Opinião
16 de abril de 2025
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O vício da pretensão
A pretensão surge quando o desejo de ser admirado supera o desejo de ser honesto
Por Paulo F. Ribeiro
O advento das redes sociais tem intensificado de forma extraordinária a tentação do vício da pretensão. Alguém disse com razão que a pretensão é a prima-irmã do orgulho, mas elegantemente vestida.
A pretensão surge quando o desejo de ser admirado supera o desejo de ser honesto. É o orgulho lapidado, aquele que prefere parecer a ser. Enquanto o orgulho se deleita na superioridade, a pretensão se encanta com as aparências: uma importância emprestada, um brilho de segunda mão, uma ascensão não conquistada, mas fingida.
Ela é tão sedutora porque oferece um atalho à autoestima: não precisamos nos debruçar sobre o árduo esforço de compreender, se pudermos simplesmente parecer que compreendemos. Mas ao trocarmos a sinceridade pelo show, perdemos tanto a verdade quanto a nossa identidade.
Como escreveu C. S. Lewis em Cartas de um Diabo a seu Aprendiz, até mesmo as virtudes podem ser distorcidas em vícios, se colocadas a serviço do ego. Alguém pode começar a falar bem com o intuito de se comunicar, e terminar falando de forma rebuscada apenas para ser admirado. Esse é o declínio sutil: da integridade ao fingimento.
O antídoto para a pretensão não é pensar menos de si mesmo, mas pensar menos em si mesmo. Não se trata de falar com mais grandiosidade, mas com mais honestidade. Não se trata de impressionar, mas de comunicar com verdade. Não de se destacar, mas de servir ao bem e à clareza. Essencialmente envolve um esquecimento das nossas habilidades, evitando as armadilhas da pretensão.
Em um mundo cheio de vozes impressionantes e influenciadores populares o verdadeiro sinal de conhecimento reside na singeleza sincera, aquela que fala pouco mas diz muito.
Escrevo essas palavras consciente do perigo de hipocrisia moral como disse o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 10.12: “Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia".
Imagem: Unsplash.
REVISTA ULTIMATO – COMO VIVEM OS QUE TÊM ESPERANÇA
Com a matéria “Como vivem os que têm esperança”, Ultimato quer colocar Cristo no centro e enfatizar que a vida dos que têm esperança atrai outros para a Esperança. Quer lembrar que a comunidade dos que têm esperança deve ser uma ponte para aqueles que “passam por necessidades, cuja esperança para o futuro não é sustentada pela experiência de bênção no passado, que não conheceram cura, ou fé, ou prosperidade e que não têm esperança”.
É disso que trata a matéria de capa da edição 412 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Orgulho – o caminho mais curto para o tombo, edição 333 de Ultimato
» Por Que [Sempre] Faço o Que Não Quero, Elben César
» Culpa e Graça – Uma análise do sentimento de culpa e o ensino do evangelho, Paul Tournier
Por Paulo F. Ribeiro

A pretensão surge quando o desejo de ser admirado supera o desejo de ser honesto. É o orgulho lapidado, aquele que prefere parecer a ser. Enquanto o orgulho se deleita na superioridade, a pretensão se encanta com as aparências: uma importância emprestada, um brilho de segunda mão, uma ascensão não conquistada, mas fingida.
Ela é tão sedutora porque oferece um atalho à autoestima: não precisamos nos debruçar sobre o árduo esforço de compreender, se pudermos simplesmente parecer que compreendemos. Mas ao trocarmos a sinceridade pelo show, perdemos tanto a verdade quanto a nossa identidade.
Como escreveu C. S. Lewis em Cartas de um Diabo a seu Aprendiz, até mesmo as virtudes podem ser distorcidas em vícios, se colocadas a serviço do ego. Alguém pode começar a falar bem com o intuito de se comunicar, e terminar falando de forma rebuscada apenas para ser admirado. Esse é o declínio sutil: da integridade ao fingimento.
O antídoto para a pretensão não é pensar menos de si mesmo, mas pensar menos em si mesmo. Não se trata de falar com mais grandiosidade, mas com mais honestidade. Não se trata de impressionar, mas de comunicar com verdade. Não de se destacar, mas de servir ao bem e à clareza. Essencialmente envolve um esquecimento das nossas habilidades, evitando as armadilhas da pretensão.
Em um mundo cheio de vozes impressionantes e influenciadores populares o verdadeiro sinal de conhecimento reside na singeleza sincera, aquela que fala pouco mas diz muito.
Escrevo essas palavras consciente do perigo de hipocrisia moral como disse o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 10.12: “Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia".
Imagem: Unsplash.

Com a matéria “Como vivem os que têm esperança”, Ultimato quer colocar Cristo no centro e enfatizar que a vida dos que têm esperança atrai outros para a Esperança. Quer lembrar que a comunidade dos que têm esperança deve ser uma ponte para aqueles que “passam por necessidades, cuja esperança para o futuro não é sustentada pela experiência de bênção no passado, que não conheceram cura, ou fé, ou prosperidade e que não têm esperança”.
É disso que trata a matéria de capa da edição 412 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» Orgulho – o caminho mais curto para o tombo, edição 333 de Ultimato
» Por Que [Sempre] Faço o Que Não Quero, Elben César
» Culpa e Graça – Uma análise do sentimento de culpa e o ensino do evangelho, Paul Tournier
Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade de Manchester, na Inglaterra, foi Professor em Universidades nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Holanda, e Pesquisador em Centros de Pesquisa (EPRI, NASA). Atualmente é Professor Titular Livre na Universidade Federal de Itajubá, MG. É originário do Vale do Pajeú e torcedor do Santa Cruz.
>> http://lattes.cnpq.br/2049448948386214
>> https://scholar.google.com/citations?user=38c88BoAAAAJ&hl=en&oi=ao
Pesquisa publicada recentemente aponta os cientistas destacados entre o “top” 2% dos pesquisadores de maior influência no mundo, nas diversas áreas do conhecimento. Destes, 600 cientistas são de Instituições Brasileiras. O Professor Paulo F. Ribeiro foi incluído nesta lista relacionado a área de Engenharia Elétrica.
>> http://lattes.cnpq.br/2049448948386214
>> https://scholar.google.com/citations?user=38c88BoAAAAJ&hl=en&oi=ao
Pesquisa publicada recentemente aponta os cientistas destacados entre o “top” 2% dos pesquisadores de maior influência no mundo, nas diversas áreas do conhecimento. Destes, 600 cientistas são de Instituições Brasileiras. O Professor Paulo F. Ribeiro foi incluído nesta lista relacionado a área de Engenharia Elétrica.
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