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Palavra do leitor

Olhai os lírios do campo

Agora é o tempo de plantar. É tempo de chuvas. Decidi plantar um jardim e um pomar. É bom usar chapéu, protetor solar, luvas, pás, botas, mas não vou usar rótulos, nem agrotóxicos e nada de manuais genéricos ou receitas prontas. Quero desaprender se necessário for. Preciso de um projeto original e compatível com o tipo de terra que existe no cerrado, com o clima do planalto e com a realidade da minha casa. Quero experimentar a vida e essa é a minha chance.

Preciso aprender sobre as estações do ano, interpretar melhor a face dos céus e os sinais dos tempos, saber mais sobre a terra onde se está plantado. Quero discernir o que é importante do que não tem valor algum. Gosto do cheiro do mato, do afago da terra e dessa intimidade. Sei que quem põe a mão no arado não pode olhar pra trás, mesmo quando isso inclui eventuais unhas quebradas, espinhos, dores de cabeça, de coluna, joelhos no chão... “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lm 3:21).

Quero me ater demoradamente ao ciclo de vida da frágil criação e com a reverência de quem está num santuário vou retirar as sandálias dos pés e entender o sentido mais profundo de nossa dependência de Deus. Perceber que, tanto eu como estas plantas, não sobrevivemos sem luz. E que como as sementes precisamos morrer para viver e produzir frutos. Sentir que como a terra seca precisamos da chuva. Veja como o Senhor veste os lírios do campo! Se Deus assim cuida da erva que hoje nasce e amanhã já não existe, vou assistir calada à poda das árvores e confiar que a limpeza do Jardineiro fará com que ela produza mais fruto ainda (Jo 15:2). Moisés contemplou uma planta ardendo no fogo, era uma sarça que não se consumia (Ex 3:3).

No meu jardim as plantas não terão nomes científicos tipo Evolvulus glomeratus. Vamos dar nomes a tudo, inclusive aos canteiros: “Praça das amigas”, “Cantinho dos namorados” e um “Recanto da Vovó”. É preciso considerar nos diferentes tipos de plantas, identificar laços comuns, acenar para os vizinhos e cultivar amigos. Entender essa coisa de raiz e afrouxar expectativas, de modo a dar-lhes espaço para crescer e se modificar. Acredito na transformação de áreas aparentemente difíceis e complicadas. Quero um jardim artesanal e acolhedor que quebre a dureza de alguns elementos.

Sei que há um momento certo para se arrancar a erva daninha sob pena de vir junto a planta boa. Conhecemos as árvores pelos frutos, embora haja tantos frutos artificiais. É bom considerar que tantos semeiam muito e recolhem tão pouco (Ag 1:6). Por isso, quero perfilar a árvore plantada junto à corrente de águas, a figueira estéril e meu velho pequizeiro que já é patrimônio histórico de família. Vou fotografar as aves que roubam a semente exposta e aquelas sementes que são pisadas pelos homens. Temos que nos livrar das ilusões de que a grama do vizinho (muitas vezes estrangeiro) sempre parece ser mais verde que a nossa.

"O Reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra e dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como" (Mc 4:26-27). O Reino de Deus é simples assim, do jeito que Cristo com tamanha simplicidade revelou aos pequeninos. Se aprendemos diferente, urge desaprender e voltar a ser criança. Quer brincar no jardim?

professoraebd.blogspot.com 
Brasília - DF
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