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Palavra do leitor

Lealdade no aconselhamento pastoral (2)

Augusto Gabina. Pr. Ass de Deus em Slz/MA e Defensor Público.

O que se busca em um Líder-Pastor? Qual a nota que você dá ao seu líder no âmbito de avaliação pessoal nas seguintes áreas: Espiritual, Familiar, Financeira, Mental, Física, Social, de 0 a 10? Paul MEYR e Randy SLECHTA assinalam que: “Líderes altamente eficientes baseiam sua liderança sobre um fundamento de três valores principais: integridade, coração de servo e mordomia. Isso define o crescimento de qualquer organização e é o que promove equipes boas e produtivas. Líderes que desejam confiança, compromisso e lealdade de sua equipe devem primeiro desenvolver essas qualidades neles mesmos. (....) Integridade cria um efeito de confiança, um coração de servo gera compromisso ao líder e à organização, e mordomia garante que a equipe desenvolva seu completo potencial, o qual estimula lealdade”.

O papel do líder permite tanto tomar iniciativa de ir ao encontro da pessoa a ser aconselhada, como por esta ser procurado. Ilustra bem nesse sentido CLINEBELL: “Muitas pessoas que procuram assistência pastoral para problemas pessoais sofrem de consciências distorcidas, imaturas ou vazias. Muitas vezes, elas não estão conscientes das raízes éticas de sua dor.” (Aconselhamento Pastoral). A questão é quando o problema está no desvio de caráter do próprio aconselhador, marcado pelo engodo (estelionato), deslealdade e relativismo sexual.

Trago à baila a lição de John STOTT: “Todos os padrões morais que nos cercam estão se desfazendo. (...) o relativismo permeou a cultura e tem se infiltrado na igreja (...). Não devemos ser como caniços agitados pelo vento, dobrando-nos diante das rajadas da opinião pública, mas tão inabaláveis quanto pedras em uma correnteza.” (O discípulo radical). Não é a toa que nesse contexto tem apontado um fenômeno, no meio evangélico, daqueles que andam de Igreja em Igreja, de reunião em reunião, de vigília em vigília, sem, contudo, ter nenhum vínculo ou relacionamento que possa se comprometer com a obra de Cristo. Correm atrás de “bênção”, de “poder restaurador” e logo o “restaurante” que melhor oferecer o cardápio do dia receberá esse cliente, porém tão certo como a busca se deu por interesse egoístico, esse mesmo "amigo" de hoje será desleal amanhã, e por pouco tempo ficará frequentando aquele ambiente.

Assim como, o “homem de Deus” que liderou de forma fraudulenta a liturgia do culto da mesma forma também será tratado. “Tudo o que estiver no comando será encontrado nas fileiras.” (HEWARD-MILLS). Continua “Um cristão precisa ser leal, pois o diabo não sai de férias. (...)”. STOTT, de forma límpida aborda como deveríamos ser: “Se afirmamos ser cristãos, devemos ser como Cristo.”. Portanto, a integridade como traço do caráter do pastor-aconselhador deverá ser objeto de avaliação pelo cristão. Não precisamos viver desesperadamente em busca de “novidade”, deveríamos sim ser paciente e perseverante na sã doutrina, aprendermos com o exemplo de disciplina de Davi, quão disciplinado foi para suceder o trono das mãos de Saul, mesmo sabedor das promessas de Deus para sua vida, não antecipou em nenhum momento, aguardou pacientemente, não deu golpe, não foi desleal, simplesmente aguardou o tempo de Deus.

A Bíblia destaca a fidelidade de Rute. Noemi tinha duas noras, Orfa e Rute, que, mesmo viúva, desimpedida para novo relacionamento, tendo sido despachada pela sua sogra a dar continuidade em sua caminhada, porém, Rute optou em se “apegar” a sua sogra, “aonde quer que tu fores, irei eu”. Não se apressou; foi paciente, disciplinada, cuja lealdade recompensada por Deus. Não digo a mesma coisa de Jefté, com seu voto precipitado, sua vitória teve o gosto amargo da derrota, de Miriã que enfrentou Moisés, seu irmão, em pleno deserto estressante, por Deus foi considerada desleal, recebendo o juízo merecedor, de Saul que foi um rei considerado desleal por deixar o ensino da lealdade em busca de uma aventura no mundo espiritual que era reprovada por Deus (1Sm 28. 1-19; Cr 10.13,14), de Aitofel que foi um conselheiro que se frustrou ao chegar ao poder, pois tinha seus propósitos egoístas (2Sm 17.23), do Rei Zinri que usurpou o trono por traição e sangue, no final viu-se derrotado pelo exército inimigo (1Rs 16. 18,19), de Judas, embora tivesse presenciado muitos milagres e conhecer de perto o Mestre, com ele bebia, comia e ouvia seus ensinamentos, nada disso foi suficiente para impedi-lo de se rebelar. Em todos esses exemplos de vida temos traços de caráter.
São Luis - MA
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