos e da filha,
De fazer a dependência escorregar no quiabo,
Aí romperão presto as cordas da família,
Para caírem nas malhas fartas do diabo...

Sem demanda impera apenas o fácil prazer,
Mas, mesmo esse, se demasiado enfastia;
Na falta de algo decente para se fazer,
Muito filho de papai sai fazendo porcaria...

Já pensou, um golpe de sorte assim do nada,
Como numa loteria acumulada ela chegar,
Junto com o tédio de Alexandre, o Grande,
Por não ter mais nada para conquistar?

O peso de cada dia meu ombro aguenta,
O Pai não me deu cruz desproporcional;
Deu-me o milho, a terra, eu faço a polenta,
Que a fantasia engane trouxas lá no carnaval...
Tio Hugo - RS
Textos publicados: 328 [ver]
Site: http://ofarol21.blogspot.com.br

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