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Palavra do leitor

O grande milagre

Outro dia, depois de chegar em casa muito triste e abatida, comecei a orar e a clamar para que Deus intervisse na situação em eu que estava vivendo. Há mais de três anos venho orando e pedindo a Deus por um milagre e por enquanto nada aconteceu. Pelo contrário, naquele dia em especial estava muito chateada porque mais um agravante havia acontecido e o problema tinha se complicado um pouco mais. Com a alma angustiada e triste dobrei meus joelhos e comecei a chorar e a cantar a música "Hoje o meu milagre vai chegar. Eu vou crer, não vou duvidar.O preço que foi pago ali na cruz. Me dá vitória nesta hora".

Como eu anseio que Deus ouça o meu clamor e atenda o desejo do meu coração. Tenho orado e pedido a Deus dia após dia. Entretanto, não posso negar que dentro de mim muitas vezes ecoa aquela pergunta: "E se esse milagre que eu tanto espero não acontecer?".

Sei que muitos diriam que esse é um pensamento que jamais poderia passar pela minha cabeça. Talvez para muitas pessoas esse seja exatamente o motivo pelo qual Deus ainda não me atendeu. Mas não posso fechar os olhos para a realidade que me cerca.

Muitas vezes oramos, intercedemos e jejuamos por alguma situação e ao final o resultado não era exatamente o que tínhamos em mente. Recentemente uma grande amiga teve sua filhinha prematuramente. Durante o tempo que ela esteve na incubadora, muitas e muitas pessoas, igrejas inteiras, oraram e intercederam por aquela criança que fora tão aguardada por seus pais. Infelizmente ela viveu apenas por vinte dias.

O que fazer nessa hora? Achar que minha fé não foi suficiente para acreditar que Deus pode operar milagres? Achar que Deus não está nem aí para minha vida? Dizer que Deus é injusto e abandonar a minha fé?

Por trás da minha pergunta inicial “e se o meu milagre não acontecer?” levanto a questão da minha relação com Deus. Amo a Deus verdadeiramente ou amo as bênçãos que recebo dele?

Ricardo Barbosa, em seu livro O Caminho do Coração, no primeiro capítulo discorre sobre os acontecimentos na vida de Jó e fala sobre a teologia construída por seus amigos. A teologia da retribuição. Essa teologia, segundo Barbosa “é uma teologia que leva o homem a buscar e servir a Deus pela recompensa que pode receber, e não pelo amor e afeto desinteressado que tem pelo Senhor”. Mais à frente Ricardo acrescenta: “O ponto central que envolve o dilema de Jó, nossa espiritualidade e a suspeita de Satanás, é se somos capazes de fazer tudo o que normalmente fazemos para Deus mesmo quando ele não nos recompensa com bênçãos materiais e/ou espirituais. Sou capaz de contribuir generosamente, mesmo quando não recebo de Deus nenhuma recompensa pela minha generosidade e fidelidade? Sou capaz de amar a Deus e servi-lo com integridade e temor, mesmo quando estou passando pelo vale árido da minha alma? Sou capaz de orar, mesmo quando não ouço mais a sua voz? Este é o ponto central que envolve a doutrina da retribuição. Que testemunho eu teria a dar sobre Deus, seu amor, graça, bondade e misericórdia, quando não há nada de concreto para contar ou afirmar? Não há nenhum carro novo, nenhuma promoção no trabalho, nenhuma cura, nenhuma revelação, nada. Apenas Deus”.

Até que ponto conseguiria passar por tudo que Jó passou e não maldizer o nome do Senhor, mas continuar crendo que Deus está no controle, apesar de toda a catástrofe ao meu redor?

Por essa razão tenho pedido a Deus um milagre muito maior. O milagre de poder crer que Ele está no controle da situação e que Ele está a par de toda e qualquer circunstância que acontece na minha vida e que nada escapa aos seus olhos. Quero o milagre de crer que a vontade do Senhor é boa, perfeita e agradável para minha vida. Quero crer que tudo que acontece na minha vida coopera para o meu bem. Quero aprender a amar a Deus pelo que ele é e não somente pelas bênçãos que recebo dele. Quero aprender a me alegrar em Deus pelo privilégio de ser sua filha . Quero mesmo diante da frustração, da tristeza e das lágrimas que muitas vezes enfrento dizer que Deus é o meu Deus e nele me alegro.

Vou continuar, sim, orando pelo meu milagre, vou continuar cantando que Hoje o meu milagre vai chegar. Entretanto, mais do que qualquer coisa quero poder dizer como o profeta Habacuque disse: “Mesmo não florescendo a figueira e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação” (Habacuque 3. 17-18)

Que Deus me guie nesse caminho. Amém!
Brasília - DF
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