Escrituras... Sagradas?

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Sou avessa a qualquer tipo de igreja institucionalizada, mesmo àquelas comunidades cristãs que se unem sob o comando de um intermediário de Deus para se excluir e discriminar o todo. Para mim e um grupo que tem se tornado cada dia maior, a igreja de Cristo não tem aparência externa, os seus membros têm um único e suficiente pastor - Jesus Cristo, somos guiados pelo ES e estamos inseridos na grande comunidade do mundo ou, pelo menos, da parte dela que está ao nosso redor. Atualmente, para muitos, a bíblia não é mais relevante, nem seus escritos sagrados/inspirados. Não para mim.

Ao meu ver, os seus livros, independente da intenção com que foram traduzidos e organizados na bíblia por "quens" o fez, trazem em essência, uma mensagem subliminar prá lá de metafísica, que um dia salvará uns e condenará outros.

Creio também que a Palavra é mais luz incandescente, que revela minuciosamente o coração de cada um, que um manual de conduta ou oráculo onde os "sem fé" vão buscar modelos uniformes e congelados de conduta, sem atentar para o espírito; e isto vai muito além da cognição e da racionalidade.

A conduta (comportamento) está baseada na lei, aquilo que pode ser visto (aparência) e julgado pelos homens como bom ou mal, e está diretamente ligado ao meio, cultura ou civilização onde cada um de nós foi criado. Coisa de nós humanos.

A palavra da Verdade é capaz de revelar Amor ou desamor, fatores que, além de serem imutáveis na cultura e no tempo, só podem ser avaliados por Aquele que há de julgar o mundo.

É exatamente por isso que delegar a nossa interpretação das Escrituras sagradas a outras pessoas é “tão ou mais” nocivo que não compreendê-las. Isto porque quando eu coloco um outro no lugar do ES, consolador e ministrador enviado por Deus para nos ensinar todas as coisas, estou impedindo que a luz de Cristo ilumine o meu espírito e assim, não permito que seja revelado o seu amor em mim. Veja o que Pedro diz:

Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração, sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; (2 Pedro 1.19,20)

Há uma grande confusão (má intenção, não sei) quando se usa o versículo acima para impedir que as pessoas façam suas próprias interpretações das Escrituras sagradas.

Alí, Pedro está se referindo aos profetas e suas profecias, defendendo o carater inspirado delas, e não, condenando a interpretação que cada um de nós pode e deve fazer, como costuma fazer a grande maioria dos lideres religiosos. O próprio Paulo já anunciava: “Só pelo espirito discernimos as coisas espirituais.”

Para mim, perceber nos livros sagrados o poder de revelar cada um de nós no final dos tempos nada tem a ver com transformar a bíblia em mais um ídolo. A idolatria bíblica está, muito mais, em assumir uma conduta sem correspondência amorosa no coração só porque alguém, que colocamos no lugar errado (pedestal), disse que era prá ser assim.

No final dos tempos será muito tarde para corrigir esta distorção…

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Opinião do leitor